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Ela não se deixou abater

Apesar de ter descoberto um câncer no ano passado, a primeira-dama do Distrito Federal cumpriu os compromissos de agenda e não se escondeu quando perdeu os cabelos. A mineira Márcia Rollemberg, de 57 anos, vive em Brasília desde os 2. Saiba como é sua rotina, a vida em família e o que ela pensa sobre política e outros temas

Ana Maria Campos - Publicação:05/06/2018 15:06

Márcia Rollemberg criou uma forma própria de ser primeira-dama do Distrito Federal. Cobra resultados, dá sugestões, coordena programas voltados à defesa da cidadania, rebate críticas ao governo na internet e coordena uma rede de colaboradores. Por pouco, não virou secretária na administração do marido, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), com quem está casada há 37 anos.

 

Depois da eleição de 2014, a ideia surgiu, mas foi descartada para evitar avaliações fora de contexto. “Chegamos a pensar nisso. Apesar de ela ter o currículo e a capacidade para fazer um bom trabalho e dirigir secretarias importantes, avaliamos que essa questão seria explorada negativamente em prejuízo a ela mesma e ao governo”, conta Rollemberg.

Márcia em uma galeria do Buriti, sobre o momento político: 'Sou uma pessoa da cultura da paz. O ódio não é o melhor caminho. Não podemos perder 
o caminho pela forma'  (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Márcia em uma galeria do Buriti, sobre o momento político: "Sou uma pessoa da cultura da paz. O ódio não é o melhor caminho. Não podemos perder o caminho pela forma"
 

Fora do governo, Márcia desempenha funções de executiva, seguindo sua própria trajetória profissional. Formada em serviço social e artes plásticas, ela exerceu cargos no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e nos ministérios da Saúde e da Cultura. Hoje é gerente-executiva da Fundação João Mangabeira, ligada ao PSB, partido de Rollemberg. Também coordena dois programas: o Brasília Cidadã e o Criança Candanga, com enfoque social.

 

Márcia nunca se filiou a nenhuma legenda. Mas não é raro ser vista como uma promissora política. “Não sei se algum dia minha mãe vai concorrer a algum cargo. Mas, neste governo, certamente ela descobriu que tem uma vocação forte para a vida pública”, afirma a advogada Gabriela Rollemberg, primogênita do casal.

 

Muitos que a conhecem acham que o caminho de Márcia realmente seria como candidata algum dia, até mesmo ao governo. A empresária Janete Vaz, dona da Rede de laboratórios Sabin, que chegou a ser cotada como um nome novo na disputa nas urnas, costuma dizer que, se a concorrente ao Palácio do Buriti fosse Márcia Rollemberg, não titubearia em apoiá-la. “A Márcia é uma voz da sociedade civil dentro do governo. Ela faz essa interlocução muito forte, com sugestões e cobranças”, explica Rollemberg. “Como ela é muito próxima do governador, as sugestões e críticas chegam com facilidade”, diz ele.

Márcia e Rodrigo Rollemberg, no gabinete do governador: 'Ela é muito direta e sincera; pode até desagradar a alguns, mas a verdade é sempre melhor', afirma ele (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Márcia e Rodrigo Rollemberg, no gabinete do governador: "Ela é muito direta e sincera; pode até desagradar a alguns, mas a verdade é sempre melhor", afirma ele
 

É assim que Leany Lemos, secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão do DF até a desincompatibilização, em 6 de abril, enxerga a primeira-dama: “Márcia é uma mulher forte, de personalidade vibrante e vida e brilho próprios. Ela tem uma carreira como gestora, tem seus méritos profissionais próprios e sempre foi uma cidadã engajada. Então, é natural que se preocupe não só com o conteúdo das políticas públicas – algo que para ela é intuitivo, já que foi formuladora e implementadora –, mas também com o formato”, afirma.

