Obesidade infantil é uma das doenças que mais aumenta no Brasil
Boa alimentação e renda mais alta não andam de mãos dadas. Especialistas sugerem estabelecer um conceito fixo do que é uma alimentação saudável
Agência Brasil
Publicação:17/11/2015 14:38Atualização: 17/11/2015 13:51
Secretária estadual de Ações Sociais e Direitos Humanos, Teresa Cristina disse que ter uma renda mais alta não significa garantir uma alimentação mais saudável. “Grande parte da população não tem acesso a uma alimentação saudável, pois não sabe nem do que se trata. Temos de estabelecer um conceito fixo para isso. Muitas pessoas com capacidade financeira para se alimentar melhor continuam com práticas que prejudicam a saúde. Boa renda e alimentação saudável não andam, necessariamente, de mãos dadas", afirmou.
Diretora do Instituto de Nutrição da Uerj, Inês Rugani reiterou a opinião da secretária e alertou para a fabricação de certos alimentos. "Existe hoje um sistema alimentar que ameaça o planeta, com empresas que visam somente ao lucro, em detrimento da saúde da população. Os exemplos são alimentos processados, transgênicos, com alto teor de sódio. O pior é que eles são os mais consumidos."
A pediatra Odete Freitas, diretora de Sustentabilidade da Amil, promotora do encontro, falou da importância do debate e destacou os riscos da obesidade na infância. “A obesidade é uma das doenças que mais crescem em todo o mundo. E quem enfrenta esse problema logo na infância tem alta probabilidade de desenvolver uma série de enfermidades associadas na fase adulta", acrescentou.
Segundo Odete, diante desse cenário é importante reconhecer projetos que tenham por objetivo ajudar pessoas "a viver de forma mais saudável e motivar debates que busquem soluções para a atual epidemia de obesidade infantil."
De acordo com o Ministério da Saúde, os números revelam que uma em cada três crianças na faixa etária entre 5 e 9 anos (33,5%) está acima do peso. Entre os meninos dessa faixa, 16,6% são obesos, contra 11,8% das meninas também eram obesas. Entre os adultos, o excesso de peso atinge 52,5% da população do país.
Nove anos atrás, essa taxa chegou a 43%, representando um crescimento de 23% no período. Também preocupa a proporção de pessoas obesas com mais de 18 anos: 17,9%. Esse percentual não sofreu alteração nos últimos anos. Conforme o ministério, os quilos a mais são fatores de risco para doenças crônicas, como as do coração, hipertensão e diabetes, que respondem por 72% dos óbitos no Brasil.
Uma em cada três crianças na faixa etária entre 5 e 9 anos (33,5%) está acima do peso no Brasil
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Doença que mais aumenta no Brasil, a obesidade infantil traz uma série de preocupações para pais e especialistas. Por conta disso, o Fórum de Obesidade Infantil, que se realiza nesta terça-feira (17/11), no Rio de Janeiro, debate os riscos, o aumento de casos e também como tratar a doença.-
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Secretária estadual de Ações Sociais e Direitos Humanos, Teresa Cristina disse que ter uma renda mais alta não significa garantir uma alimentação mais saudável. “Grande parte da população não tem acesso a uma alimentação saudável, pois não sabe nem do que se trata. Temos de estabelecer um conceito fixo para isso. Muitas pessoas com capacidade financeira para se alimentar melhor continuam com práticas que prejudicam a saúde. Boa renda e alimentação saudável não andam, necessariamente, de mãos dadas", afirmou.
Diretora do Instituto de Nutrição da Uerj, Inês Rugani reiterou a opinião da secretária e alertou para a fabricação de certos alimentos. "Existe hoje um sistema alimentar que ameaça o planeta, com empresas que visam somente ao lucro, em detrimento da saúde da população. Os exemplos são alimentos processados, transgênicos, com alto teor de sódio. O pior é que eles são os mais consumidos."
A pediatra Odete Freitas, diretora de Sustentabilidade da Amil, promotora do encontro, falou da importância do debate e destacou os riscos da obesidade na infância. “A obesidade é uma das doenças que mais crescem em todo o mundo. E quem enfrenta esse problema logo na infância tem alta probabilidade de desenvolver uma série de enfermidades associadas na fase adulta", acrescentou.
Segundo Odete, diante desse cenário é importante reconhecer projetos que tenham por objetivo ajudar pessoas "a viver de forma mais saudável e motivar debates que busquem soluções para a atual epidemia de obesidade infantil."
De acordo com o Ministério da Saúde, os números revelam que uma em cada três crianças na faixa etária entre 5 e 9 anos (33,5%) está acima do peso. Entre os meninos dessa faixa, 16,6% são obesos, contra 11,8% das meninas também eram obesas. Entre os adultos, o excesso de peso atinge 52,5% da população do país.
Nove anos atrás, essa taxa chegou a 43%, representando um crescimento de 23% no período. Também preocupa a proporção de pessoas obesas com mais de 18 anos: 17,9%. Esse percentual não sofreu alteração nos últimos anos. Conforme o ministério, os quilos a mais são fatores de risco para doenças crônicas, como as do coração, hipertensão e diabetes, que respondem por 72% dos óbitos no Brasil.