Infartos em mulheres podem ser confundidos com ansiedade
Cientistas canadenses pesquisaram a diferença de mortalidade entre homens e mulheres que sofrem ataques do coração
AFP - Agence France-Presse
Publicação:18/03/2014 09:47Atualização: 18/03/2014 09:55
As mulheres são mais propensas do que os homens a morrer de ataque cardíaco devido a um diagnóstico mal feito que atribui seu mal-estar a um ataque de ansiedade, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira no Canadá.
Cientistas da Universidade de McGill em Montreal pesquisaram a diferença de mortalidade entre homens e mulheres que sofrem ataques do coração. Para isto, interrogaram 1.123 pacientes de 18 a 55 anos hospitalizados em 24 instituições do Canadá, mas também em um hospital dos Estados Unidos e outro da Suíça. Os pacientes, todos com síndrome coronariana aguda, responderam aos cientistas nas 24 horas posteriores à sua entrada no centro médico.
As mulheres entrevistadas tinham origem sócio-econômica mais modesta do que os homens que participaram do estudo. Por fim, elas demonstraram correr mais riscos de sofrer de diabetes e hipertensão, havia mais casos de doenças cardíacas em suas famílias e tinham mais possibilidades de sofrer de depressão e ansiedade do que os homens.
Além disso, "a prevalência da síndrome coronariana aguda é menor entre as mulheres jovens do que entre os homens jovens", disse a principal pesquisadora do estudo, Louise Pilote. Estes resultados, explicou, sugerem que o pessoal médico têm mais probabilidades de confundir um evento cardíaco nas mulheres com sintomas de ansiedade.
Cientistas constataram que, em média, os homens eram mais submetidos a eletrocardiogramas rápidos e desfibrilação do que as mulheres
Cientistas da Universidade de McGill em Montreal pesquisaram a diferença de mortalidade entre homens e mulheres que sofrem ataques do coração. Para isto, interrogaram 1.123 pacientes de 18 a 55 anos hospitalizados em 24 instituições do Canadá, mas também em um hospital dos Estados Unidos e outro da Suíça. Os pacientes, todos com síndrome coronariana aguda, responderam aos cientistas nas 24 horas posteriores à sua entrada no centro médico.
As mulheres entrevistadas tinham origem sócio-econômica mais modesta do que os homens que participaram do estudo. Por fim, elas demonstraram correr mais riscos de sofrer de diabetes e hipertensão, havia mais casos de doenças cardíacas em suas famílias e tinham mais possibilidades de sofrer de depressão e ansiedade do que os homens.
Saiba mais...
Os cientistas, cujos estudos são publicados na revista da Associação Médica do Canadá, constataram que, em média, os homens eram mais submetidos a eletrocardiogramas rápidos e desfibrilação do que as mulheres. Os pesquisadores explicam esta diferença de tratamento pelo fato de que as mulheres costumam recorrer com mais frequência do que os homens ao serviço de emergência com dor torácica de origem não cardíaca.- Ataques de raiva aumentam risco de infarto, aponta estudo
- Pesquisa diz que fetos menores do que o esperado têm mais chances de infarto quando adultos
- Acostumadas a acumular funções, mulheres estão mais suscetíveis ao infarto
- SAMU inclui medicamento trombolítico para aumentar chances de sobrevivência de vítimas de infarto
- Fique atento aos sinais do infarto; especialista fala sobre os cuidados em situações de emergência
- Cardiologistas alertam sobre medidas preventivas de saúde durante a Copa
- UPAs terão telemedicina para atender pacientes com suspeita de infarto
Além disso, "a prevalência da síndrome coronariana aguda é menor entre as mulheres jovens do que entre os homens jovens", disse a principal pesquisadora do estudo, Louise Pilote. Estes resultados, explicou, sugerem que o pessoal médico têm mais probabilidades de confundir um evento cardíaco nas mulheres com sintomas de ansiedade.