 

Responsável pela gestão do governo Rollemberg durante três anos e três meses, Leany conta que Márcia sempre deu atenção a temas como valorização do servidor, mapeamento de processos, transparência e eficiência: “Ela tem muita clareza na construção de legados”, analisa Leany. Foi da primeira-dama, por exemplo, a ideia de incluir no Portal da Transparência do governo do DF todos os jetons pagos para a participação em conselhos, medida iniciada neste ano, até então inédita no Distrito Federal.

 

Responsável pelo Portal do Voluntariado, Márcia conseguiu conectar pessoas interessadas em ajudar projetos de governo e da sociedade civil. Hoje, há mais de 15 mil voluntários cadastrados. Foi assim, por exemplo, que o zoológico de Brasília conquistou parceiros que ajudam nos cuidados com os animais espontaneamente.

O casamento no religioso há 37 anos, ela com 20 e o noivo, com 22 anos: eles fazem parte da primeira geração de Brasília (Arquivo Pessoal  )
O casamento no religioso há 37 anos, ela com 20 e o noivo, com 22 anos: eles fazem parte da primeira geração de Brasília
 

Até por essa relação direta com a gestão, Márcia e o marido lamentam as reações de servidores públicos à política fiscal do governo. Um episódio reflete esse clima. Em fevereiro, Rollemberg saiu com amigos para comemorar o aniversário de 57 anos da mulher. A noite foi agradável, descontraída, dois dias depois de um dos momentos mais tensos do governo, o desabamento do viaduto da Galeria dos Estados. Na saída, um grupo soltou uma vaia. Rollemberg rebateu com contundência. Márcia o conteve. Não disse nada. Sabia que a provocação fazia parte de um jogo político.

 

A primeira-dama saiu dali chateada, mas logo passou a ver o confronto com distanciamento. Não é fácil para quem vive em Brasília há 55 anos e acredita estar do lado do bem ver o marido tratado com hostilidade. “Fui-me embora me sentindo agredida, mas fazendo o exercício: ‘isso não é para mim, esse ódio não me pertence’”, conta Márcia. “Eles não me conhecem, não conhecem a minha trajetória, a minha vida”, diz

 

Repercutido nas redes sociais, o episódio destoa de vários outros momentos em que o casal é bem recebido nas ruas, ganha palavras de incentivo na cidade em que ambos estudaram, casaram-se e tiveram três filhos – Gabriela, de 35 anos, Ícaro, de 33, e Pedro Ivo, de 28 – e dois netos, Mel, de 4 anos, e Rafael, de 1. “Sou uma pessoa da cultura da paz. O ódio não é o melhor caminho. Não podemos perder o caminho pela forma”, afirma a matriarca.

O casal nos tempos de estudantes 
da UnB: eles se conheceram em 1979, 
na universidade, onde ela se formou 
em serviço social e ele, em história (Arquivo Pessoal )
O casal nos tempos de estudantes da UnB: eles se conheceram em 1979, na universidade, onde ela se formou em serviço social e ele, em história

Nas redes sociais, Márcia faz questão de expor suas posições. Responde uma a uma as indagações e questionamentos. Mesmo num mundo virtual em que, muitas vezes, os comentários não têm rosto, o tratamento à primeira-dama tem sido respeitoso. Nos últimos tempos, há ainda mais manifestações de carinho.

 

Em novembro, ela anunciou que estava se tratando de um câncer no endométrio. Desde então, foram 18 sessões de quimioterapia. Agora, Márcia enfrenta a segunda fase, com a radioterapia. São medidas para evitar uma recidiva. A primeira-dama, que teve quatro gestações – perdeu o primeiro bebê com seis meses de gravidez –, sofreu ao precisar tirar todo o aparelho reprodutor, um símbolo para qualquer mulher.  Descobrir um câncer, mesmo com grandes chances de cura, inaugurou uma etapa de reflexões, de autoconhecimento e de mais aproximação à espiritualidade.

