Exame de sangue poderá indicar propensão ao suicídio, dizem cientistas americanos
Estudo constatou que é possível determinar com exatidão entre 80% e 90% se uma pessoa teve pensamentos suicidas ou tentou tirar a própria vida apenas examinando o gene SKA2
AFP - Agência de Notícias
Publicação:31/07/2014 17:33Atualização: 31/07/2014 17:51
Um simples exame de sangue poderá, um dia, determinar a propensão de uma pessoa ao suicídio, segundo cientistas que encontraram um indicador genético da vulnerabilidade do cérebro aos efeitos do estresse e da ansiedade.
Cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, estudaram a forma como algumas substâncias químicas, os metilos, agem no gene SKA2, que tem um papel determinante porque suprime os efeitos dos hormônios produzidos pelo estresse.
De acordo com os cientistas, se o funcionamento deste gene for afetado por uma mudança química, o cérebro é incapaz de lidar com os efeitos dos hormônios secretados pelo estresse e a ansiedade, o que poderia levar uma pessoa ao suicídio.
Eles constataram que aqueles que tinham se suicidado apresentaram níveis muito altos de substâncias químicas que alteram o gene SKA2, impedindo-lhes de diminuir ou eliminar os efeitos dos hormônios produzidos pelo estresse.
Em seguida, fizeram exames de sangue em mais de 325 participantes em seu estudo para ver se era possível identificar os cérebros que apresentavam o risco mais elevado de suicídio, usando o mesmo biomarcador.
Os resultados mostraram que é possível determinar com exatidão entre 80% e 90% se uma pessoa teve pensamentos suicidas ou tinha tentando tirar a própria vida apenas examinando o gene SKA2, se forem levados em conta a idade, o sexo e os níveis de estresse e ansiedade.
Este tipo de exame de sangue não estará disponível antes de pelo menos cinco anos e pode levar até dez até ser colocado em prática, disse o doutor Zachary Kaminsky, professor adjunto da Universidade Johns e autor principal desta pesquisa, citado pela rede americana CNN.
Cientistas constataram que pessoas que cometeram suicídio apresentaram níveis muito altos de substâncias químicas que alteram o gene SKA2
Um simples exame de sangue poderá, um dia, determinar a propensão de uma pessoa ao suicídio, segundo cientistas que encontraram um indicador genético da vulnerabilidade do cérebro aos efeitos do estresse e da ansiedade.
Cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, estudaram a forma como algumas substâncias químicas, os metilos, agem no gene SKA2, que tem um papel determinante porque suprime os efeitos dos hormônios produzidos pelo estresse.
De acordo com os cientistas, se o funcionamento deste gene for afetado por uma mudança química, o cérebro é incapaz de lidar com os efeitos dos hormônios secretados pelo estresse e a ansiedade, o que poderia levar uma pessoa ao suicídio.
Saiba mais...
Os cientistas, que tiveram o trabalho publicado nesta quarta-feira na revista American Journal of Psychiatry, estudaram amostras de 150 cérebros, entre eles os de pessoas mentalmente sadias e os de outras que sofriam de doenças mentais, algumas das quais tinham se suicidado.- Suicídio, abuso de drogas e prisões por atos violentos crescem mais em pacientes esquizofrênicos
- Especialistas alertam para relação entre o sofrimento no trabalho e o suicídio na França
- Acidentes de trânsito, Aids e suicídio lideram as causas de morte entre pessoas com idade entre 10 e 19 anos
- Medicina busca desenvolver teste que aponte o risco de suicídio
- Teste de sangue mostra em quanto tempo o paciente estará livre dos efeitos de uma cirurgia
- OMS aponta Brasil como o 8º em suicídio
- Morte de Robin Williams: por que as pessoas criativas são mais propensas à depressão?
Eles constataram que aqueles que tinham se suicidado apresentaram níveis muito altos de substâncias químicas que alteram o gene SKA2, impedindo-lhes de diminuir ou eliminar os efeitos dos hormônios produzidos pelo estresse.
Em seguida, fizeram exames de sangue em mais de 325 participantes em seu estudo para ver se era possível identificar os cérebros que apresentavam o risco mais elevado de suicídio, usando o mesmo biomarcador.
Os resultados mostraram que é possível determinar com exatidão entre 80% e 90% se uma pessoa teve pensamentos suicidas ou tinha tentando tirar a própria vida apenas examinando o gene SKA2, se forem levados em conta a idade, o sexo e os níveis de estresse e ansiedade.
Este tipo de exame de sangue não estará disponível antes de pelo menos cinco anos e pode levar até dez até ser colocado em prática, disse o doutor Zachary Kaminsky, professor adjunto da Universidade Johns e autor principal desta pesquisa, citado pela rede americana CNN.