OMS estima que 4 milhões de pessoas terão Zika em 2016 nas Américas
Continente americano registrou cerca de 2 milhões de casos de dengue no ano passado, sendo 1,5 milhão no Brasil
Agência Brasil
Publicação:29/01/2016 14:18
A estimativa foi citada pelo diretor de Doenças Transmissíveis e Análise de Situação de Saúde da Opas, Marcos Espinal, em sessão da OMS sobre o vírus Zika. O continente americano registrou cerca de 2 milhões de casos de dengue no ano passado, sendo 1,5 milhão no Brasil.
Semana passada a organização alertou que o vírus Zika vai chegar a todos os países do continente americano, com exceção do Chile e do Canadá, onde não circula o vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti.
Durante a sessão, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, avaliou que a situação do vírus no mundo mudou drasticamente, e que o Zika, após ser detectado nas Américas em 2015, se espalha de forma explosiva. Até o momento, segundo a diretora-geral, 23 países reportaram casos da doença.
Transmitido por um mosquito bem conhecido dos brasileiros, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo governo em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que sua evolução era benigna e que os sintomas são parecidos, porém, mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.
Porém, no dia 28 de novembro de 2015 o Ministério da Saúde divulgou que, quando gestantes são infectadas por este vírus, existe a possibilidade virem a gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos.
A relação causal foi feita, entre outros motivos, porque, com a chegada do vírus no país, foi percebido aumento inesperado de nascimentos de crianças com a malformação, principalmente em locais onde há surto do Zika. Enquanto em 2014 foram anotadas 147 notificações, entre outubro de 2015 e janeiro de 2016 foram registradas 270.
Para a diretora-geral da OMS, há uma suspeita muito forte da relação causal entre o vírus Zika e casos de malformação congênita e síndromes neurológicas, mas ela não foi cientificamente estabelecida.
Saiba mais...
O continente americano deve ter entre 3 milhões e 4 milhões de casos de Zika em 2016. A estimativa é Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS). O cálculo é baseado no número de infectados por dengue, doença transmitida pelo mesmo vetor, em 2015. A organização considerou também a falta de imunidade da população para chegar a esse número.- Hospitais devem passar por faxina contra o Aedes aegypti na próxima semana
- Pernambuco registra primeira morte por complicações da febre chikungunya
- Mãe cria blog para relatar rotina da filha com microcefalia
- Surto de microcefalia leva aborto para a pauta do Supremo
- EUA anunciam R$ 388 milhões para pesquisas sobre o zika
- OMS alerta Europa se prepare para zika nos próximos meses
A estimativa foi citada pelo diretor de Doenças Transmissíveis e Análise de Situação de Saúde da Opas, Marcos Espinal, em sessão da OMS sobre o vírus Zika. O continente americano registrou cerca de 2 milhões de casos de dengue no ano passado, sendo 1,5 milhão no Brasil.
Semana passada a organização alertou que o vírus Zika vai chegar a todos os países do continente americano, com exceção do Chile e do Canadá, onde não circula o vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti.
Durante a sessão, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, avaliou que a situação do vírus no mundo mudou drasticamente, e que o Zika, após ser detectado nas Américas em 2015, se espalha de forma explosiva. Até o momento, segundo a diretora-geral, 23 países reportaram casos da doença.
Transmitido por um mosquito bem conhecido dos brasileiros, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo governo em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que sua evolução era benigna e que os sintomas são parecidos, porém, mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, transmitidas pelo mesmo mosquito.
Porém, no dia 28 de novembro de 2015 o Ministério da Saúde divulgou que, quando gestantes são infectadas por este vírus, existe a possibilidade virem a gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos.
A relação causal foi feita, entre outros motivos, porque, com a chegada do vírus no país, foi percebido aumento inesperado de nascimentos de crianças com a malformação, principalmente em locais onde há surto do Zika. Enquanto em 2014 foram anotadas 147 notificações, entre outubro de 2015 e janeiro de 2016 foram registradas 270.
Para a diretora-geral da OMS, há uma suspeita muito forte da relação causal entre o vírus Zika e casos de malformação congênita e síndromes neurológicas, mas ela não foi cientificamente estabelecida.