Os afrodisíacos existem, sim, e apimentam encontros
Eles podem ser encontrados em itens comuns, como frutas e verduras. Saiba o que ingerir e o que evitar
Mas não é preciso buscar chifres de rinoceronte para alcançar os efeitos desses alimentos. Eles podem ser encontrados em itens comuns, como frutas e verduras. São três as categorias de afrodisíacos. A dos químicos inclui nutrientes com propriedades que estimulam o apetite sexual — por exemplo, os encontrados no amendoim, no mel e no chocolate. “Os afrodisíacos ajudam na produção normal de hormônios sexuais e têm ação estimulante, melhorando a circulação sanguínea na área genital e a disposição psicológica”, explica a nutricionista Daiana Mendes.
O segundo tipo de afrodisíacos é aquele baseado em histórias. De acordo com a pesquisadora Soraya Albuquerque, as ervas e especiarias são campeãs nesse aspecto. “Para quase todas, há uma lenda e algumas chegaram a ser proibidas.” Na Idade Média, elas eram úteis para combater o principal repelente do amor na época, o mau hálito. Os problemas bucais eram quase inevitáveis e muitas substâncias consideradas afrodisíacas são apenas aromáticas, adstringentes ou antissépticas.
Existem ainda os chamados afrodisíacos fálicos, que despertam o desejo por se parecerem com órgãos sexuais. Exemplos são o pepino, o morango e o pêssego. A gastrônoma Alessandra Brant recomenda moderação na hora de preparar pratos com esses alimentos. “O limite entre o sensual e o pornográfico é tênue. É para ser uma brincadeira, algo lúdico e gostoso, mas que não chegue a assustar o outro”, aconselha. A gastrônoma também ressalta as origens da associação entre a comida e o prazer sexual. “Basta observar que o primeiro alimento que nós temos é no peito. Essa questão da afetividade, do carinho, do tato, tem a ver com a sensualidade e é uma relação muito primária”, enfatiza Alessandra.
A comida e o contexto em que ela é ingerida funcionam como afrodisíacos indiretos. A escritora Isabel Allende, no livro Afrodite: contos, receitas e outros afrodisíacos, destaca que “nenhum afrodisíaco tem serventia sem o ingrediente indispensável da simpatia que, em seu estado de perfeição, é amor”. A paixão e a gastronomia têm um relacionamento íntimo. A boca que beija é a mesma que come.
Deguste
Promovem a modulação dos níveis de testosterona e da produção de esperma, além de aumentar a performance muscular e o tempo de vida dos espermatozoides. Elas contam com grande simbolismo. De acordo com a mitologia grega, o deus Urano foi castrado pelo filho durante uma luta e teve a genitália jogada no oceano. Em torno dela, surgiu uma espuma branca que deu origem à ostra da qual surgiria a deusa do amor, Afrodite.
Vinho (para elas)
Além de aquecer o corpo, a bebida aumenta os níveis do hormônio sexual feminino (estrógeno) e facilita a circulação sanguínea.
Chocolate
Aumenta a produção de serotonina, que dá sensação de prazer e felicidade, além de conter propriedades estimulantes.
Banana
Rica em magnésio, importante por promover a vasodilatação das artérias e aumentar o desempenho sexual. Também auxilia na produção de serotonina.
Gengibre
Auxilia na prolongação da função erétil.
Atua como agente excitante por estimular a circulação, ajudando a relaxar os músculos da vagina e levar mais sangue ao pênis.
Maca peruana
Carece de comprovação científica, mas tanto homens como mulheres relatam um aumento significativo na libido e no vigor em geral ao consumir o tubérculo.
Cacau, ginseng e catuaba
Também são considerados afrodisíacos por conter uma substância chamada feniletilamina, que desperta a sensação de prazer.
Por ser rico em cafeína, tem interessante ação estimulante.
Evite
As verduras brássicas (couve, repolho, couve-flor etc.) e leguminosas, como o feijão, pois apresentam um teor de fermentação que provoca flatulência. As frituras, as carnes e os doces também devem ser evitados devido ao teor de gordura, que impede a circulação adequada de sangue e dificulta a digestão.
Fonte: Daiana Mendes, nutricionista