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Paula Belmonte: com fé na vida

Ela decidiu entrar na política para lutar pela primeira infância. Eleita deputada federal, em menos de um ano de mandato a empresária se destacou com sua atuação no Congresso Nacional

Isabela de Oliveira - Redação Publicação:11/02/2020 16:38Atualização:11/02/2020 18:26
Eleita deputada federal
em sua primeira disputa,
Paula Belmonte se destaca
no Congresso Nacional:
'A vida pública exige muito,
mas é gratificante lutar
pelos meus ideais' (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Eleita deputada federal em sua primeira disputa, Paula Belmonte se destaca no Congresso Nacional: "A vida pública exige muito, mas é gratificante lutar pelos meus ideais"
 

 

 

PERFIL

PAULA MORENO PARO BELMONTE

 

46 anos

 

 

Casada, mãe de cinco filhos

 

 

 

- Formada em administração de empresas pelo Centro

 

- Universitário do Distrito Federal (UDF)

 

- Eleita deputada federal em 2018

 

 


Em pouco mais 50 dias, durante a campanha eleitoral de 2018, Paula Belmonte percorreu 40 mil km no DF. Os dias começavam às 5h, sem hora para terminar. Mãe de cinco filhos, Paula muitas vezes foi flagrada chorando de cansaço e principalmente de saudade da família. No entanto, em outubro de 2018, a persistência a recompensou: praticamente desconhecida do meio político do DF, foi eleita de­putada federal pelo PPS, com 46.069 votos. “Ouvi inúmeros relatos de políticos que só apareciam em ano eleitoral e outras coisas terríveis”, diz a deputa­da, hoje filiada ao Cidadania. Ela confere a vitória ao desgaste de políticos que, segundo ela, estão desco­nectados das necessidades da população “cada vez mais atenta aos gastos públicos”. “Os escândalos de corrupção recentes mostraram isso”, afirma.

 

 

Paula é casada com o advogado Luis Felipe Bel­monte, primeiro suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e segundo vice-presidente do Aliança pelo Brasil, partido lançado em novembro de 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro e dissidentes do PSL. Paula e Luis Felipe se conheceram em 1999 e se ca­saram em 2004. Em 2009, com uma filha adoles­cente e dois meninos pequenos, os Belmonte se mudaram para a Europa. “Queríamos vivenciar um momento diferente na nossa vida, aprender inglês e morar em um outro país. Escolhemos a Inglaterra e lá vivemos por quase nove anos”, conta. O período foi marcante para a família pela perda de um dos fi­lhos. Artur, com apenas 2 anos, sofreu um acidente doméstico e não resistiu. Abatidos, os Belmonte – o casal e os filhos Júlia (24 anos), Felipe (11), Rafael (10), Luís Artur (4) e Heitor (2 anos) – voltaram ao Brasil decididos a ajudar crianças carentes. Inicialmente, os esforços seriam concentrados no Sol Nascente ou Estrutural. “Mas, ao me deparar com a pobreza des­ses lugares, percebi que de nada adiantaria ajudar uma quantidade limitada de crianças. Decidimos entrar na política para ter condições de promover uma mudança significativa”, diz Paula. Desde então, a defesa das crianças é sua principal bandeira.

 

 

Filha do técnico de edificações Luiz Antonio Paro e da dona de casa Aurora Moreno Paro, Paula Belmonte nasceu em São Paulo e mora em Brasília desde os 3 anos. Com um irmão mais velho e duas irmãs mais novas, cresceu na Asa Norte, mais especi­ficamente na SQN 315. “Éramos uma típica família de classe média dos anos 1970. Frequentei escolas pú­blicas, fui lobinha, escoteira, guia e pioneira. Tivemos uma infância bem interessante. Brincava embaixo do prédio e acampava. Eram coisas possíveis naque­la época”, lembra. Vendendo brigadeiros na escola, Paula descobriu a veia empreendedora. “Antes dos 18 anos comecei a trabalhar em uma loja de moda surfe. Em poucos meses me tornei uma das melhores ven­dedoras da rede em todo o Brasil. Cheguei a vender pranchas em pleno Planalto Central”, conta.

 

Em seu primeiro ano de mandato, ela apresen­tou 161 proposições, foi vice-presidente da CPI do BNDES, titular de 13 comissões e suplemente de oito. “Também criei e coordeno a Comissão Exter­na de Políticas para a Primeira Infância”, destaca a parlamentar. Segundo ela, poucos políticos levan­tam a bandeira da infância, porque “criança não tem título de eleitor e é mais fácil investir no ensi­no superior para colher reconhecimento”. Em 2019, comemorou a aprovação do projeto que estende a licença-maternidade para mães de prematuros. “Foi um momento fantástico. Assumi o mandato em fevereiro e essa boa notícia veio em abril, com me­nos de três meses de trabalho na Câmara. O projeto está tramitando no Senado e espero que possamos comemorar a sanção presidencial no ano que vem.”


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