EMPRENDEDORISMO
Roberto Oliveira no salão de sua churrascaria, seu primeiro negócio na gastronomia: "Eu acredito em colocar a mão na massa, em fazer acontecer''
Visionário, com o dom de ver oportunidade onde muitos enxergam o cotidiano. Essa seria uma boa maneira de descrever o nome por trás do grupo que, em 25 anos, acumulou 15 academias de ginásticas, uma clínica de saúde e estética, um atacado de suplementos alimentares e reabriu recentemente o local que virou ícone para os brasilienses, o antigo Porcão. À frente da churrascaria Steak Bull, inaugurada na área do Clube de Engenharia em meados de novembro, o empresário Roberto Oliveira é uma máquina de empreender.
“Eu confio muito na minha vontade de trabalhar e de fazer diferente”, conta o mineiro, que se considera “calango” do cerrado e até 2019 pretende ter 50 unidades da academia Corpo e Saúde em funcionamento pelo Brasil. “Desde que comecei a trabalhar ouço falar em crise”, afirma o empresário. E revela a fórmula que o fez desbancar outros 13 investidores para assumir a disputa do complexo gastronômico à beira do lago Paranoá. “Eu acredito em colocar a mão na massa, em fazer acontecer”, declara.
É ali, no mesmo espaço da orla, que Roberto Oliveira se prepara para receber outra operação, vinda de Curitiba e Florianópolis, e lançar um salão de eventos com bar temático, no subsolo da Steak Bull, em fevereiro. “O saudosismo das pessoas foi o meu motor para tentar recompor isso aqui”, conta ele, que assume não ter expertise nenhuma na área.
Isso não o impediu de pôr abaixo a estrutura antiga, danificada, e reerguê-la mantendo apenas o piso e as colunas de tijolo, partes originais do empreendimento anterior, fechado há mais de um ano. É no amplo salão e na moderna varanda que circulam os clientes em busca do rodízio composto por 29 tipos de carnes, além de bufê de frios, saladas, balcão de massas, frutos do mar e sushis.
E por falar em mar, Roberto Oliveira coloca em prática o conhecimento que adquiriu desde os 7 anos de idade, quando começou a trabalhar na peixaria da família, seu primeiro negócio ainda aos 17 anos.
E é o líder das empresas também quem cuida, pessoalmente, de colocar os anúncios em busca de funcionários para suas novas ideias, assim como participa das entrevistas junto à equipe de RH do Grupo Oliveira. Sócios? “Graças a Deus, não”, rebate prontamente, bem-humorado. Para ele, o pensamento é simples: se algo der errado, ele vai responder pela culpa. Assim como pelos louros que vierem.
Ao todo, 143 empregados diretos compõem o quadro do restaurante recém-aberto, com capacidade para 700 pessoas, e que se somam aos 586 trabalhadores do Grupo Oliveira. Número que ele sabe exato e de cor. Sem falar nos 20 mil alunos inscritos em suas academias. “Eu sou presente dentro das minhas empresas”, diz, como se precisasse explicar o que já é notável em uma conversa rápida. Roberto sabe fazer negócio.