Os brasilienses se renderam ao GPS. Item quase obrigatório em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, o aparelhinho criado para ajudar o motorista a se localizar no trânsito cada vez mais caótico dos grandes centros acompanhou o avanço da tecnologia, ganhou funções e, enfim, caiu no gosto dos moradores da capital do país. Virou cena comum ver a telinha acesa com o sistema de navegação por satélite no painel dos veículos.
O GPS pode ser comprado em lojas próprias ou de eletrônicos, em supermercados e feiras e até em livrarias, além de também ser bastante comercializado pela internet. Os preços, antes inacessíveis para a maioria da população, caíram sensivelmente nos últimos dois anos. Os modelos, a depender da marca e da funcionalidade, costumam variar entre R$ 150 a R$ 500 (veja quadro com as faixas de preço e funções).
Segundo os vendedores de lojas especializadas, o interesse aumenta a cada dia. Entre os clientes, há aqueles que trocam de carro e, em busca de praticidade ou mesmo status, querem um GPS como acessório. O navegador no painel pode se tornar um diferencial do veículo. E foi-se o tempo em que aparelhinho era sinônimo apenas de Global Positioning System (sistema de posicionamento global). Com o avanço da tecnologia, o GPS agora faz muito mais do que mostrar a localização exata ao condutor em telas de até 10 polegadas. Pode, por exemplo, avisar onde há pardais (radares) – e são quase mil deles espalhados por todo o Distrito Federal. Também é possível verificar se a velocidade do carro está acima da permitida, tocar músicas em formato MP3, exibir vídeos, sintonizar TV digital e incluir até câmera de ré, para auxiliar na hora de estacionar.
Existem ainda modelos que informam, em tempo real, sobre as condições do trânsito, indicando rotas alternativas para fugir dos congestionamentos. Essa gama de funções, incluindo o alerta da proximidade de pardais, não fere a legislação brasileira. É proibido, no entanto, utilizar aparelhos que interferem no sinal do radar, prejudicando a leitura da velocidade do veículo, e assistir a vídeos com o carro em movimento.
Há cinco anos, o assistente financeiro Edney Lúcio Gondim Medeiros comprou o primeiro GPS. Acostumou-se rápido com o aparelho e agora diz não conseguir imaginar o carro sem o sistema de navegação por satélite. Já gastou cerca de R$ 500 com dois modelos diferentes e se prepara para comprar um mais avançado, com câmera de ré. “Quem dirige é o GPS, você passa só a obedecer”, diz. O acessório tem ajudado Medeiros em viagens com a família em outros estados. “E, mesmo em Brasília, ele me salva quando tenho de chegar rápido a um lugar onde nunca fui.”
O assistente financeiro Edney Medeiros não consegue mais imaginar seu carro sem
o sistema de navegação por satélite: "Quem dirige é o GPS, você passa só a obedecer"
Origem na guerraGPS é a sigla para Global Positioning System, que significa, em português, Sistema de Posicionamento Global. A tecnologia foi desenvolvida nos Estados Unidos para fornecer dados sobre localização, velocidade e tempo para situações de guerra. Depois, foi adaptada ao uso doméstico.
Guie-seModelo básicoPreço: até R$ 200
Recursos: sistema de navegação por satélite; identificador de pardais (radares eletrônicos de controle
de velocidade)
Modelo intermediárioPreço: entre R$ 300 e R$ 400
Recursos: sistema de navegação por satélite; identificador de pardais, toca MP3, exibe vídeos,
função TV digital
Modelo avançadoPreço: a partir de R$ 400
Recursos: sistema de navegação por satélite, identificador de pardais, toca MP3, exibe vídeos, função TV digital, sistema de câmera de ré