 

A mulher forte, acostumada a cuidar de todos, precisou de colo, dos filhos, do marido, dos amigos, da sogra, dona Teresa Rollemberg. Não faltou atenção. Márcia aposta que a doença tem um sentido: “Vivo um momento muito significativo da minha vida pessoal, da cidade, do Rodrigo, de como me ressignificar como parceira, como primeira-dama, como me situo”, conta. O marido e os filhos têm sido seu grande apoio no dia a dia: “Eu digo para minha mãe que ela não precisa ser forte o tempo todo. Pode chorar e pedir carinho. Ela tem lutado bravamente e enfrenta tudo com muita garra”, revela Gabriela.

Márcia com a neta mais velha, Mel: a mineira 
cresceu em Brasília, onde estudou, casou-se, 
teve os filhos e vê a família aumentar, 
com a chegada da terceira geração  (Arquivo Pessoal )
Márcia com a neta mais velha, Mel: a mineira cresceu em Brasília, onde estudou, casou-se, teve os filhos e vê a família aumentar, com a chegada da terceira geração
 

As sessões de quimioterapia sempre às segundas-feiras não impediram que Márcia continuasse suas atividades. A primeira-dama do DF não deixou de frequentar eventos e de ter ideias renovadoras, com projetos, como a Residência Oficial de Portas Abertas, em que promoveu exposições de arte, sua grande vocação. No entanto, acostumada a controlar todos os detalhes, precisou exercitar a paciência. “Sou uma pessoa estimuladora e o meu processo de doença me fez conhecer os meus limites e as minhas fragilidades. Isso só me engrandeceu como pessoa”, revela. “A químio mexe com você como um todo, mas meus incômodos não foram tão grandes. Sou tão ativa que não dá tempo para ficar enjoada demais”, diz Márcia.

 

Os primeiros sintomas do câncer surgiram em julho do ano passado, com um sangramento. O diagnóstico foi rápido, mas a primeira-dama segurou a onda e esperou passar aniversários em família para contar que havia descoberto a doença. Como medida de transparência, optou por dar uma entrevista, publicada no Correio Braziliense, para anunciar o tratamento. A partir daí passou a ser acolhida com orações, santinhos e mensagens de estímulos por onde passa. Ela costuma brincar: “Não estou tão doente assim”.

 

Contar sobre a doença para todos foi uma decisão pensada com cuidado. Como Márcia é uma figura pública, revelar abertamente em um único anúncio foi a estratégia de transparência para que todos soubessem de uma vez. Nessa altura, ela já começava a sentir os efeitos da quimioterapia e havia optado por um lenço na cabeça. “Fomos, eu e meus irmãos, criados na homeopatia. Foi duro para ela ter de seguir medicamentos alopatas. Mas, com a sua inquietação, ela sempre questionou com o médico todas as etapas do protocolo do tratamento”, detalha Gabriela.

Retrato da família na eleição de 2014, com o marido, filhos, noras, genro 
e a primeira neta: a primeira-dama teve papel ativo na eleição do governador (Capital Arte Foto/Divulgação  )
Retrato da família na eleição de 2014, com o marido, filhos, noras, genro e a primeira neta: a primeira-dama teve papel ativo na eleição do governador
 

Márcia e Rodrigo Rollemberg sempre gostaram de sair, frequentar festas e encontrar os amigos da geração Brasília. Afinado, o casal é visto dançando como dois namorados desde os tempos em que se conheceram na Universidade de Brasília (UnB). Ela, estudante de serviço social. Ele, de história. O namoro começou em 1979. Um ano depois, estavam casados, ainda jovens. Márcia tinha 20 anos e o noivo, 22.

 

O governo mudou a rotina da família, principalmente com medidas que foram necessárias para conter um rombo herdado. Nunca foi tão difícil administrar a capital do país, em tempos de crise financeira, mesmo com repasses do Fundo Constitucional em mais de 10 bilhões de reais. Mesmo assim, Márcia nunca desestimulou Rollemberg a concorrer à reeleição. Depois de eleito senador, quando se preparava para entrar em campanha ao Buriti, Rollemberg ouviu conselhos da mulher para que optasse pela permanência no Senado, cargo que exerceria por oito anos. Ele, no entanto, seguiu o projeto de governar Brasília. Para o segundo mandato, a disputa pareceu natural, a continuidade de um projeto.

