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Os reis do salão

Institutos de beleza florescem no Distrito Federal. Sobressaem histórias de talentos e empreendedorismo, que levaram a grandes sucessos, mas o mercado também conta com espinhos: o maior é a falta de mão de obra qualificada. Conheça quem vem se destacando na capital

Dominique Lima - Redação Publicação:05/12/2012 16:33Atualização:05/12/2012 19:24
Os mais celebrados cabeleireiros da cidade, Hélio Nakanishi (esq.) e Ricardo Maia: concorrência nem sempre é ruim (Raimundo Sampaio/ Encontro/ D.A Press)
Os mais celebrados cabeleireiros da cidade, Hélio Nakanishi (esq.) e Ricardo Maia: concorrência nem sempre é ruim

A chance de um brasiliense cruzar com um salão ou instituto de beleza em seu caminho é quase 10 vezes maior do que de se deparar com uma padaria ou 12 vezes mais no caso de uma farmácia, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ainda assim, é possível trombar com surpresas: uma barbearia com um balcão que serve cerveja e que tem relógio de parede com os números invertidos para ser lido pelo espelho. Ou outra onde cinco embaixadinhas com os olhos vendados vale um corte de graça. E o que dizer de ambientes exclusivos só para fazer unhas? Também não é raro encontrar quadras com vários salões, um ao lado do outro.

Numa cidade com 9.600 empresas só do setor de beleza — para ter um padrão de comparação, são 1.000 padarias e 800 farmácias —, não é de se espantar que, dia a dia, surja uma novidade para atrair os clientes. Ao mesmo tempo, sobrevive o contraditório: a fidelidade é item obrigatório para manter o negócio de pé. Vide os casos de Hélio Nakanishi e Ricardo Maia, apontados como os mais bem-sucedidos empresários do ramo em Brasília. Com 33 anos de estrada, Hélio tem um belo suporte familiar para administrar sua cadeia de salões e aposta na formação dos profissionais. Disputado pelas noivas, Ricardo cresce paulatinamente e não se arrisca em voos monumentais. Sabe que o seu tipo de atividade só tende a se expandir, mas exige cuidados.

O Distrito Federal segue uma tendência brasileira. O país é o segundo em crescimento no segmento de beleza. A previsão é de que a alta do setor em 2012 seja de 7,4%, de acordo com a Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel). Somam-se à boa fase características que atraem tanto empresários mais experientes quanto empreendedores individuais que sonham em abrir o primeiro negócio. “Aqui, segmentos do mercado que dependem de maior poder aquisitivo prosperam por conta da alta renda per capita”, explica o presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), Júlio Miragaya.

Carregado pela equipe, Gustavo Nakanishi, sobrinho de Hélio, responsável pela parte 
administrativa da rede: 'Em nosso segmento, educação é tudo. Investimos nessa ideia' (Raimundo Sampaio/ Encontro/ D.A Press)
Carregado pela equipe, Gustavo Nakanishi, sobrinho de Hélio, responsável pela parte administrativa da rede: "Em nosso segmento, educação é tudo. Investimos nessa ideia"

Num mercado vibrante, histórias de sucesso não são raras. Entre elas, a do cabeleireiro filho de agricultores Hélio Nakanishi, que transformou seu pequeno negócio no Gilberto Salomão na rede HelioDiff, que hoje inclui cinco salões e um centro de treinamento. Além de ter uma clientela cativa e numerosa, a rede se destaca por ter investido alto em capacitação e ter enxergado, logo no início, que a falta de mão de obra especializada é o grande desafio do setor.

Há 12 anos, Hélio abriu a escola, com cursos de até dois anos. “Tínhamos profissionais talentosos, mas era preciso acrescentar o conhecimento para que não ficassem apenas no âmbito artístico”, diz Hélio, diretor criativo da rede.
A receita deu certo. É impossível tratar do mercado da beleza no Distrito Federal sem mencionar o nome Nakanishi. Dezenas de salões de grande e pequeno porte foram abertos por ex-funcionários ou alunos dele. “Em nosso segmento, educação é tudo e investimos muito nessa ideia. Uma boa liderança, visionária e inovadora, também é essencial. O Hélio tem esse papel”, explica Gustavo Nakanishi, sobrinho do cabeleireiro e responsável pela área administrativa da empresa.

