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Gente da capital

Zuleika de Souza - Publicação:27/01/2014 15:37Atualização:27/01/2014 18:14

 (Fotos: Zuleika de Souza/CB/DA Press)
Dr. Rafael é candango

Rainer Cadete nasceu na Asa Norte. O sério advogado da novela Amor à Vida ainda tem casa na cidade, mesmo já tendo participado de quatro projetos da Rede Globo. Morou por muitos anos em Samambaia, estudou no Elefante Branco e, atualmente, está em Vicente Pires e o seu número de telefone tem o 61. Tem 26 anos e um filho de 6 anos, Pietro, que vive aqui com a mãe, de quem se separou há pouco. Rainer começou a fazer teatro na capital aos 9 anos. Aos 17, entrou na faculdade de psicologia, cursou quatro anos e desistiu. Tentou ser modelo, foi para a Itália, mas a carreira não deslanchou. Aqui, fez cursos de teatro no Espaço Renato Russo e com a atriz Adriana Lodi. Acaba de estrear na telona com o Cine Holliúdy, também faz as vezes de produtor para as amigas Maria Gadu e Ellen Oléria, como no show em homenagem ao poetinha Vinicius de Moraes. Entre a ponte área Brasília/Rio, passou pelo laser do dermatologista Gilvan Alves, para atenuar as olheiras. Mesmo com o sucesso da novela, Brasília sempre estará nos seus planos.

 

 

 

Espaço brasiliense

 (Fotos: Zuleika de Souza/CB/DA Press)

O maestro Alexandre Innecco se diz “produto de uma cidade que mistura o internacional com o caipira; o esotérico com o político; a seca de rachar com o dilúvio”. Brasiliense nato, passou 19 anos morando nos Estados Unidos, onde estudou música. Tornou-se maestro, cantor lírico e produtor cultural. Regeu vários coros e orquestras na Europa e nos Estados Unidos. Há dois anos, voltou para a capital. Montou o pequenino Espaço Cultural Alexandre Innecco, onde dá palestras — palavra que ele nem gosta — sobre música, de forma descontraída. Fala sobre Astor Piazzola, sobre os instrumentos de percussão de uma orquestra, etc. Em dezembro, dois eventos: O Natal de Bach Handel e O Monólito de Kubrick, na qual o tema são as trilhas do filme 2001, Uma Odisséia no Espaço. Também está convidando para um réveillon despojado, que acabará antes da meia-noite. O espaço funciona como um clube, onde o sócio tem prioridade nas palestras e não paga para assistir às montagens de Innecco. Também dá aula de canto e está bem feliz com a salinha sempre lotada.

O mestre Daniel
 (Fotos: Zuleika de Souza/CB/DA Press)

“Baiano por nascimento e brasiliense por paixão.” É assim que o arquiteto Daniel Mangabeira, ferrenho defensor do projeto de Lucio Costa, se define. Veio para a capital estudar arquitetura na UnB e ficou. A família de Itabuna é dona da maravilhosa e amarelinha farinha de mandioca Amélia. Sócio do DOMO, badalado escritório de arquitetura, famoso pelos projetos contemporâneos, que dialogam bem com o modernismo, figuram em capas de revistas especializadas e ganham prêmios. Foi diretor cultural do Instituto de Arquitetos do Brasil/Seção DF e conselheiro da Fundação Athos Bulcão, de quem é superfã. Daniel acaba de voltar de Londres, onde passou um ano estudando e recebeu o título, com distinção, no curso Master of Art in Architecture pela University of Westminster. Chegou cheio de ideias e com muitos projetos aqui e pelo Brasil.

Presente para Brasília
 (Fotos: Zuleika de Souza/CB/DA Press)

A baiana Valéria Cabral chegou aqui nos primeiros anos de Brasília. Admiradora do trabalho de Athos Bulcão, acabou indo trabalhar na fundação que leva o nome do artista. Conviveu intensamente com o professor, como ela o chamava, e teve a ideia de criar produtos com as criações de Athos. O primeiro foi uma camiseta, feita em parceria com a empresária Cleusa Ferreira. A princípio, o mestre não gostou. Mas compreendeu que seria uma maneira de interagir com a cidade e ajudar a sustentar a fundação e seus projetos de arte-educação. Das camisetas para cá, já houve biquínis, louças, joias, sandálias, relógios, guarda-chuvas, lápis e jogos americanos. A aposta do bazar deste ano é uma manta de tricô digital. Com 21 anos de existência, a Fundathos está ganhando uma loja na 404 Sul, que abre agora em dezembro, junto com o bazar. Como secretária-executiva da fundação, junto à presidente Terezinha Ludovico, Valéria espera que, com a loja, possa realizar o sonho do professor e, finalmente, construir o museu, que já tem projeto do João Figueiras Lima, o Lelé.

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