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Disputa acirrada

O confronto acontece entre os SUVs compactos das três marcas premium alemãs, agora também com a participação do GLA, que a Mercedes-Benz começa a vender neste mês

Fábio Doyle - Publicação:29/10/2014 12:00Atualização:29/10/2014 12:34

O GLA chega para disputar 
lugar entre os SUVs compactos premium e será o segundo Mercedes-Benz produzido na fábrica de Iracemápolis (SP) (Divulgação)
O GLA chega para disputar lugar entre os SUVs compactos premium e será o segundo Mercedes-Benz produzido na fábrica de Iracemápolis (SP)
Se há um segmento que não para de crescer no mercado de automóveis é o de SUVs. São os utilitários esportivos, que chegaram ao mercado brasileiro no final da década de 1990, por iniciativa da Ford, com o Ecosport, e rapidamente povoaram o sonho de consumo de muitos brasileiros.


A partir de 2006, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), diante de números cada vez mais significativos, resolveu criar um quadro exclusivo para os SUVs em seus relatórios mensais de carros emplacados. Naquele ano, eram 37 modelos de utilitários esportivos com vendas de pouco mais de 77 mil unidades. No relatório de 2013, o quadro de SUVs mostra 56 modelos com vendas de quase 287 mil unidades, quase quatro vezes mais que em 2006. Há cada vez mais lançamentos de SUVs, para todos os gostos e bolsos.
Aqui no Brasil, o mais recente é o GLA, quinto SUV da Mercedes-Benz, que a partir de janeiro de 2015 será produzido na fábrica que está sendo construída em Iracemápolis, São Paulo. O GLA, que o fabricante inclui no segmento de SUVs compactos premium, fecha o ciclo de lançamentos de modelos projetados para conquistar consumidores jovens e reconquistar a liderança perdida para a BMW no campo dos carros de luxo. Ele adota a mesma plataforma utilizada pelo novo Classe A, Classe B e CLA, que marcam também a adesão do fabricante alemão à tração dianteira.


A briga para colocar o GLA em lugar de destaque na longa lista de SUVs em oferta não será fácil. Ao analisar suas características e filtrar a relação, retirando os mais básicos, os fora de estrada puro-sangue e os maiores, mais luxuosos e mais caros, a conclusão é de que o GLA tem como principais concorrentes o BMW X1 e o Audi Q3. Isso considerando-se a faixa de preço entre R$ 130 mil e R$ 190 mil e o fato de o GLA ser um SUV, quase que exclusivamente no estilo, mais voltado para o uso urbano, assim como o X1. O Q3, menor em comprimento e mais alto, tem mais jeito de SUV e preço de entrada próximo ao do GLA e do X1.


São todos eles muito bem equipados, bem acabados e completos em tecnologia embarcada de conforto, conectividade e segurança. O GLA oferece ainda a função ECO Start/Stop, que desliga o motor (também presente no X1) quando o veículo está parado, e o Attention Assist, que detecta e alerta eventuais sintomas de sonolência do motorista. Como no Q3, o concorrente Mercedes-Benz traz em todas as versões o sistema park assist, que estaciona o veículo sem interferência do motorista.


Para afastar dos consumidores o temor dos preços altos na manutenção, a Mercedes resolveu adotar a prática dos preços fixos das três primeiras revisões para os modelos de entrada da marca, o que também é feito pela Audi, e oferece como opção um contrato de manutenção com preço predeterminado para até a quinta revisão.


Os principais concorrentes do GLA emplacaram juntos, segundo os números da Fenabrave, uma média de 363 carros mensais em 2013 e 497 unidades nos oito primeiros meses de 2014, sendo que neste ano o Audi Q3 passou na frente do BMW X1. O plano da Mercedes-Benz é vender deste mês, quando começam as vendas, até o fim do ano, 1 mil unidades do GLA no Brasil. Depois, a fábrica da pequena Iracemápolis (com apenas 25 mil habitantes) entra em operação e a história deve mudar.

 

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