Pesquisa mostra que combinar medicamentos e psicoterapia ataca melhor a esquizofrenia

Terapia adotada atualmente limita-se a administrar antipsicóticos para suprimir as alucinações e os delírios

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AFP - Agence France-Presse Publicação:21/10/2015 11:04Atualização:21/10/2015 11:26
Estudo mostrou também que grupo tratado mais cedo pareceu precisar de menos remédios, cujos efeitos colaterais são o aumento de peso e a sonolência (Valdo Virgo / CB / D.A Press)
Estudo mostrou também que grupo tratado mais cedo pareceu precisar de menos remédios, cujos efeitos colaterais são o aumento de peso e a sonolência
Um estudo norte-americano publicado nesta terça-feira (20/10) demonstrou a eficácia de um tratamento personalizado para a esquizofrenia e outras psicoses. O novo enfoque combina medicamentos antipsicóticos à psicoterapia desde o surgimento dos primeiros sintomas. Já a terapia adotada atualmente limita-se a administrar antipsicóticos para suprimir as alucinações e os delírios.

"O objetivo é vincular a pessoa que apresenta os primeiros sinais de psicose a uma equipe de especialistas que trabalhem de forma coordenada e o mais rápido possível desde o momento em que aparecem os sintomas", explicou John Kane, professor e diretor do serviço de psiquiatria do Zucker Hillside Hospital, no estado de Nova York.

O estudo, financiado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH, na sigla em inglês) e divulgado na revista científica American Journal of Psychiatry, foi conduzido ao longo de dois anos em 34 clínicas dos Estados Unidos com 404 pacientes de 15 a 40 anos.

Os pesquisadores constataram que o tratamento é mais eficaz quando os doentes são atendidos pouco após o início dos sintomas psicóticos.

O estudo
A metade dos participantes do estudo começou o tratamento menos de um ano e meio após o início dos sintomas, enquanto os demais passaram mais tempo sem receber atenção.

O grupo tratado rapidamente teve maior melhoria em sua qualidade de vida do que os que foram tratados tardiamente com o novo enfoque. Além disso, registraram uma melhoria maior do que aqueles que receberam um tratamento convencional com base sobretudo em antipsicóticos.

Também destacaram que o grupo tratado mais cedo pareceu precisar de menos remédios, cujos efeitos colaterais são o aumento de peso e a sonolência.

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