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Pioneiro por vocação: JK é o melhor aeroporto do Brasil

Aeroporto tem dois títulos do Prêmio Aeroportos %2b Brasil e números impressionantes, um deles o movimento anual de mais de 15 milhões de passageiros

Isabela de Oliveira - Redação Publicação:21/05/2019 15:08Atualização:28/05/2019 15:13

Mais velho do que a capital, aos 62 anos, o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek é o melhor do país na avaliação dos viajantes. Vencedor do Prêmio Aeroportos + Brasil 2019, o JK detém, agora, o segundo título consecutivo de melhor terminal brasileiro com fluxo anual acima de 15 milhões de passageiros, superando gigantes como Guarulhos (SP), Congonhas (SP) e Galeão (RJ). Ao que tudo indica, o JK – que desde 2012 é administrado pela concessionária Inframérica – está no páreo para levar também a edição 2020 do prêmio: ele foi eleito, pela nona vez, o melhor terminal do Brasil. A pesquisa é preliminar e avaliou, por enquanto, apenas as atividades do primeiro trimestre de 2019.

JK é o aeroporto mais bem colocado do Brasil, em pesquisa realizada no primeiro trimestre deste ano: quesitos como check-in, cordialidade dos funcionários, limpeza geral e confiabilidade da inspeção de segurança foram avaliados  (Divulgação)
JK é o aeroporto mais bem colocado do Brasil, em pesquisa realizada no primeiro trimestre deste ano: quesitos como check-in, cordialidade dos funcionários, limpeza geral e confiabilidade da inspeção de segurança foram avaliados
 

Realizado anualmente, o Prêmio Aeroportos Brasil contabiliza as quatro rodadas trimestrais da pesquisa de satisfação da Secretaria de Aviação Civil, do Ministério da Infraestrutura. Em 2018, mais de 81 mil passageiros foram entrevistados em 20 aeroportos do país. O terminal de Brasília foi o mais bem avaliado no quesito emigração, imigração e no check-in; cordialidade e prestatividade dos funcionários; disponibilidade e qualidade das informações nos painéis de voos, limpeza geral e na confiabilidade da inspeção de segurança.

 

Diretor de Assuntos Corporativos da Inframérica, Rogério Coimbra atribui o sucesso ao investimento de 1,5 bilhão de reais na expansão da capacidade e qualidade dos serviços do JK. “Se essa pesquisa de satisfação fosse realizada com as empresas aéreas, em vez de passageiros, ficaríamos muito bem colocados, porque, do ponto de vista de operações, o aeroporto de Brasília também é o melhor”, diz. Com capital social acumulado em 1,8 bilhão de reais entre 2013 e 2015, o JK é o terceiro maior do Brasil em movimentação de passageiros – ficando atrás apenas dos paulistas Guarulhos e Congonhas – e o maior hub doméstico do país. O movimento de passageiros, que é superior a 15 milhões por ano, tem algumas particularidades, explica Coimbra. “O nosso tráfego é muito corporativo. As conexões, por exemplo, correspondem a 44% do fluxo. O JK é o único aeroporto do Brasil com voos para todas as capitais e isso faz com que ele seja muito receptivo”, diz o diretor. O pernambucano Bruno Campos de França, 37 anos, exemplifica bem esse perfil. Gerente regional do Norte, Nordeste e Centro-Oeste de uma confecção que usa realidade aumentada para transformar roupas infantis em brinquedos, Bruno veio a Brasília oito vezes entre março e abril. Segundo ele, a cidade é uma capital estratégica para a expansão da empresa em outras regiões. A sala VIP doméstica é uma das comodidades preferidas de Bruno. Inaugurada em 2014, ela tem 1.500 metros quadrados e movimenta quase 10 mil pessoas por mês (incluindo a sala VIP internacional e as salas Express Club).

O servidor público Caio Nantes, que viaja pelo menos duas vezes por mês, diz que pontualidade e conforto são fundamentais para ele: 'Os espaços de espera são aconchegantes e as partidas são pontuais'são aconchegantes e as partidas são pontuais' (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
O servidor público Caio Nantes, que viaja pelo menos duas vezes por mês, diz que pontualidade e conforto são fundamentais para ele: "Os espaços de espera são aconchegantes e as partidas são pontuais"são aconchegantes e as partidas são pontuais"
 

Entre as comodidades, há acesso integral ao bufê e às salas exclusivas, que servem como local de descanso. “Já aconteceu de um diretor que estava em trânsito em Guarulhos alterar a conexão para Brasília, onde eu estava. A reunião aconteceu na sala de embarque mesmo”, diz. Bruno aponta também a praça de alimentação como uma das melhores. “Entre os terminais, o JK tem o melhor espaço gourmet em salas de embarque. Muita coisa pode melhorar, mas sem dúvida a estrutura é uma das mais completas do país.” Caio Nantes, de 37 anos, também é um passageiro frequente. Em função do trabalho, viaja pelo menos duas vezes por mês. Por semestre, chega a voar 10 vezes quase sempre no bate e volta. “Não tenho nada a reclamar do aeroporto. Sempre chego quase no horário de sair e sigo direto para o embarque. Nunca precisei esperar muito no terminal para embarcar”, afirma. Para ele, pontualidade é um diferencial: “Ao contrário de outros aeroportos, o de Brasília é muito tranquilo, inclusive nos voos internacionais. Os espaços de espera são aconchegantes e as partidas são pontuais. Mesmo com praça de alimentação meio cara, nunca fiquei sem opção para comer”, avalia o servidor público.

