Bares de luxo
Empresários investem em ambientes elegantes, opções de bebidas e petiscos mais elaboradas e trilha sonora especial para atrair um público sofisticado
A cerveja depois de um dia de trabalho ou o vinho que inicia o descanso do fim de semana ganham doses de sofisticação em alguns endereços de Brasília. Neles, é possível experimentar novos sabores e combinações, em ambientes mais badalados do que restaurantes e menos agitados do que boates. O barulho tradicional dos botecos da cidade é substituído pela música suave, em geral jazz ou MPB. Nada de mesas espalhadas na calçada e de braços levantados disputando a atenção dos garçons. O público, em geral, está perto dos 30 anos, tem alto poder aquisitivo e gosta de boa música, combinada com bebidas que não se encontram em qualquer lugar.
A casa tem uma seção especial de vodcas importadas. Um dos drinques, o Ciroc French Martini, leva vodca, licor de amora, suco de abacaxi e framboesa. O Ciroc Champagne Cosmo é feito com vodca, grand marnier, suco de cranberry, suco de limão fresco e champanhe. “Batizamos uma das opções como drinque do Lucas, em homenagem a um cliente que estava sempre por aqui, mas agora vive em Nova York”, relata Raíssa. O bar faz homenagens à atriz Brigitte Bardot, que tem as mesmas iniciais do Bar Bottarga, BB. Há fotos dela nas paredes, e filmes protagonizados pela atriz são exibidos.
O Balcony é embaixada da vodca holandesa Ketel One, destilada em alambique de cobre, 100% trigo e filtrada por carvão a granel. O barman João Marcelo, responsável pelas criações, elaborou o drinque Eternamente Ketel, com a vodca, tequila, suco de abacaxi, xarope de maçã-verde e suco de limão. Essa opção será servida até 31 de outubro, no festival que homenageia a marca. No último dia do mês, a dose será dupla.
Clássico brasiliense, o Piantella é o favorito dos mais tradicionais. O piano bar tem jazz ao vivo todas as noites. Ali, o público vai de uísque e vinhos, principalmente. Os favoritos são os rótulos de 8 e 12 anos. O de 30 anos, Johnnie Walker, edição especial, cuja garrafa custa R$ 3 mil em distribuidoras, também é vendido em doses generosas, no restaurante. A champanhe Cristal está entre as mais pedidas, para um público sem medo de esbanjar. “Nosso bar é um bar de esperas, geralmente. Mas temos clientes que vêm tomar uma bebida e bater papo. O hábito de tomar drinques antes das refeições é muito europeu. Aqui no Brasil, vamos de uísque mesmo e muitos continuam nele durante o almoço ou jantar”, relata um dos sócios do Piantella, Marco Aurélio Costa. Entre os drinques, um dos favoritos do público é o Very Very Dry, coquetel feito com gim e vermute seco.
O cardápio oferece ainda 23 caipiroscas e 23 dry martinis distintos. Uma das mais pedidas é a caipirosca de maçã-verde com manjericão. Entre os petiscos, os mais famosos são queijo de coalho grelhado com geleia de pimenta e alho crocante e o Alibaba, no qual pão sírio feito na hora chega quente à mesa do cliente, acompanhado de quibe cru, coalhada e chancliche. “Nosso menu vai do árabe ao japonês, cheio de referências. O público adora e há fila de espera todos os dias para se sentar na área da varanda”, relata Dudu.