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Saúde da Mulher: Quais critérios usar para escolher a pílula anticoncepcional, se elas são tão parecidas?

As dezenas de pílulas que existem no mercado não são tão diferentes entre si. Notícias de medicamentos proibidos em outros países assustam as adeptas do medicamento. Como escolher?

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Letícia Orlandi - Saúde Plena Publicação:16/05/2014 09:33Atualização:16/05/2014 10:34
Desde o surgimento das pílulas anticoncepcionais de baixa dosagem que não há grandes novidades no mundo desse método contraceptivo. Ainda assim, as adolescentes e mulheres do mundo todo permanecem com dúvidas sobre a melhor opção.

O ginecologista Fernando Reis, membro do Comitê de endocrinologia ginecológica, climatério e planejamento familiar da Sogimig, lembra que, além dos anticoncepcionais orais, há várias outras formas de apresentação, como os adesivos, os implantes, as injeções e o DIU hormonal. “Nenhum método é perfeito, E nenhum método vai funcionar da mesma maneira no seu corpo e no corpo da sua amiga, por exemplo. É importante que a mulher esteja bem informada para fazer sua escolha”, esclarece o médico.

Fernando Reis: dificuldade de adaptação, efeitos colaterais, controle da menstruação, inchaço, ação sobre a pele são alguns critérios que devem ser discutidos com o médico  (Maria Luiza Gondim/Divulgação)
Fernando Reis: dificuldade de adaptação, efeitos colaterais, controle da menstruação, inchaço, ação sobre a pele são alguns critérios que devem ser discutidos com o médico
Existem, sim, mais de 50 pílulas diferentes, mas há dentro desse universo várias marcas que são cópias uma das outras. As mesmas substâncias, as mesmas dosagens, mas com nomes comerciais diferentes. “As dificuldade de adaptação, os efeitos colaterais, o bom controle da menstruação, o inchaço, os efeitos sobre a pele são alguns exemplos de critérios que devem ser discutidos entre médico e paciente”, aponta Reis.

Outro tema que ronda a cabeça feminina na hora de tomar a pílula são as notícias que volta e meia aparecem e causam alarde mundial – a proibição da Diane 35 na França, por exemplo; e a vinculação de Yaz e Yasmin a 23 mortes no Canadá. Segundo Fernando Reis, essas informações, se fossem compreendidas no todo e explicadas da maneira correta, não causariam tanto susto. “Em uma proporção de duas para cada dez mil pessoas, existem sim, casos em que o uso de várias marcas de pílula anticoncepcional, ainda que de baixa dosagem, é contraindicado. Essas pessoas podem sofrer trombose e acidentes vasculares cerebrais. Considerando o total da população, no entanto, o risco é baixo e não deve ser usado como justificativa para que uma pessoa saudável – que não tem problemas graves de coagulação, embolia, síndromes genéticas ou trombose - troque de pílula”, alerta.

O médico lembra que a decisão francesa, por exemplo, não foi seguida por outros países. “Não há justificativa razoável para a retirada do mercado. O medicamento é receitado há 30 anos e é considerado, assim como todas as pílulas comercializadas atualmente, seguro”, define, lembrando que as pílulas do final dos anos 70, que tinham dosagem hormonal mais alta e risco aumentado, nem são receitadas mais.

Como escolher? “O que é importante é realizar o exame médico antes de tomar a decisão, e não seguir simplesmente a indicação de amigas e parentes. A orientação é necessária para que a pílula seja utilizada corretamente e de forma adequada ao organismo de cada uma. O risco de uma gravidez indesejada é muito maior do que aquele advindo do uso do medicamento contraceptivo”, finaliza o especialista.

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