Gente da Capital | Zuleika de Souza
Iluminando a arte
A brasiliense Rachel Rosildete cresceu dentro da Galeria Referência, convivendo com artistas e montagens de exposições organizadas pela mãe, a marchand Onice Moraes. O ambiente a influenciou na hora de escolher um caminho a seguir na arquitetura: foi estudar projetos de iluminação no Instituto Europeu de Design de Barcelona. Antes de se graduar na Universidade de Brasília (UnB), já estava trabalhando em grandes mostras no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e no Conjunto Cultural da Caixa.
Com Dalton Camargos, que ela considera o mestre, fez o projeto de iluminação cenográfica do Museu da Imagem, em Paulínia, e outros trabalhos. Também trabalha com Sonia Paiva no grupo interdisciplinar de cenografia, além de Hugo Rodas. Agora, está terminando a obra do novo espaço da Referência, que se mudou para a Babilônia, como são conhecidas as quadras comerciais 205 e 206 Norte, que vêm se firmando como um polo artístico da capital.
Diplomacia com prazer
A segunda mulher a ocupar o posto de embaixadora dos Estados Unidos completa um ano na capital federal. A diplomata Liliana Ayalde, que tem bacharelado em artes e mestrado em saúde pública, é especialista em América Latina e Caribe. Nos seus 30 anos de carreira diplomática, ela foi subsecretária de Estado Adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental e embaixadora dos Estados Unidos no Paraguai. Sobre a agenda Brasil e Estados Unidos, a embaixadora Liliana é otimista para estreitar os laços comerciais e os assuntos da educação. Ela aposta no programa Ciências Sem Fronteiras, que tem aproximado cada vez mais os brasileiros e os norte-americanos. A embaixadora conheceu o Brasil ainda criança, quando acompanhou o pai em missão na Organização Mundial de Saúde no Rio de Janeiro. Fã de futebol, exibe um livro sobre Pelé no gabinete. Durante a Copa, acompanhou os jogos da seleção norte-americana pelo Brasil. Com um português afiado, ela se diz encantada com o céu onipresente de Brasília e diz que gostaria de ter mais tempo para aproveitar melhor a cidade.
Um ipê para chamar de seu
Bernardo Siruffo, candanguinho da Asa Sul recém-graduado na Escola de Design UEMG, em Belo Horizonte, acaba de voltar para a cidade e tem feito muito sucesso nas feirinhas legais da cidade com as árvores que mais encantam os brasilienses: os ipês. O avô dele, Rodolfo Prado, um dos criadores do Empretec, do Sebrae, tem um projeto com mudas e seleção de sementes. Bernardo diz que “todo brasiliense deveria ter um ipê para chamar de meu”. Para ele, quem compra a muda deve cuidar dela em casa por pelo menos um ano e, na hora do desapego, deve usar as plaquinhas com o mapa da cidade para marcar onde está o seu ipê. Também desenvolveu uma série de quadrinhos de amor às flores que tornam a seca mais suportável. A partir deste mês, Bernardo vai trabalhar na Marcenaria Tunico Lages, a quem considera um grande mestre.
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