Gente da capital
Ele não para
O artista plástico Samuel Pinheiro Guimarães fez, em 2010, uma exposição no Jardim Botânico de Brasília. Daí nasceu o convite para assumir a diretoria adjunta do parque. Desde então, ele, que também é arquiteto, tem tocado projetos criativos ao lado do diretor Jeanitto Gentilini. O maior deles é o Cerratenses Centro de Excelência do Cerrado, em homenagem ao nosso bioma - o belo prédio tem uma vista magnífica para a reserva e vai abrigar Biblioteca Digital do Cerrado. Outra novidade é a Trilha Indígena Krahô, projeto de educação ambiental no qual o visitante caminha pela mata que tem totens criados por vários artistas. Um novo parquinho para as crianças na área de piquenique está na fila para ser executado. Samuel, que é homônimo do pai embaixador, está dividindo ateliê com Matias Mesquita e promete novidades para breve. Nas horas vagas, ele corre para tatame e pratica Jíu-jitsu.
Esmorecer? Jamais!
Quem desligou o som? Gabriela Tunes sabe bem. A flautista, que é também bióloga com mestrado em gestão ambiental, trabalha como consultora concursada da Câmara Legislativa do DF. Agora sua luta, junto a outros músicos da capital, é para mudar a Lei do Silêncio, que está fechando todos os espaços para os artistas. Ela toca no Época de Hoje e em uma roda chamada de Choro da Resistência, sempre com o filho Tiago Tunes, que foi o responsável por levá-la para o mundo da música. O nome da roda surgiu porque alguns bares onde eles tocavam foram fechados, como os lendários Tartaruga e Balaio. Depois do último impedimento, ela desabafou: "Nossa roda de choro, acústica, vinha acontecendo de uma forma muito sofrida, porque não conseguíamos nem nos ouvir tocando, mas alguns vizinhos de privilegiados ouvidos, lá das casas deles, conseguiam. Vejam que inveja devemos sentir dessas pessoas!" Gabriela não esmorece: "Não desistiremos, porque ,enquanto houver vida, haverá música, seja como for."
Ritmo frenético, por enquanto
As Olimpíadas estão chegando e Hugo Parisi é o nosso único representante que nasceu, cresceu e sempre morou na capital. Atleta de saltos ornamentais, ele é especialista na plataforma de 10 metros. Em 25 anos de saltos, tem quatro títulos de campeão sul-americano, carrega 223 medalhas e esta será sua quarta olimpíada. Hugo é atleta da Marinha, treina no Colégio Mackenzi, como patrocinado, e na UnB, completando seis horas diárias de puxados treinos. Ainda conta com apoio dos Correios, Cartão BRB e Cooplem Idiomas. Ele revela que o Rio deve ser a despedida das Olimpíadas, mesmo sem querer parar: é que na próxima ele já estará com 36 anos e quer diminuir o ritmo. Um novo caminho pode ser o mundo da moda, já que ele acaba de ser a estrela de campanha do perfume francês Allure Homme, da icônica Chanel. O filme e as fotos, de tirar o fôlego, foram feitas durante três dias em um penhasco onde saltava para o mar, na África do Sul.