 

Muita gente pensa que o governador se submete a todas as determinações da mulher. Ela é muito influente, mas Rollemberg também tem personalidade forte. “Às vezes, ela até reclama que meu pai não escuta ninguém”, conta Gabriela. O governador explica que a influência da mulher é realmente muito grande e é levada em conta: “Uma pessoa com quem você vive há quase 38 anos exerce uma influência sobre você e vice-versa. Ela é muito direta e sincera; pode até desagradar a alguns, mas a verdade é sempre melhor”, afirma ele.

Márcia e Rodrigo Rollemberg, no gabinete do governador: %u201CEla é muito direta e sincera; pode até desagradar a alguns, mas a verdade é sempre melhor%u201D, afirma ele (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Márcia e Rodrigo Rollemberg, no gabinete do governador: %u201CEla é muito direta e sincera; pode até desagradar a alguns, mas a verdade é sempre melhor%u201D, afirma ele
 

No dia a dia, Rollemberg age pelos próprios instintos e convicções, mas a força da mulher é inquestionável. Ela, no entanto, não participa de reuniões de governo. Já na campanha, o papel é outro. Segundo um integrante do grupo do governador, Márcia costuma dar ideias sobre conteúdo, como o programa de governo e estratégias em debates. Sua participação é forte, principalmente na elaboração de políticas públicas. Ela também é uma voz nos debates públicos que precisam ser travados, como sobre o tamanho do Estado. “É preciso abrir uma discussão. O que é mais importante: reajustar salários ou contratar novos servidores para melhorar a eficiência dos serviços públicos? É uma escolha constante de Sofia”, analisa a primeira-dama.

 

Não tem sido fácil para Rodrigo Rollemberg enfrentar a resistência de sindicatos e servidores públicos incomodados com a suspensão de reajustes salariais. O casal é sensível às reivindicações. Os dois são funcionários públicos, mas o governo optou pelo ajuste fiscal. O medo de não conseguir pagar os salários em dia virou pesadelo na família. Tirou muitas noites de sono do governador.

 

Mineira de Teófilo Otoni, Márcia Rollemberg é filha de funcionários públicos, que se mudaram para Brasília em 1963 com a instalação da nova capital. O pai trabalhava no Ministério do Trabalho. A mãe foi funcionária da Novacap. Também no governo, Márcia trilhou sua carreira profissional. Exerceu vários cargos nos ministérios da Saúde e da Cultura. Com independência de posições, ela votou em Dilma Rousseff em 2014, enquanto o marido, então candidato ao governo, declarou apoio ao adversário da petista, Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições.

Amigo de longa data, o presidente do Metrô/DF, Marcelo Dourado, também é compadre da primeira-dama:  'Márcia é uma figura muito inteligente, sensível, tem um viés social forte' (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press )
Amigo de longa data, o presidente do Metrô/DF, Marcelo Dourado, também é compadre da primeira-dama: "Márcia é uma figura muito inteligente, sensível, tem um viés social forte"
 

Em casa, o governador encontra apoio para seguir em frente. Rollemberg, que dorme tarde e acorda muito cedo, divide com a mulher muitas preocupações pela madrugada. “Às vezes, ele vem com os problemas e eu digo: ‘meu Deus, você tem o estômago de ferro’”, conta Márcia. “Eu sou muito reativa, muito sanguínea. Então, a política brasileira afasta um pouco as pessoas que vão ter úlcera”, diz.

 

Foi, assim, por exemplo, com o deputado Fernando Gabeira, autor de denúncias sobre emendas parlamentares contra Rollemberg, que nunca foram comprovadas. Márcia não esquece o episódio. Um dia, no aeroporto, encontrou o político. Com uma amiga, fez comentários em tom alto, na fila do avião, para que Gabeira ouvisse. Foi uma forma de desabafo.

