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Gente da capital | Zuleika de Souza »

Ela não para

Zuleika de Souza - Publicação:19/02/2013 17:35Atualização:19/02/2013 17:49

 (Fotos: Zuleika de Souza/CB/DA Press)
A gaúcha Graça Seligman tem quase 30 anos de Brasília e atualmente se divide entre o Lago Norte e São Paulo, onde o marido Milton Seligman é executivo da Ambev. Ela gosta de Sampa, onde já foi diretora do Museu da Imagem e do Som, mas não esconde que preferiria ficar mais tempo na capital.

 

Quando está por aqui, a fotógrafa gosta de receber amigos em casa, onde mantém um charmoso ateliê com materiais de exposições que fez e livros que lançou, além das lembranças de inúmeras viagens realizadas. Agora suas fotos estão saindo dos HDs e ficando iluminadas, literalmente.

 

Ela desenvolve um projeto com uma série de luminárias a partir de fotos: grafismos chineses, ipês brasilienses, paisagens gaúchas e art decó de Miami compõem projetos de arquitetos famosos pelo Brasil. Seu próximo projeto é o Livro das Bonequeiras, que faz em parceria com a pesquisadora em arte popular Macao Goes. As duas percorrem o país atrás das histórias da arte de fazer bonecas. As fotos prometem!



Arte que se recicla

 (Fotos: Zuleika de Souza/CB/DA Press)
O arquiteto Breno Rodrigues costumava pintar a Brasília que nasceu, cresceu e estudou. Mas não estava satisfeito até começar a fazer colagens com elementos usados na arquitetura e em obras: lixas, maderites, separadores de rejunte... todos resultam de fachadas dos prédios da cidade, com seus cobogós e brises.

 

O trabalho está agradando, faz parte do acervo do Museu de Arte de Brasília (MAB) e está a venda na galeria Almeida Prado. Breno diz que se incomoda ao ver móveis, máquinas de lavar ou canos antigos de ferro jogados na rua, por isso costuma catar para transformá-los em peças de design. No seu ateliê, na W3 Sul, esses materiais são transformados em cadeiras, luminárias e suporte para quadros.

 

O artista é um ativista em defesa do patrimônio arquitetônico da cidade e está na equipe que elabora as placas de sinalização de Brasília, trabalho que agora vai fazer parte do acervo do Museu de Arte Moderna de Nova York (Moma). Arquitetura e arte lado a lado.

 

 

O dono da viola e da vitrola

 (Fotos: Zuleika de Souza/CB/DA Press)

O violeiro Cacai Nunes é um pesquisador da música brasileira de raiz. Pernambucano criado no quadradinho, com Goiás por todos os lados, acabou se apaixonando pela viola caipira.

 

Agora ele faz uma música contemporânea de muitas misturas e está em fase de produção de um CD que terá base na música dos terreiros de candomblé junto com a viola.

 

Ele também tem um trabalho como DJ, no qual só toca vinis de música brasileira. Suas pesquisas musicais ajudaram a formar o Acervo Origens, que, além dos discos, tem vídeos com mestres violeiros e os áudios dos programas na Rádio Nacional – tudo compartilhado no site acervoorigens.com. Ele tem ainda outros projetos, como o Forró de Vitrola, uma festa produzida quase todo mês.

 

O arrasta-pé é um sucesso de público e crítica e muita gente fica cobrando novas edições. Cacai com sua viola e sua vitrola encanta a capital!



Paixão pela causa

 (Fotos: Zuleika de Souza/CB/DA Press)
Artistas plásticos como Siron Franco, Ralph Gehre e Célia Estrela são colaboradores da ONG Núcleo de Proteção aos Queimados, que funciona em Goiânia e tem sua representante em Brasília, a diretora Maria Thereza Piccolo.

 

Ela é dermatologista e nutróloga, com doutorado em farmacologia e patologia, e, na Clínica Nelson Piccolo atende especialmente pacientes queimados de maneira integral, honrando a história do pai, Nelson Piccolo (médico referência no mundo no tratamento de queimados).

 

Uma das missões da clínica é prevenir acidentes, apoiar e reabilitar acidentados – física, social e emocionalmente. Com as campanhas, ela tem conseguido resultados significativos na redução de acidentes, e isso só aumenta sua paixão pela causa: “Quando trato de queimados não me canso”. Ela desenvolveu, ainda, uma técnica de maquiagem para cobrir com perfeição as manchas do fogo.

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