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O panetone não pode faltar

Do tradicional ao novo, com os mais gostosos recheios, ele continua em alta e surge em versões gourmet. Chefs da cidade contam suas inspirações para novas receitas

Julyerme Darverson - Publicação:20/12/2019 17:01Atualização:23/12/2019 18:55

Esta é uma das épocas mais especiais e aguardadas do ano. Com a chegada das festividades, inúmeras tradições ressurgem e mexem com o cotidiano das pessoas. É claro que ninguém quer deixar essa data tão importante do calendário passar despercebida. Por isso, cada detalhe é importante. Seja no café da manhã ou o lanche da tarde, as mesas são recheadas com saborosas comidas típicas e um desses alimentos é o panetone. Dos tradicionais às novas receitas, o quitute é um dos queridinhos da estação.

 

 

Há quem odeie ou ame as frutas cristalizadas que fazem parte do recheio. Há quem prefira os com gotas de chocolate. Cada vez mais, opção é o que não falta. Nos últimos anos, as receitas foram se reinventando e surgindo novos sabores. É a tal da gourmetização, que também chegou para eles. O importante é que criatividade tem de sobra para agradar todos os paladares.

 

 

Meses antes da chegada do fim de ano, confeiteiros de Brasília se movimentaram e testaram novas receitas de panetones e aperfeiçoaram os preparos de anos passados, sem deixar de lado os sabores tradicionais. “Esta é uma das épocas mais lindas do ano. Até os corações mais duros se abrem para o Natal. Essa é uma época de reflexão”, diz a chef Maria Amélia, que chega a vender cerca de 3 mil panetones na temporada. “Acabo indo mais para o lado tradicional, pois não tem erro. Mas, sempre tem novidade, com algo que está em moda e que é diferente”, afirma.

 

 

RECEITA DE FAMÍLIA

 

Maria Amélia Doces, que conquistou o título de Melhor Doceria da cidade por Encontro Gastrô 2019 – O Melhor de Brasília 2019, traz as versões clássico da casa, panetone de biscoito Oreo e recheio de creme de Ovomaltine (R$ 59,90, foto); nozes com creme de nozes (R$ 59,90) e a novidade feita de red velvet com creme de ninho (R$ 69,90). “A base das receitas é de família, mas sempre vamos dando uma repaginada e vendo o que o mercado está pedindo”, diz Maria Amélia.

 (Wallace Martins/Esp. Encontro/DA Press)
 (Wallace Martins/Esp. Encontro/DA Press)
 

 

ESTRELA DA CASA

 

O mercado local tem espaço também para marcas nacionais. A Dulce Patagonia, por exemplo, estima um crescimento de vendas de mais de 20% em relação ao ano passado, esperando vender uma média de 3 mil chocotones grandes (800g) e 7,2 mil pequenos (150g). “Os clientes sabem que temos um produto com bastante recheio e que é produzido com carinho. Temos um cuidado com a qualidade, para deixar o panetone mais fofinho e saboroso”, explica Mirella Montella, sócia na Dulce Patagonia. A empresária conta que as receitas passam por teste de três a quatro meses antes da chegada da data. “O panetone é o carro-chefe desta temporada, por isso temos esse cuidado de trazer uma receita bem executada”, afirma. Para aa temporada, a marca apresenta os sabores chocotone (R$ 89), chocolate com avelã e nozes (R$ 89) e a grande estrela da casa, o dulce de leche (R$ 89, foto). As versões miniaturas custam R$ 15,90 cada.

 (Wallace Martins/Esp. Encontro/DA Press)
 (Wallace Martins/Esp. Encontro/DA Press )
 

 

CARAMELO SALGADO

 

Marcela Borges, da Borges Patisserie, produz e vende panetones pela segunda vez, desde que criou sua confeitaria. A jovem, que é advogada, espera lucrar entre 15% e 30% a mais que 2018. “A venda de panetones no ano passado me trouxe novos clientes para este ano. Minha expectativa é bem alta, já que minhas vendas aumentam muito no Natal”, diz Marcela. Com receitas obtidas por meio de pesquisas, a confeiteira aposta no recheio de caramelo salgado para conquistar o paladar dos clientes. “Eu já usava esse recheio especial em bolos. No chocotone, a combinação ficou perfeita”, afirma. A doceira vende, sob encomenda, três opções: brigadeiro, brigadeiro com caramelo salgado (flor de sal, foto) e Nutella. O tamanho grande (1 kg) custa 70 reais. Já no tamanho individual (250g) o valor é de 22 reais (acima de cinco unidades sai por 20 reais, cada).

 (Wallace Martins/Esp. Encontro/DA Press )
 (Wallace Martins/Esp. Encontro/DA Press)
 

 

ESPECIARIAS ÁRABES

 

Na Delicatus, a inspiração surgiu por conta do restaurante Empório Árabe, ambos comandados pela chef Lidia Nasser. “Decidi buscar essa inspiração para fugir das frutas cristalizadas”, conta a confeiteira Giselli Debora, por trás da receita de panetone de especiarias árabes (foto), que leva no recheio de damasco, uva passa e figo árabe, com cobertura de açúcar. A casa preparou ainda os panetones em dois tamanhos – 250 g e 500 g – de Nutella (R$ 36/ R$ 68), brigadeiro (R$ 30/ R$ 58), leite Ninho (R$ 32/ R$ 62), doce de leite (R$ 31/ R$ 58) e chocotone (R$ 28/ R$ 54). “No Natal, o panetone representa o pão que, por sua vez, simboliza a partilha e a multiplicação”, diz Giselli.

 (Wallace Martins/Esp. Encontro/DA Press )
 (Wallace Martins/Esp. Encontro/DA Press )
 

 

DOCE PRESENTE

 

Recém-inaugurada em Águas Claras, a Maria Brûlée Confeitaria também não quis ficar de fora das comemorações. À frente da marca, a chef Camila Fadul tratou logo de criar uma receita inusitada: o alfajor é o grande destaque entre os panetones da casa e vem acompanhado de um generoso doce de leite. “É tão prazeroso fazê-los! Comecei a produção no ano passado e essa receita foi inusitada. Surgiu quando comecei a testar a receita de alfajor”, conta a confeiteira. Além do panetone de alfajor (foto), a casa tem ainda outras quatro versões, de 250g (R$ 25) e 1 kg (R$ 65): brigadeiro, brigadeiro brûlée, leite Ninho com Nutella e leite Ninho com morango. “O panetone representa fraternidade. As pessoas usam também para presentear, como uma demonstração de carinho”, afirma Camila. Independente do sabor de preferência, o panetone nunca sai de moda e sempre vem para adoçar o nosso fim de ano.

 (Wallace Martins/Esp. Encontro/DA Press)
 (Wallace Martins/Esp. Encontro/DA Press)
 

 


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