Morre médico liberiano com Ebola tratado com soro experimental ZMapp

Os Estados Unidos entregaram à Libéria doses de ZMapp para três profissionais de saúde. O tratamento, que não havia sido testado em humanos, também foi administrado em dois americanos que na semana passada foram declarados curados, e em um padre espanhol que morreu no dia 12 de agosto

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AFP - Agence France-Presse Publicação:25/08/2014 10:06Atualização:25/08/2014 12:15
Com o crescimento das vítimas de Ebola entre os profissionais de saúde, os cuidados foram intensificados nos países afetados (ZOOM DOSSO / AFP)
Com o crescimento das vítimas de Ebola entre os profissionais de saúde, os cuidados foram intensificados nos países afetados
Um médico liberiano tratado com um soro experimental americano em seu país depois de ter contraído Ebola morreu, anunciou nesta segunda-feira o ministro de Informação da Libéria, Lewis Brown. "Abraham Borbor mostrava sinais de melhora, mas finalmente faleceu. O governo lamenta esta perda e apresenta suas condolências à família", explicou Brown, que declarou que o médico morreu na madrugada desta segunda-feira.

Outros dois funcionários tratados com este soro, o ZMapp, "seguem em tratamento e há sinais de esperança", indicou o ministro. Os Estados Unidos entregaram à Libéria no dia 13 de agosto doses de ZMapp para estes três profissionais de saúde. O tratamento, que não havia sido testado em humanos, também foi administrado em dois americanos que na semana passada foram declarados curados, e em um padre espanhol que morreu no dia 12 de agosto. Os três haviam sido infectados na Libéria.

O laboratório que fabrica o ZMapp informou que as escassas doses disponíveis do medicamento haviam se esgotado. Por sua vez, o Japão declarou nesta segunda-feira estar disposto a fornecer um tratamento experimental de uma empresa japonesa que o país homologou em março como um antiviral contra a gripe, com o objetivo de lutar contra o Ebola "se a Organização Mundial da Saúde (OMS) pedir".

Diante da amplitude da epidemia, a OMS considerou ético no dia 12 de agosto oferecer medicamentos cuja eficácia ou efeitos colaterais ainda não foram comprovados como tratamento potencial ou a título preventivo.

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