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Na mesa: novidades movimentam a cena gastronômica da cidade

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Jéssica Germano - Redação Publicação:31/10/2017 15:16Atualização:31/10/2017 17:55

FUNCIONAMENTO ESTENDIDO

A Quituart, complexo gastronômico de muitas possibilidades, tem novidade: alguns quiosques da feira do Lago Norte agora também abrem durante a semana, para o almoço. Foi Luiz Trigo o responsável pela famosa porchetta pururucada do Le Birosque, que encabeçou o movimento. Há alguns meses ele ensaiou abrir durante o dia às sextas-feiras e agora estende o funcionamento também para as quartas e quintas, quando abre ao medio-dia e vai até às 23h. É nesses dois dias que o chef, com passagem por casas como Gero (Melhor Restaurante de Brasília por Encontro Gastrô 2017), traz de volta outra prata da casa: o arroz de polvo, com a matéria-prima principal sempre comprada no dia. “O caldo também é fresco”, diz o cozinheiro, que faz questão de comandar todas as bases de preparo do negócio de 12 m2, sem apelos industriais. O sabor fala alto ao paladar, tanto a versão suína quanto a de frutos do mar.

 (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Arroz de polvo servido no Le Birosque  (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press )
Arroz de polvo servido no Le Birosque
 

NOVA FASE

Antes de inaugurar o extinto Jambu, Leandro Nunes ouviu de Laurent Suaudeau: “Não abra um restaurante.” Apesar de ter ido pela mão da teimosia, o chef – que participou do último The Taste Brasil – parece ter aprendido a lição, por isso está concentrado em consultorias e outros projetos, enquanto prepara as malas para uma mudança maior. Determinado a alterar seu endereço para a Austrália em 2018, país com grande déficit de chefs de cozinha, ele tem exercido a função das caçarolas, com mais liberdade em endereços como o novo Le Parisien e o Liv Lounge. No primeiro, ele deixou aflorar a base da escola com que teve contato por 10 meses, em Paris, e surpreendeu. “Eu me sinto mais confortável fazendo comida francesa do que brasileira”, declara Leandro, para espanto dos que acompanhavam suas criações de influência nortista. Já o Liv Lounge está voltado à didática, que ele tanto deixou aparente em palestras pela cidade. O cozinheiro prepara-se para lançar, em breve, um curso em vídeos no qual ensina a primeira linha de técnicas da alta gastronomia, do básico ao avançado. E tem episódio até para crianças.

 (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press )
 

MARÉ BOA

Com um ano de vida recém-completado – período em que a maioria das marcas sofre com quedas –, o Camarão Truck está podendo comemorar. A proposta segmentada de receitas à base de camarão vendidas na rua entra em seu segundo ano de existência com reconhecimento pela qualidade e custo-benefício, reflexos da experiência de cearense Lucídio Carneiro (à esq.) com a produção do fruto do mar em seu estado natal. As três versões de sanduíches, feitas com hambúrgueres do crustáceo empanado e tempero secreto (R$ 26, cada), são as vedetes do cardápio enxuto, que tem outras três opções de iscas, todas de camarão. Uma é envolta em panko, enquanto as outras duas chegam às mesinhas de plástico do truck em gergelim ou castanha-de-caju e molho de melaço. “O público está aceitando bem a proposta”, comemora o empresário, que tem mais dois sócios, Heitor Tsai e Bernardo Peres, e já está em fase de pesquisa para a primeira loja física. Enquanto isso, é possível encontrar o estabelecimento móvel todas as quintas na comercial da 205 Norte.

 (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Hambúrguer de camarão costa negra do Camarão Truck  (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Hambúrguer de camarão costa negra do Camarão Truck
 

EM CONSTRUÇÃO

Os formatos tradicionais e pouco dinâmicos estão saindo de moda, como se tem visto eixos afora. E é aí que surge espaço para as surpresas do novo, como prova o Acervo Café. Instalado anexo a uma academia de lutas no Setor de Oficinas do Guará II, o pequeno espaço de 12 lugares informais é um convite à desconstrução, acompanhada a uma boa xícara de grãos especiais. O responsável? Paulo Lins, um jovem descolado de 22 anos que descobriu na mãe, Abigail, uma sócia e cozinheira escondida, capaz de criar um bolo úmido de café, coberto e recheado com brigadeiro da bebida (R$ 8), que se tornou um dos fenômenos do negócio de apenas cinco meses. Barista autoditada e perfeccionista declarado, Paulo Lins é quem elege os dois microlotes sempre disponíveis em três métodos de preparo coado. Cinco versões para o gelado Cold Brew também constam no menu, que apresenta ainda porção de minipão de queijo (R$ 10), brownie do dia (R$ 9) e cookies caseiros (R$ 5,50). A ideia é seguir construindo, aos poucos, o espaço que acabou de subir para o primeiro andar.

 (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Cold brew com água tônica do Acervo Café  (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press )
Cold brew com água tônica do Acervo Café
 

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