A matriarca Edyr Mello, com o filho Percio, os netos Sofia e Vítor e a mãe deles, Wanessa: três gerações de clientes  HélioDiff (Raimundo Sampaio/ Encontro/ D.A Press)
A matriarca Edyr Mello, com o filho Percio, os netos Sofia e Vítor e a mãe deles, Wanessa: três gerações de clientes HélioDiff

A relação entre os Nakanishis e a família da aposentada Edyr Gomes de Mello ilustra essa proximidade. Desde a inauguração do salão, em 1979, já são três gerações que frequentam as cadeiras giratórias do HelioDiff. Seus três filhos, um deles o gerente de marketing Percio Gomes de Mello Jr., cortam o cabelo por lá desde pequenos. Hoje, os netos, Sofia Amorim de Mello, de 9 anos, e Vítor, de 7, também figuram na lista de clientes da unidade do Lago Sul.

Ao sentar para contar a história de amizade, as duas famílias trazem memórias de momentos marcantes, dias de formaturas, casamentos, aniversários e lembranças do dia a dia de quem compartilha décadas de experiências.

Para Percio Mello Jr., um dos privilégios dessa relação foi acompanhar o progresso do HelioDiff. “É uma equipe preocupada em atender bem e se manter preparada. Sei que viajam com frequência para se atualizar”, elogia.

A presidente do Sindicato dos Salões de Barbeiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do Distrito Federal (Sincaab/DF), Elaine Furtado, acredita que a fidelidade é uma das razões que explicam o sucesso dos salões. “Em função do aumento da oferta, a fidelidade se tornou um importante desafio. Hoje, a cliente está disposta a ir até o melhor serviço. Ela faz depilação na Asa Sul, faz as sobrancelhas no Sudoeste, corta o cabelo na Asa Norte. É um mercado dinâmico”, explica.

Marie Lima (esq.), proprietária do salão Marie Lima Hair & Make up. Especialista em design de sobrancelhas e maquiadora, Marie aposta no atendimento personalizado, desde cuidados com a decoração a cortesias de maquiagem e horário especial.  (Raimundo Sampaio/ Encontro/ D.A Press)
Marie Lima (esq.), proprietária do salão Marie Lima Hair & Make up. Especialista em design de sobrancelhas e maquiadora, Marie aposta no atendimento personalizado, desde cuidados com a decoração a cortesias de maquiagem e horário especial.

Há clientes, no entanto, que seguem o profissional por toda parte. A artista plástica Vitória Bagiolli acompanha a designer de sobrancelhas e maquiadora Marie Lima por onde quer que ela vá. Nos últimos 15 anos, foram três endereços, até que Marie aportou na Vila Planalto, num salão só dela, o Marie Lima Hair & Make up, que abriu há um ano e meio. Até os quadros que enfeitam as paredes do novo negócio são de autoria de Vitória – que não é cliente, é amiga! “Acompanhei o filho de Marie crescer. Minha mãe, irmã, até meu marido frequentam o salão. Ele só corta o cabelo aqui”, conta a artista plástica, para ilustrar a relação de amizade.

Além de um atendimento exclusivo e diferenciado, Vitória explica o porquê de tanta fidelidade. “É um serviço importante porque interfere diretamente no visual do meu rosto”, considera. Para chegar a ter sucesso num ramo tão concorrido e até abrir o próprio salão, Marie acumulou vasta experiência, de 14 anos, em outros estabelecimentos.