 

Para afastar energias negativas, o casal, muitas vezes, faz uma oração. A queda do viaduto foi um dos capítulos mais difíceis da administração Rollemberg. Márcia coloca nas mãos de Deus um verdadeiro milagre. O incidente ocorreu às 11h45, horário de trânsito intenso, tanto na pista acima do viaduto, no Eixão, quanto embaixo, por onde passam milhares de veículos por dia, mas os danos foram apenas materiais. “O fato de não ter havido nenhuma vítima aumentou a minha fé. Foi muito inusitado, quando se vê aquelas imagens, um vazio... Para mim, foi a mão de Deus”, acredita Márcia. A maior dificuldade da gestão, no entanto, é a crise hídrica e o racionamento, na opinião de Márcia. Ativista em defesa da Amazônia nos tempos da universidade, ela sempre deu importância à água como um tema a ser tratado com atenção pelas políticas públicas.

Para Leany Lemos, ex-secretária de Planejamento do DF, Márcia tem papel fundamental na política de Brasília: 'Ela tem uma carreira como gestora, tem seus méritos profissionais próprios e sempre foi uma cidadã engajada' (Toninho Tavares/Agência Brasília )
Para Leany Lemos, ex-secretária de Planejamento do DF, Márcia tem papel fundamental na política de Brasília: "Ela tem uma carreira como gestora, tem seus méritos profissionais próprios e sempre foi uma cidadã engajada"
 

Foi na UnB que começou o namoro com Rollemberg. Os dois integram a primeira geração de Brasília. Filhos de pioneiros, representam as crianças que inauguraram Brasília. Márcia viveu a infância e juventude na Asa Norte. Fazia trilhas, gostava de pescar no lago Paranoá, brincava debaixo do prédio na 406 Norte e frequentava o Minas Tênis Clube.

 

Na UnB, surgiram amizades de uma vida. Um dos que acompanha o casal desde então é o presidente do Metrô/DF, Marcelo Dourado. Ele conta que muitos dos projetos sociais e das secretarias dedicadas a questões de inclusão têm o DNA de Márcia. Ela influencia também a cultura. “Márcia é uma figura muito inteligente, sensível, tem um viés social forte. Essa pegada de gênero e de raça de vários projetos do governo não é do Rodrigo. É da Márcia”, diz Marcelo, que, além de tudo, é compadre da primeira-dama, madrinha de Gabriel, um dos filhos de Marcelo.

Márcia Rollemberg, no Palácio Buriti: 'A químio mexe com você como um todo, mas meus incômodos não foram tão grandes. Sou tão ativa que não dá tempo para ficar enjoada demais' (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press )
Márcia Rollemberg, no Palácio Buriti: "A químio mexe com você como um todo, mas meus incômodos não foram tão grandes. Sou tão ativa que não dá tempo para ficar enjoada demais"
 

Com uma vida longa de casamento, ela acompanha todas as decisões políticas do marido. Há 28 anos, os dois decidiram que não teriam mais filhos e que Rollemberg desistiria da política para se dedicar mais à família, à fazenda do casal e manter uma vida normal. Mas foi justamente naquele ano que Márcia engravidou do caçula e Rollemberg se candidatou pela primeira vez a um mandato de deputado distrital. De lá para cá, Márcia sempre o ajudou. Panfletou, deu ideias, contribuições, incentivos e parcerias.  “Márcia sempre ajudou. Claro que nas outras eleições, como ela mantinha uma vida profissional muito atuante, tinha menos tempo para trabalhar diretamente na campanha, mas sempre foi uma pessoa muito importante. Agora, pelo papel que desempenhou no DF, tem um vínculo muito grande com a nossa cidade”, afirma Rollemberg.

Márcia e o marido ladeados pelos filhos ainda crianças (da esq. para a dir.) Gabriela, Ícaro e Pedro Ivo: a carreira política de Rollemberg fez a família mudar os planos de uma vida mais rural (Arquivo Pessoal)
Márcia e o marido ladeados pelos filhos ainda crianças (da esq. para a dir.) Gabriela, Ícaro e Pedro Ivo: a carreira política de Rollemberg fez a família mudar os planos de uma vida mais rural
 

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