Apague da memória aquela história de que quem faz dieta não pode ter vida social. Assim como a contagem de calorias, isso é coisa do passado. Depois do auge das chamadas dietas low fat (em que se apostava na restrição de gorduras, mas abria espaço para os carboidratos), chegou a vez de reformular alguns conceitos. Nem tudo o que se acreditava sobre as tais gorduras saturadas (a maioria de origem animal) era verdade, afinal. Quem esclarece isso é o nutricionista Clayton Camargos, que se baseia especialmente em estudos científicos dos últimos 15 anos, quando as low carb (pouco carboidrato, em tradução livre) ganharam maior destaque.

“O principal motivo para que essas dietas sejam tão eficientes no emagrecimento é porque, ao reduzir o consumo de carboidrato e ingerir mais proteína e gordura, as pessoas sentem maior saciedade”, explica o especialista. Assim, levando em consideração que a fome é o maior inimigo de qualquer regime, a primeira ponta do iceberg estaria controlada. A partir daí o cuidado maior deve ficar no equilíbrio em relação ao consumo de proteína animal. Isso porque, segundo o nutricionista, em excesso, ela também pode transformar-se em açúcar no sangue.

E, já que para a balança ficar positiva a proposta é reduzir de 50% a 90% a ingestão comum de carboidratos, as dietas low carb acabam por carregar a missão de transformar alimentos de baixo índice glicêmico (como quinoa, folhas verdes, nhame e oleaginosas) em saborosas alternativas para uma vida mais leve. Fato que tem inspirado muitas cozinhas brasilienses a ir além dos tradicionais grelhados com salada. A seguir, cinco receitas de pratos que dão todos os motivos para manter a dieta e a agenda com os amigos em dia.