Outro que teve a paciência necessária antes de partir para o voo solo foi Ricardo Maia. “Financiei a minha primeira loja sem entrada. Foi um ótimo negócio na época e consegui graças a clientes amigos que fiz e que queriam me ajudar a montar meu negócio. Essa relação próxima e os contatos que fazemos são vantagens da profissão.” Foram 15 anos de trabalho em outros salões, que o credenciaram a um título importante: o predileto das noivas de Brasília. Apesar de ser reconhecido como tal, ele prefere não associar seu trabalho unicamente a este serviço, já que atende uma grande diversidade de clientes.

Ricardo Maia nasceu no Rio de Janeiro. Filho de militar, morou em Belém e Brasília na infância e adolescência. Ele nunca estudou para a profissão que exerce, mas o curso de belas artes que fez na faculdade o ajudou com o senso de estética. Faz maquiagem desde os 18 anos. Era modelo e um dia, quando o maquiador faltou, assumiu o posto. Acabou como o maquiador oficial. Alguns anos depois, já em Brasília, passou a também cuidar dos cabelos para “assinar” todo o look.

Conquistou, então, uma rede de clientes e economizou tudo o que tinha para abrir o primeiro salão. Sua mãe e a irmã o ajudam a cuidar dos negócios hoje. Diferentemente dos estabelecimentos que têm uma clientela cativa, há os que se beneficiam de outra situação, quando a própria concorrência é a alma do negócio.

Juntas, mas cada uma com seu negócio: Rosangela Ferreira Santos, Laide Gomes e Divina Vanilda em pé); Nísia Matias e Neide Gomes (sentadas) (Raimundo Sampaio/ Encontro/ D.A Press)
Juntas, mas cada uma com seu negócio: Rosangela Ferreira Santos, Laide Gomes e Divina Vanilda em pé); Nísia Matias e Neide Gomes (sentadas)

Em Brasília, não é raro se deparar com vários salões na mesma quadra. Mas, em poucas, isso é tão evidente quanto no Bloco C da quadra comercial 303 do Sudoeste. São 12 estabelecimentos distribuídos por subsolo, sobreloja e térreo. Cinco deles se concentram lado a lado. Nísia Matias se instalou no local há sete anos. Rosângela Ferreira Santos veio em seguida. Abriu seu salão em 2006. O de Divina Vanilda foi inaugurado há quatro anos, em 2008. E, em 2009, chegaram ao local os dois últimos estabelecimentos, de Laíde Gomes Pereira da Silva e Neide Gomes.

Apesar de a aglomeração não ter sido planejada, as proprietárias revelam que o arranjo resultou em vantagens. Laíde e Rosângela destacam que a concorrência faz bem para os negócios, uma vez que impulsiona a melhora dos serviços de maneira saudável. E todas lembram que a proximidade também leva, inevitavelmente, à união. Cada uma indica para clientes o serviço das vizinhas quando sua agenda está cheia, por exemplo. “Essa união é uma característica que falta muito na nossa categoria, inclusive”, observa Nísia Matias.

Adriana Muniz é proprietária do Lord Perfumaria  e Salão. Vende cosméticos e oferece serviços  de beleza com produtos importados e nacionais, entre eles maquiagem, limpeza  de pele e depilação. 
 (Raimundo Sampaio/ Encontro/ D.A Press)
Adriana Muniz é proprietária do Lord
Perfumaria e Salão. Vende cosméticos e
oferece serviços de beleza com produtos
importados e nacionais, entre eles maquiagem,
limpeza de pele e depilação.

Se nas quadras a concorrência é acirrada, nos shoppings uma experiência em particular tem sido muito bem-sucedida: a do Grupo Lord. A rede de perfumarias e salões de beleza atua há 46 anos em Brasília, soma 10 lojas, sendo uma delas franqueada. E os planos para os próximos anos é a expansão para fora do quadrilátero do Distrito Federal, com projeções para até 30 lojas em todo o território nacional. “Apesar das dificuldades que um empresário enfrenta no Brasil, maiores que as de outros países, o setor continua a crescer”, explica a empresária Adriana Muniz Ricci, diretora do grupo, que apostou na ideia foi aliar num mesmo espaço a venda de cosméticos e serviços de salões de beleza e estética. “A loja é mais fácil de administrar, mas o salão é mais rentável e garante o fluxo de caixa. E a combinação dos dois fortalece a marca”, compara Adriana Ricci. Para a empresária, a estratégia desonera também quando há estagnação do mercado.

