Na mesa
REFÚGIO SABOROSO
Um protótipo para estudar o mercado de varejo na cidade. Essa é a proposta do Melbourne Café & Co., o mais novo café da cidade, instalado no centro do Setor Hoteleiro Norte. A iniciativa é de Herbert Mascarenhas, que em 2014 abriu mão do ambiente físico da empresa de design e tecnologia Baião de Dois para testar novos formatos para otimização de negócios. Sabendo de duas lojas no edifício Vision, ele decidiu abrir o próprio negócio para entender, por dentro, as fraquezas e oportunidades de um ponto gastronômico. O nome entrega a proposta: a cidade australiana é referência de equilíbrio em cultura, trabalho e lazer. "Meu intuito aqui é criar uma atmosfera agradável, que sirva para as pausas do dia", contextualiza o serviço que tem cardápio enxuto, mas com surpresas, e decoração moderna. A ideia é alcançar os sabores que se espera de um café, "hora de forma simples, hora incrementada". Podem chegar assim à mesa bebidas com grão da marca Aha! (torrado no DF), além de diferentes versões de pão de queijo, croissant (do Laika Café), tapioca e preparos com pães especiais (La Boulangerie), como a torrada de maçã verde e queijo Brie.
GASTRONOMIA COLETIVA
Levou exato um ano do sucesso do IVV - Swine Bar para que o casal Eduardo Nobre e Ariela Lana lançasse outro projeto, igualmente inovador na cidade. Em soft opening, o Na Cozinha estreia oficialmente em 1º de maio com decoração rústica e conceito de restaurante co-working, onde cada chef pode alugar por dia o espaço, localizado no bloco comercial à frente do primeiro endereço, na 314 Norte. A partir de 800 reais, a diária inclui estrutura completa de cozinha - com direito a fogão combinado - e salão para 50 pessoas. Estão fora das negociações as noites de sextas e sábados, quando quem assume as caçarolas é o próprio Eduardo, apresentando uma cozinha mais autoral. Já no primeiro menu está o French rack suíno, um corte que mescla lombo, carré e barriga, servido com polenta, couve de bruxelas com bacon e picles de rabanete, que serve duas pessoas e sai em torno de 70 reais. O projeto de ares rústicos
FÔLEGO RENOVADO
Passaram-se sete anos desde que o Clube de Golfe ganhou ares franco-italiano, com a brisa da cozinha do Le Jardin du Golf. Com data de início no mesmo dia do aniversário da cidade, a casa começou seu ano novo com novidades no cardápio. Das mudanças anuais já de praxe saiu, além de quatro novas opções massas (ravióli de camarão, penne à Putanesca, linguine Arabiata e parppadelle à carbonara) - todas produzidas no restaurante -, o único prato de porção não individual da operação. É a paleta de cordeiro em molho de vinho tinto e do Porto, cozida por 20 horas, que acompanha batatas ao alecrim e arroz branco, biro-biro ou de brócolis. A receita (250 reais) serve bem três pessoas e perpetua a vocação do lugar com ar campestre, atração de muitas famílias aos finais de semana.
EMBAIXADORA AFETIVA
Ela nunca tinha tido sequer a curiosidade de visitar o estado. Mas ao ser convidada pela primeira dama - e cliente do Universal Diner - Marlúcia Cândida, para cozinhar em um projeto social na capital do Acre, Mara Alcamim caiu de encantos pela generosidade e sabores, típicos do Norte, no ano passado. "Eu bebi a água do rio, como eles dizem lá", conta a chef para tentar explicar o carinho que desaguou na mais recente edição do Sarau Chatô, onde serviu pequenas porções de pratos tradicionais da região. Receitas, segundo ela, ensinadas à risca por qualquer cozinheiro que ousou perguntar. Foi disposta a retribuir o carinho recebido que estendeu os preparos ao restaurante da 210 Sul e fez o festival da semana do Acre, com criações como a Moquequinha de Filhote com pirão de farinha do Cruzeiro do Sul, o último ingrediente trazido na mala de sua última viagem, feita no início do mês. Pontes para uma relação que tem tudo para se intensificar. Sorte a nossa!
MADE IN BSB
Depois de ganhar o mercado brasiliense com suas linguiças artesanais servidas em restaurantes a lá Parrilla Madrid e Villa Tevere, a Cacciatore Charcutaria, de André Batista, agora está presente também na praça goiana. A ideia ganhou força no início do ano, quando o cozinheiro começou a buscar um local para instalar a segunda fábrica e se deparou com o bem movimentado mercado de carnes da capital vizinha. “Lá, todo açougue tem (raça) Wagyu e Tomahawk (corte pomposo de contra-filé com osso)”, exemplifica, ao citar a oferta premium. Por isso, para ele, foi tão fácil a inserção do produto em estabelecimentos do ramo. Já são cinco disponibilizando o trio de sabores jalapeño, bacon e chorizo da marca, vendido em embalagem de 600 gramas a partir de R$ 25. A ida para Goiânia coincide ainda com a expansão das receitas em Brasília, que agora conta com uma exclusiva para o Otro (antigo Corrientes 348), inspirada na linguiça do Uruguai e feita de carne bovina e de porco.