 

O JK é um dos aeroportos mais pontuais do mundo, confirma a consultoria internacional OAG, especializada em aviação. Atrás apenas dos terminais de Osaka (Japão) e Honolulu (Havaí), o JK acerta o horário em 86,08% das vezes. Ainda segundo a OAG, o aeródromo de Brasília foi o mais pontual entre os terminais brasileiros de sua categoria no primeiro trimestre de 2019. Mais de 84% dos voos que partiram daqui, nos três primeiros meses do ano, seguiram dentro da margem de pontualidade, o que significa que os trajetos ocorrem com espera inferior a 15 minutos em relação ao programado. Além da organização, Nantes inclui como pontos fortes do aeroporto de Brasília a facilidade de acessar transporte público ou por aplicativos.

Rogério Coimbra, diretor da Inframérica, ressalta a importância dos investimentos em expansão e qualidade de serviços para alcançar números tão bons: 'O JK é o único aeroporto do Brasil com voos para todas as capitais e isso faz com que ele seja muito receptivo' (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Rogério Coimbra, diretor da Inframérica, ressalta a importância dos investimentos em expansão e qualidade de serviços para alcançar números tão bons: "O JK é o único aeroporto do Brasil com voos para todas as capitais e isso faz com que ele seja muito receptivo"
 

Inaugurado antes mesmo da capital, em 3 de maio de 1957, o aeroporto de Brasília foi uma das primeiras medidas de ocupação do interior do país. Então chamado de Aeroporto Vera Cruz, o primeiro esboço do terminal foi uma pista de pouso criada por Bernardo Sayão em 1955, na área em que está, hoje, a antiga rodoferroviária. O aeroporto de Brasília foi inaugurado com o primeiro voo comercial da Pan American para Nova York (EUA). No mesmo dia foi celebrada a primeira missa da Nova Capital Federal, na Praça do Cruzeiro. Um dia antes, o presidente Juscelino Kubistchek pousou no terminal em um Viscount turbo-hélice de fabricação inglesa.

 

Após 62 anos, o JK ainda é pioneiro em expansão. Em todo o país, somente ele tem capacidade para operar mais de um voo por minuto. Além disso, é o único da América Latina a trabalhar com pistas paralelas simultâneas e independentes. Isso significa que só em Brasília os aviões pousam e decolam ao mesmo tempo em ambas as vias.

 

No último semestre, o aeroporto de Brasília investiu 6 milhões de reais no desembarque internacional. Com isso, o JK poderá processar 1.150 estrangeiros por hora, o que equivale a um aumento de 225% no fluxo de passageiros de outros países. Rogério Coimbra, da Inframérica, acredita que esse incremento será ainda maior com o programa de stopover. Firmado com o Governo do DF e a companhia aérea portuguesa TAP, o programa permite que turistas estrangeiros que fazem conexão em Brasília permaneçam na cidade por alguns dias sem custos adicionais na passagem. A gastronomia local é um atrativo. Segundo o Ministério do Turismo, o cardápio brasiliense tem 97,7% de aceitação entre os visitantes de outros países. “Vamos implementar essa novidade em pouco tempo. Os turistas, principalmente estrangeiros, poderão conhecer Brasília sem custos extras, o que vai ajudar no desenvolvimento da economia e geração de empregos”, diz Coimbra. A parceria com a TAP deve aumentar em 20 mil o número de turistas internacionais ainda em 2019.

O gerente de confecção Bruno Campos
passou pelo terminal oito vezes, entre março
e abril: 'Muita coisa pode melhorar, mas sem
dúvida a estrutura é uma das mais completas
do país', diz o pernambucano (Isabela de Oliveira/Divulgação)
O gerente de confecção Bruno Campos passou pelo terminal oito vezes, entre março e abril: "Muita coisa pode melhorar, mas sem dúvida a estrutura é uma das mais completas do país", diz o pernambucano
 

Em março, 54.629 estrangeiros passaram pelo JK a partir de 416 aeronaves internacionais. Atualmente, o terminal opera pelo menos um voo diário para países como Estados Unidos (Miami e Orlando), Portugal (Lisboa), Argentina (Buenos Aires), Panamá e República Dominicana (Punta Cana). A partir de junho, a Inframérica vai iniciar operações para Cancun, no México, pela companhia aérea Gol.

 

TODO O CONFORTO

Saiba o que oferecem as salas VIP do JK

 

èEspaço kids equipado com videogames

èTVs com canais infantis

èLivros e brinquedos interativos

èSala de amamentação com cadeira, banheiro e micro-ondas

èBusiness center equipado com computadores de última geração

èServiço de impressão e wi-fi liberado e de alta velocidade

èBanheiros com duchas privativas e produtos de banho

èSalas de reunião habilitadas para teleconferência

èLounges de TV

èCabines privativas e salas individuais com home theater, com canais a cabo

Vista aérea do JK: no segundo semestre de 2018 foram investidos 6 milhões de reais no desembarque internacional, para receber cada vez mais passageiros de fora. Movimento no aeroporto de Brasília, cada vez mais internacional: em março, 54.629 estrangeiros passaram pelo JK a partir de 416 aeronaves de outros países (Bento Vianna/Divulgação)
Vista aérea do JK: no segundo semestre de 2018 foram investidos 6 milhões de reais no desembarque internacional, para receber cada vez mais passageiros de fora. Movimento no aeroporto de Brasília, cada vez mais internacional: em março, 54.629 estrangeiros passaram pelo JK a partir de 416 aeronaves de outros países
 

O TERMINAL EM NÚMEROS

12.385 pousos e decolagens por mês, ou 412 por dia, em média

Média de 46 mil passageiros/dia

Embarques (27,8%), Desembarques (28,2%) e conexões (44%)

466 mil passageiros internacionais ao ano

7,1 milhões de passageiros em conexão

17 milhões de passageiros no total

 

Fonte: Inframérica (dados de 2017)

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