Segundo Adriana, a estratégia de sucesso da marca se baseia na criação de uma identidade forte e na capacitação e valorização profissional. O investimento na equipe é garantido ainda por um plano de carreira, em que todo funcionário tem a chance de galgar espaço e chegar a cargos de chefia dentro da empresa. Tal foco acaba gerando qualidade no atendimento, fundamental num setor que emprega entre 15 mil e 20 mil pessoas no Distrito Federal, de acordo com estimativas da Codeplan.

Gardênia Feliciano, coordenadora do curso de Estética e Cosmética do Instituto de Educação Superior em Brasília (Iesb), conta que egressos do curso são disputadíssimos. A terceira turma concluirá os estudos este ano. “Muitos conseguem emprego antes de se formar e o piso salarial varia de R$ 1.200 a R$ 1.500”.

Andressa Pádua, proprietária do salão Unha de Gata.  Especializada em manicure e pedicure, oferece variedade de esmaltes importados e nacionais, assentos específicos para o serviço, espaço para eventos, como festas infantojuvenis.  (Raimundo Sampaio/ Encontro/ D.A Press)
Andressa Pádua, proprietária do salão Unha
de Gata. Especializada em manicure e pedicure,
oferece variedade de esmaltes importados
e nacionais, assentos específicos para o serviço,
espaço para eventos, como festas
infantojuvenis.

A ideia da empresária Andressa Paula para o negócio foi talvez diametralmente oposta à do Grupo Lord e também muito bem-sucedida. Ela decidiu se especializar e abrir o primeiro estúdio de unhas de Brasília por acreditar que o serviço de cuidado com as unhas, muito valorizado pelas brasilienses mereceria um espaço exclusivo. Com o nome de Unha de Gata, a empresa prospera e, dois anos após sua abertura, chega a atender 200 clientes num dia. “Hoje cuidar das unhas é mais que prática de higiene, é uma expressão da moda”, diz.

O foco no tratamento das unhas possibilitou a excelência do serviço. Oferta de esmaltes importados, poltronas confortáveis e a promessa de um ambiente sem odores de produtos de cabelo e barulho de secadores. As 13 manicures têm ao menos cinco anos de experiência, perfis técnicos variados para se adequar às clientes, e são treinadas por meses antes de entrarem definitivamente para a equipe.

Caio Cabral (na cadeira) Barbearia: Dom Cabral. Com visual vintage, aposta em qualidade e atendimento: produtos de barbear importados, espuma e toalhas aquecidas, além de bar no balcão.  (Raimundo Sampaio/ Encontro/ D.A Press)
Caio Cabral (na cadeira) Barbearia: Dom Cabral. Com visual vintage, aposta em qualidade e atendimento: produtos de barbear importados, espuma e toalhas aquecidas, além de bar no balcão.

O foco em um cliente antes negligenciado por profissionais da beleza – o homem – também parece render bons frutos. Barbearias com serviços diferenciados têm dado ótimo resultado. Como a Dom Cabral, localizada no Centro Empresarial Brasil 21. Aberto há pouco mais de um ano por Caio Eduardo Quintão Cabral, o local oferece ambiente exclusivo, produtos de primeira linha e recebe 1.500 clientes por mês. O cuidado com os detalhes, muito bem recompensado por clientes mais exigentes, também é destacado pelo empresário como o diferencial da sua barbearia de temática vintage.

Uma viagem à Califórnia em 2011 inspirou a montagem do local. Foram meses de procura pelas mais adequadas cadeiras, itens de decoração, sofás, caixa registradora. Os produtos de barbear e de cuidado com os cabelos são importados. É possível tomar cerveja no balcão, as revistas são todas voltadas para o público masculino. E o relógio de parede tem os números invertidos para ser lido pelo espelho. “Homens buscam por esse tipo de serviço, com forma diferenciada de atendimento”, analisa Cabral.

