Tratamento anti-leucemia pode ser chave para o câncer de pâncreas
Tumor é um dos tipos mais letais
AFP - Agence France-Presse
Publicação:16/04/2015 15:13
O estudo vem de um experimento realizado em ratos por um grupo de pesquisadores do Instituto de Oncologia do hospital Vall d'Hebron, em Barcelona, e os testes serão realizados este ano em pacientes com este câncer, cuja taxa de mortalidade é de 95% no prazo de cinco anos após o diagnóstico.
"As células cancerosas ficam em uma espécie de escudo à base de fibras. Este escudo as protege contra a quimioterapia e, por isso, não é muito eficaz em atingir seu alvo", explicou à AFP Laura Soucek, diretora da equipe de cientistas.
Durante os testes em ratos com tumores malignos (adenocarcinomas), os investigadores administraram a esses animais um tratamento normalmente utilizados para a leucemia e os linfomas, o Ibrutinib.
"A surpresa foi excepcional (...), o Ibrutinib atacou o escudo, tornando-o muito mais fino. De repente, as células cancerosas ficaram muito mais acessíveis à quimioterapia", disse a pesquisadora.
Os resultados destas experiências foram publicados este mês na revista Cancer Research. Eles concluem que esta substância ajuda a retardar o crescimento do tumor e aumentam as chances de sobrevivência de ratos, informou o hospital em comunicado.
Como se trata de um tratamento já existente, "os testes clínicos em pacientes com câncer podem começar já este ano, talvez dentro de seis meses", afirmou a cientista.
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Um tratamento utilizado para tratar leucemia e linfomas pode tornar mais eficaz a quimioterapia para combater o câncer de pâncreas, um dos mais letais - segundo um estudo científico cujos resultados foram apresentados nesta quarta-feira em Barcelona.- Pesquisadores desenvolvem novo tratamento para o câncer no pâncreas
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O estudo vem de um experimento realizado em ratos por um grupo de pesquisadores do Instituto de Oncologia do hospital Vall d'Hebron, em Barcelona, e os testes serão realizados este ano em pacientes com este câncer, cuja taxa de mortalidade é de 95% no prazo de cinco anos após o diagnóstico.
"As células cancerosas ficam em uma espécie de escudo à base de fibras. Este escudo as protege contra a quimioterapia e, por isso, não é muito eficaz em atingir seu alvo", explicou à AFP Laura Soucek, diretora da equipe de cientistas.
Durante os testes em ratos com tumores malignos (adenocarcinomas), os investigadores administraram a esses animais um tratamento normalmente utilizados para a leucemia e os linfomas, o Ibrutinib.
"A surpresa foi excepcional (...), o Ibrutinib atacou o escudo, tornando-o muito mais fino. De repente, as células cancerosas ficaram muito mais acessíveis à quimioterapia", disse a pesquisadora.
Os resultados destas experiências foram publicados este mês na revista Cancer Research. Eles concluem que esta substância ajuda a retardar o crescimento do tumor e aumentam as chances de sobrevivência de ratos, informou o hospital em comunicado.
Como se trata de um tratamento já existente, "os testes clínicos em pacientes com câncer podem começar já este ano, talvez dentro de seis meses", afirmou a cientista.