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Ainda não se sabe qual dos modelos do Toyota Corolla, o norte-americano ou o europeu, será vendido no Brasil. Em comum, os dois têm ousadia
Quase cinco décadas de produção. Fabricado em 16 países e comercializado em 154 mercados. Mais de 40 milhões de unidades comercializadas, o que o coloca no topo dos carros mais vendidos do mundo. Com tamanho currículo, o Toyota Corolla chega à sua 11ª geração bastante rejuvenescido. Após seis meses de muita expectativa, a montadora japonesa mostrou os modelos que serão vendidos nos mercados norte-americano e europeu. O primeiro é dono de linhas mais agressivas, enquanto o segundo tem visual um pouco mais comportado.
Mas de uma coisa não resta dúvida: independentemente de qual Corolla desembarcar por aqui, o que deve ocorrer no primeiro trimestre do ano que vem, o consumidor terá à disposição um modelo com design bem mais ousado, como já dera sinais o conceito Corolla Furia, apresentado no início de janeiro no Salão Internacional de Detroit, nos Estados Unidos. Europeu ou norte-americano, o novo sedã deixa de lado o conservadorismo e adota um estilo que deve agradar em cheio ao público mais jovem — façanha que o rival Honda Civic conseguiu nas duas últimas gerações.
Diferenças à parte, o novo Corolla cresceu em relação a seu antecessor. Ele está mais comprido (4,63 m, 9,9 cm a mais), mais largo (1,76 m, 1,6 cm a mais) e mais baixo (1,45 m, 1 cm a menos). O entre-eixos também aumentou: são 10 cm a mais, elevando a distância para 2,70 m. Assim, a tendência é de que o sedã fique mais estável e confortável, principalmente para os passageiros de trás, que segundo a Toyota ganharam mais espaço para as pernas. O banco traseiro recuou 7,5 cm, o que aumentou o espaço para as pernas. Motorista e passageiro da frente também ganharam conforto extra: os assentos são 1,5 cm mais longos, o que garante melhor posição e mais conforto.
No mercado norte-americano, todas as versões têm faróis de LED, ar-condicionado digital, botão de partida, computador de bordo e oito airbags. A direção é elétrica, garantindo conforto nas manobras sem roubar potência do motor. Também de série, todas as versões são equipadas com controles de estabilidade e de tração, freios ABS com EBD e um sistema eletrônico que monitora a pressão dos pneus.
Duelo de gigantes
Há anos líderes absolutos no segmento dos sedãs médios, os japoneses Corolla e Civic travam um duelo à parte. No fim da década passada, o Toyota havia desbancado o Honda em unidades comercializadas no Brasil. Em abril, no entanto, o Civic ganhou duas armas que o colocaram de volta na briga pelo pódio: motor 2.0 (até então, ele só tinha a opção 1.8) e câmbio automático de seis velocidades. Foi o bastante para voltar ao topo. Nos cinco primeiros meses deste ano, o Civic teve 21.014 unidades vendidas, o que o coloca como o 18º modelo mais vendido do país. Mas o principal rival continua na cola, na 19ª posição, com 20.448. E a briga promete esquentar ainda mais, pois não é só o novo Corolla que desembarcará por aqui no início de 2014. No primeiro semestre, a Honda também renovará completamente o Civic.