Marcos Bastos (esq.) e Lauro Fernandes do salão  Barbearia Futebol Clube. Oferecem serviços para adultos e crianças, televisão com canal pago de esportes, videogame com jogos de futebol e itens de coleção dispostos nos salões.  (Raimundo Sampaio/ Encontro/ D.A Press)
Marcos Bastos (esq.) e Lauro Fernandes do salão
Barbearia Futebol Clube. Oferecem serviços
para adultos e crianças, televisão com canal
pago de esportes, videogame com jogos
de futebol e itens de coleção dispostos
nos salões.

A Barbearia Futebol Clube é mais um exemplo. Em 2 anos de funcionamento, abriu uma segunda loja e celebra a marca de mais de 1.600 clientes mensais. A empresa é uma sociedade dos irmãos Lauro e Fernando Fernandes Vieira, que também têm uma rede de pizzarias, com Marcos de Souza Bastos. Com bons resultados, os planos são de crescimento. O intuito dos empresários é abrir mais quatro unidades, sendo duas fora de Brasília. Amigos há 20 anos, Lauro e Marcos lembram que a ideia de uma barbearia diferente de qualquer outra tomou forma quando se deram conta de que o futebol é o principal assunto nesse ambiente.

As duas unidades, uma na Asa Norte, outra em Águas Claras, têm televisões com canais pagos de futebol, videogames, além de produtos expostos como um museu. Promoções divertidas completam o clima de brincadeira: quem consegue fazer 50 embaixadinhas ganha 50% de desconto no corte de cabelo. Corta de graça aquele fizer cinco com os olhos vendados. Nos 2 anos e 4 meses de treinamento, entretanto, ninguém ainda conseguiu o grande prêmio.

Veterano no filão de serviço de beleza infantil, Dawis Cabral corta o cabelo dos pais e filhos na capital há 30 anos. Alguns clientes formam gerações da mesma família. Segundo ele, renovar-se é imperativo para agradar ao público infantojuvenil. Estar por dentro dos personagens e ídolos – e seus cortes de cabelo – também. Os profissionais precisam ter atenção redobrada e saber conversar com a nova geração. “O ambiente de descontração e leveza é necessário para que os pequenos se sintam bem e consigam também aproveitar a experiência”, diz Dawis, que oferece um diploma de primeiro corte aos corajosos que aparam as madeixas pela primeira vez.

Dawis Cabral (em pé), proprietário do salão Pente Mágico. Especializado no público infantojuvenil com ambiente estilizado para bebês, crianças e adolescentes. Oferece certificado de primeiro corte, profissionais especializados e brindes para os mais jovens. (Raimundo Sampaio/ Encontro/ D.A Press)
Dawis Cabral (em pé), proprietário do salão Pente Mágico. Especializado no público infantojuvenil com ambiente estilizado para bebês, crianças e adolescentes. Oferece certificado de primeiro corte, profissionais especializados e brindes para os mais jovens.

Por que cresce tanto?

Entre as micro e pequenas empresas, só um setor rivaliza com o da beleza: o automotivo. Hoje, 4.923 empreendedores individuais estão cadastrados como cabeleireiros e outros 1.665 como profissionais de atividades estéticas. Isso representa 12,7% do total de registros.

Para a gerente da Unidade de Atendimento Coletivo de Serviços do Sebrae no DF, Aparecida Vieira, o número de micro e pequenas empresas, bem como o perfil dos empreendedores do ramo, demonstra que mesmo cidadãos com renda abaixo da média gastam parte de seus rendimentos com procedimentos de beleza e cosméticos.

Os brasileiros não abrem mão do cuidado com o visual, seja qual for a situação da economia. “O consumidor não vê estética como supérfluo. Ele usa, em média, cinco produtos de higiene por dia e tem cuidados com a pele, a aparência, a saúde”, conta Gardênia Feliciano, coordenadora do curso de graduação tecnológica em estética e cosmética, do Instituto de Educação Superior em Brasília (Iesb).
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