O artista iluminado
Com 36 apresentações apenas em dezembro, o DJ que cresceu em Brasília mostra que ainda tem potencial e garra para ir além e destacar cada vez mais o Brasil no mundo.
Aos 23 anos, ele já tinha sido escolhido como o melhor DJ do país. Hoje, com 26 e 14 de carreira, Alok Petrillo acumula os títulos de primeiro artista brasileiro a alcançar o Top 50 Global do Spotify e o único a se apresentar no palco principal do maior festival de música eletrônica do planeta, o Tomorrowland da Bélgica. Ao longo de 2017, o goiano radicado entre Brasília e a Chapada dos Veadeiros foi ainda mais além. Atingiu a marca de 7 milhões de ouvintes mensais no mesmo aplicativo de músicas via streaming e ganhou como melhor show o Prêmio Jovem Brasileiro. Se ele se dá por satisfeito? “Ainda tenho vários sonhos”, garante.
Na wishlist do também produtor e difusor do estilo brazilian bass, gênero batizado por ele com base no house music, está ter o próprio show – “100% meu, com uma experiência acima do que vínhamos oferecendo e apresentando ao público”, revela. Na sequência, está concretizar no Brasil a organização não governamental que já ajuda em Moçambique e tem o intuito de cuidar do futuro de crianças carentes. “Para que tudo faça sentido”, diz o filho dos criadores do festival Universo Paralelo e responsável por hits que ganharam o mundo. Hear me now, inclusive, talvez tenha sido apenas o primeiro com projeção internacional, abrindo espaço para títulos como Never Let Me Go e Fuego, este último em parceria com o irmão gêmeo, Bhaskar, com quem começou a trilhar o caminho profissional.
Desde 2010 em carreira solo, Alok (“luz” em sânscrito, língua ancestral do Nepal e da Índia) brilha cada vez mais, mas se mantém simples nos hábitos. Vivendo atualmente em São Paulo, ele encontra no cerrado o refúgio da família: “Tenho todas as melhores lembranças possíveis e muito vínculo com tudo. Amo Brasília”, diz.
Depois de aproveitar o berço de casa, não tem muitas dúvidas sobre o que fazer ou para onde ir: “Fugir para a Chapada! Alto Paraíso é meu lugar preferido no Brasil”, declara o DJ, que sai em média 10 vezes por ano do país para tocar e em dezembro chegou ao número de 36 apresentações brasileiras. O que ele espera de 2018? Trabalhar em parcerias colaborativas que já traçou e zerar os desejos ali de cima. Nada impossível para o brasileiro que vem emplacando recorde atrás de recorde.