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Jorge Arruda: o céu não é o limite

Ele assumiu a presidência da Inframerica em julho de 2017. Como gestor e CEO, contribuiu para o Aeroporto Internacional de Brasília ser eleito por 11 vezes o melhor e três vezes o mais pontual do Brasil

Isabela de Oliveira - Redação Publicação:11/02/2020 17:40
O economista Jorge Arruda diz
que os resultados são frutos
de muito trabalho nos últimos
anos: otimista, ele espera novo
crescimento de passageiros e
novas operações comerciais (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
O economista Jorge Arruda diz que os resultados são frutos de muito trabalho nos últimos anos: otimista, ele espera novo crescimento de passageiros e novas operações comerciais

 

PERFIL

 

JORGE ARRUDA

51 anos

 

Nasceu em São Paulo (SP), vive em Brasília desde 2013

 

Casado, duas filhas

 

 

- Economista, foi diretor do banco japonês Nomura Securities

 

- Desde 2017 é CEO da Inframerica, que administra o aeroporto JK

 

 

O relacionamento do paulistano Jorge Arruda com Brasília começou em 2013, ano em que saiu da liderança do banco japonês Nomura Securities para reforçar a diretoria do Grupo Corporación America Airports. A holding argentina é a maior operadora de concessões privadas de terminais aéreos do mundo. No Brasil, a Corporación administra, via Inframerica, dois aeroportos: o Internacional de Brasília – Pre­sidente Juscelino Kubitschek, e o Internacional de Natal, no Rio Grande do Norte. Com a saída Daniel Ketchibatchian, ex-presidente da concessionária, Arruda assumiu o cargo de CEO da concessionária. A Inframerica administra o aeroporto de Brasília desde 2012, quando houve a primeira rodada de concessões aeroportuárias do governo federal. A administração anterior pavimentou o caminho para que Arruda fi­zesse do JK um aeroporto que coleciona boas referên­cias. Em 2019, o terminal foi eleito o mais pontual do Brasil pela consultoria inglesa OAG e por três vezes – pelos passageiros, vale frisar – o melhor entre os que recebem mais de 15 milhões de pessoas anualmente.

 

Dado o trajeto profissional expressivo, Arruda não se assustou, necessariamente, com a missão de administrar a Inframerica e o JK, que é, hoje, o maior hub do Brasil. Com perfil aguerrido e independen­te, o economista começou a trabalhar muito cedo. “Aos 20 anos, já tinha meu apartamento e pagava minhas contas”, conta. Seu primeiro emprego foi no Midland Bank, na época um grande banco inglês com presença importante no Brasil devido a uma sociedade com um banco nacional. Arruda come­çou como estagiário. “Esse exercício teve um papel importante e relevante na minha formação. Hoje, reviso contratos com muita rapidez e facilidade”, destaca o CEO, que considera fundamental trans­mitir os valores reunidos com a experiência.

 

Arruda aponta que um dos grandes obstáculos do Aeroporto JK era a falta de estrutura para os passagei­ros. Por isso, ele considera a inauguração do Pier Sul, em abril de 2014, um dos momentos mais marcantes da administração da Inframerica. “Com a ampliação, passamos a atender nossos clientes com um padrão internacional de conforto”, diz. Agora, Arruda traba­lha para aprimorar outro item fundamental para a gestão eficiente: a comunicação, que se tornou ins­tantânea, sobretudo nas redes sociais. “Com relação à nossa infraestrutura e serviços, fico honrado de o JK ter sido eleito por 11 vezes o melhor aeroporto do Bra­sil em sua categoria”. Das realizações de 2019, Arruda sublinha a oferta de mais voos internacionais, novos contratos comerciais – com destaque para a nova Sala Vip com canal de inspeção exclusivo – e a con­cepção da Praça de Pick up, que deve ficar pronta até o fim do primeiro trimestre de 2020. O economista está otimista com as realizações do próximo ano, que deve ser embalado com um cenário macroeconômi­co mais favorável. “Acredito que vamos colher mui­tos frutos em 2020, seja com crescimento de pas­sageiros ou novas operações comerciais”, prevê. Ele antecipa que a administração do JK prepara novos projetos para expansão do terminal internacional e ampliação de pontos comerciais. “Torço para que as variáveis, como volume de passageiros e consumo, permitam que isso já se inicie no ano que vem”.

 

Sobre sua relação com Brasília, o CEO da Inframe­rica não estranhou a configuração numérica dos en­dereços da cidade em forma de avião. Pelo contrário. “Adoro esta cidade, as pessoas daqui, o clima, a arqui­tetura e o lago Paranoá. É a melhor cidade do Brasil para morar”, resume. Apesar da trajetória profissional invejável, o gestor, que é casado e pai de duas meni­nas de 15 anos, revela qual é a sua verdadeira riqueza: “Minha esposa e filhas são, de longe, as coisas mais importantes da minha vida”.


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