À frente de muitas conquistas
De trainee a CEO, bioquímica consolidou o crescimento do Sabin, que neste ano ganhou 29 prêmios, inaugurou nova sede, entrou no segmento de anatomia patológica e deve faturar 1 bilhão de reais
Era o fim da década de 1990. Recém-formada em farmácia e bioquímica, a mineira Lídia Abdalla se mudou para Brasília. Com o diploma debaixo do braço, a jovem procurou emprego e chegou a trabalhar em farmácias e hospitais. Não era aquilo que queria, porém. Ela tinha como objetivo lidar com análises clínicas e, para isso, distribuiu currículos nos laboratórios da cidade. Um deles, ainda pequeno e com poucas unidades, estava contratando trainees. Lídia se candidatou e conseguiu a vaga. Mal poderia imaginar que, quase duas décadas depois, seria a CEO de uma das mais premiadas empresas na área de medicina diagnóstica do Brasil, presente, hoje, nas cinco regiões do país.
É com orgulho que Lídia Abdalla fala do Sabin, onde trabalha desde 1999, quando o laboratório começava a implementar a certificação ISO 9001. Naquela época, embora pequena, a empresa já carregava no DNA aquelas que seriam suas marcas: foco na qualidade, cuidado com os clientes, valorização dos colaboradores e incentivo ao trabalho das mulheres. Pouco a pouco, o Sabin foi crescendo. E Lídia sempre acompanhando a trajetória ascendente. “Essa é uma empresa com alma feminina, fundada por duas mulheres [Janete Vaz e Sandra Soares Costa]. Para cumprir nosso papel, não basta oferecer um serviço de excelência, temos de ir além. Nossos colaboradores têm de abraçar nossos sonhos, planejamentos e desafios”, afirma.
A receita mostrou-se acertada. Só neste ano, o Sabin ganhou 29 prêmios, incluindo o terceiro lugar como melhor empresa para trabalhar na América Latina e o primeiro posto no ranking do Centro-Oeste, eleito pela Great Place to Work (GPTW), que também o elegeu a melhor empresa para a mulher trabalhar. Lídia começou a ocupar cargos de liderança na empresa em 2003, quando assumiu a gerência técnica no laboratório. Seis anos depois, estava à frente da superintendência técnica, de onde sairia em janeiro de 2014 para ocupar a vice-presidência. “Noventa e nove por cento dos líderes cresceram dentro da casa”, afirma.
A bioquímica aceitou o desafio e, hoje, tem uma equipe de sete diretores, 23 gerentes e 4,2 mil colaboradores, lotados em 225 unidades de 10 estados brasileiros. Para manter o padrão de qualidade, a CEO conta com 50 embaixadores, que levam a cultura organizacional para as novas unidades. A formação técnica não é problema, destaca Lídia Abdalla. “Isso se ensina, mas costumo dizer que, para ter o mesmo padrão de atendimento em todos os lugares, nós contratamos sorrisos. Estamos atrás dos princípios e valores dos colaboradores, e o sorriso vem da alma, do coração. Isso nós não treinamos”, afirma.
Neste ano, o Sabin adquiriu o laboratório Vesalius, para entrar no segmento de anatomia patológica, e o faturamento deve ficar em torno de 1 bilhão de reais, com crescimento de 25% em relação a 2016, quando foram realizados 40 milhões de exames. Outra conquista recente da empresa foi a inauguração de uma nova sede no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN), com parque tecnológico totalmente renovado e 14 mil m² de área total. Para 2018, Lídia anuncia uma novidade: a inauguração de uma unidade que oferecerá exames de imagem. “Teremos serviço completo”, diz.