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Entenda o que é a síndrome da cauda equina

Incontinência urinária e fecal e sentimento de anestesia na área interna das coxas são os primeiros sintomas da doença

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Juliana Contaifer - Especial para a Revista do Correio Publicação:01/02/2014 15:00Atualização:31/01/2014 15:00
A coluna vertebral é uma das partes do corpo mais importantes. Recheada de nervos que saem direto do cérebro, é por ela que passam as ordens para que os movimentos sejam feitos e para que se sinta dor, prazer, frio, calor… É por isso que qualquer lesão pode levar a problemas neurológicos bem mais sérios do que um osso quebrado. A área da coluna responsável pelos membros inferiores e órgãos da região pélvica é chamada de cauda equina. “É um conjunto de raízes nervosas que, a olho nu, se assemelha ao rabo de um cavalo”, explica a neurologista e fisiatra Cláudia Barata.

Quando há uma compressão dos nervos da região, acontece a chamada síndrome da cauda equina. Ao sentir os primeiros sintomas, que incluem incontinência urinária e fecal e sentimento de anestesia na área interna das coxas, o ideal é que o paciente se dirija o mais rápido possível ao hospital. Sem tratamento, o quadro pode evoluir para danos neurológicos parciais ou até completos, com baixa possibilidade de recuperação do paciente.

O diagnóstico da síndrome é feito com exame clínico associado a ressonância magnética, que mostra onde está acontecendo e o que é responsável pela compressão. “Outros exames usados nesse caso são a eletroneuromiografia, o exame do líquor (o líquido da coluna que revela se há infecção) e até a biópsia retal pode ser necessária”, explica Cláudia. O diagnóstico diferencial é importante, uma vez que os sintomas podem ser confundidos com os de uma lesão medular ou de cone, ou com alguns tipos mais raros de neuropatias.

O mais importante é descomprimir o nervo. O tratamento depende muito de qual é a razão da compressão. Infecções, por exemplo, podem ser tratadas com medicamentos; já tumores inoperáveis exigem radioterapia de urgência para diminuir seu tamanho. Na maioria dos casos, o tratamento é cirúrgico. A recuperação depende do nível de comprometimento do nervo, que pode apresentar desde sequelas leves a danos permanentes.

Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais (Valdo Virgo/CB/D.A Press)
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