Se tem algo inestimável a quem ama os sabores, pode-se arriscar a dizer que é a memória afetiva. É em torno de referências cheias de carinho que
Fernanda Bruner abriu, há pouco mais de um ano,
a loja que leva o sobrenome herdado do marido, filho de pais catarinenses. Especializado em cucas alemãs, o pequeno café instalado no coração de Águas Claras é um convite ao deleite por receitas de família, com um orgulho nítido. Há algumas adaptações ao gosto brasiliense, claro, mas nada que ultrapasse as raízes da massa de pão, sovada a mão, aprendida pela quituteira com a sogra. Por isso, saem em formato de muffin versões mais tradicionais, como a de banana, mas também de goiabada, cocada com ovomaltine e banana com leite Ninho (6 reais cada). “É como se estivesse comendo receita de vó mesmo”, descreve a pequena empresária sobre a produção sem aditivos químicos e de fornadas diárias.
O empresário e entusiasta da gastronomia Marcelo Galo até conseguiu encabeçar as operações de cozinha e bar do
La Rúbia Café durante um tempo, mas com a consolidação do animado cocktail-bar novas aquisições foram necessárias. É o que reflete a chegada do bartender
Diego Taormina, que depois de uma temporada de 14 anos na Argentina e passagens por bares de casas como o extinto Bottarga, agora assina os drinques na 404 Norte. E o profissional de 34 anos está animado: “Nós faremos uma carta ousada e diferente”, promete, garantindo que a atmosfera do lugar estará sintonizada com bebidas aromáticas e de apresentação diferenciada. Adepto da modalidade flair, onde o bar vira espaço de show com movimentos de garrafas, ele adianta que os clientes poderão ver, a partir de julho, a atuação cênica de perto com espaço no balcão para se sentarem. Merece o brinde.
LEVEZA NA PRÁTICA
O fim do Doca Cozinha Conteporânea não foi só uma mudança profissional para
Pedro Coe. Foi também de vida. Desde janeiro exclusivamente liderando a linha de congelados
Bálsamo, o cozinheiro vem sentindo os resultados da alimentação mais natural e sem proteína animal que prepara e a que aderiu há três meses. “Minha produtividade aumentou absurdamente”, conta, sobre a experiência que reúne 63 produtos, entre refeições, sopas, sucos prensados a frio e leites vegetais. A ideia principal, segundo Pedro, é entregar saúde aliada à praticidade, sem deixar de lado o sabor e a textura dos preparos – principal desafio quando se trata de comidas prontas. Mas ele tem feito bonito. Para junho e julho lançou a linha junina que inclui caldo de milho, canjica, cuscuz com feijão branco, cocada e pé de moleque. Firme nos preceitos vegetarianos, o kit sai a 43 reais e pode ser comprado pela loja online da empresa.
Em tempos difíceis da economia, poucos negócios têm tido a chance de comemorar uma expansão. O
Vinny’s Artisan Pizza vai na contramão com o feito de, em dois anos, ter dois food trucks circulando pelos eixos da capital e estar se preparando para lançar sua loja física na primeira quinzena de julho, com lugar para 150 pessoas. O ponto escolhido para a operação fixa de pizzas de longa fermentação, massa com farinha importada e estilo napolitano, é uma esquina da 105 Sul. Apostando no estilo fast casual, para aliar velocidade com qualidade, os empresários e pizzaiolos
Raquel e Vinicius Campos vão apresentar uma operação sem serviço, com customização de pizzas feitas no balcão. Com preços entre 19,90 reais e 27,90 reais, as redondas terão tamanho único de 23 centímetros – cortadas em quatro ou seis fatias – e poderão sair também em oito sabores fixos da casa. Do lado externo, um bar anexo promete atender rapidamente quem quiser apenas uma cerveja especial, vinho ou aperitivos típicos italianos, à la arancinis.
E por falar em crescimento, o Park Sul ainda não parou com as novidades e já exporta ideias. Desde 19 de junho o bem bolado
Café com Pão Manteiga Não tem filial também no Centro Médico do Guará. A proposta, que há pouco mais de um ano une cafeteria com loja de conveniência no Edifício Jade Office, passa a ter novo ponto de venda para seus lanches a bons preços e quitutes caseiros. É, aliás, a partir da produção própria que a marca lança, em julho, seu café colonial também aos sábados, ao lado da quitanda de orgânicos da Rede Terra. Assim, o molde de bufê, que já funciona aos domingos, com preços de 23 ou 29 reais (com opção ainda de tapioca, crepioca e omelete), pode atrair novos fãs no período das férias. “A nossa ideia é ser conveniente até no preço”, diz o proprietário,
Guilherme Donda.