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BRASILIENSES DO ANO | GESTÃO PÚBLICA »

Paulo Henrique Costa: escolha na medida

Jovem e com grande bagagem profissional, ele imprime modernidade e tecnologia na administração do Banco Regional de Brasília (BRB), que neste ano teve o maior lucro líquido de sua história

Isabela de Oliveira - Redação Publicação:11/02/2020 17:56Atualização:11/02/2020 19:01
Há menos de um ano, Paulo Henrique Costa assumiu a presidência do BRB e já contabiliza conquistas: o crescimento do banco deve chegar aos 20% em 2019 (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Há menos de um ano, Paulo Henrique Costa assumiu a presidência do BRB e já contabiliza conquistas: o crescimento do banco deve chegar aos 20% em 2019

 

PERFIL

 

PAULO HENRIQUE COSTA

43 anos

 

Nasceu em Recife (PE), mora em Brasília desde 2001

 

Casado, duas filhas

 

- Formado em administração de empresas pela Universidade Católica de Pernambuco

 

- Mestre em administração de empresas pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra Presidente do BRB

 

 

Era 18h de 15 de novembro, feriado da Procla­mação da República. “Recebi a ligação de Ibaneis [Rocha] me convidando para a presidência do BRB”, conta Paulo Henrique Costa. O governador do DF foi direto no convite e disse a Paulo Henrique que ele fora bem recomendado e que sua carreira fora es­miuçada, sem nada que a desabonasse. O recado foi dado em minuto e meio. Paulo Henrique ficou, por alguns instantes, sem reação. “Consegui dizer que fiquei muito honrado e perguntei se poderíamos nos reunir para conversar melhor”, conta. A reunião foi marcada para o domingo seguinte, no primeiro horário da manhã. Com o acordo selado, Paulo Hen­rique tornou-se um dos presidentes mais jovens do Banco Regional de Brasília (BRB).

 

O executivo encontrou um cenário de caos quan­do assumiu a presidência do banco, em 31 de janeiro deste ano, dois dias depois de operação Circus Ma­ximus ter sido deflagrada pela Polícia Federal e Mi­nistério Público Federal. Reverter o cenário foi duro, mas possível, diz Paulo Henrique. Junto à diretoria, ele formulou um conjunto de ações de integridade e combate à corrupção. “Também buscamos nos aproximar da sociedade, mostrar os benefícios de ser cliente BRB e que ele, como um banco regio­nal, pode impactar a vida das pessoas.” A avaliação de desempenho deixa claro que as medidas foram acertadas: o cenário projetado para o crescimento era de 3%, mas a gestão de Paulo Henrique elevou o índice para 12% na carteira de crédito, em apenas seis meses. “Precisamos rever esse dado de novo, pois o crescimento deve ser superior a 20%. Até agora, já alcançamos os 18%”, destaca o CEO. O BRB atingiu o maior resultado da história: até setembro, o lucro lí­quido foi de 265 milhões de reais. Até então, o recor­de tinham sido 255 milhões. No terceiro trimestre de 2019, o banco apresentou resultado 129% superior ao mesmo período de 2018 e 55% superior nos nove meses acumulados até setembro.

 

Satisfeito com os feitos de 2019, Paulo Henrique antecipa que em 2020 vai manter o ritmo, porém com mais presença digital. O banco vai lançar, no primeiro semestre, uma plataforma digital que une operações de um banco tradicional mais serviços úteis ao cidadão. “Então, pelo aplicativo, o cliente BRB vai ter condição de verificar como anda o pa­gamento de suas contas e impostos. A ideia é que o BRB integre a vida dos cidadãos, que não vão utili­zar o app só para checar um extrato ou realizar uma transação, mas para manter controle sobre toda a sua vida financeira”, diz o CEO que, antes de assumir o BRB, foi vice-presidente de Clientes, Negócios e Transformação Digital da Caixa Econômica Federal.

 

 

Filho do médico Paulo Roberto Costa e da psicó­loga Maria de Fátima, Paulo Henrique iniciou a car­reira em 1999 como estagiário do Bamerindus. “Na iniciativa privada, senti necessidade de morar em São Paulo, onde está concentrado o mercado finan­ceiro. Ciente das dificuldades que poderia enfren­tar por ser nordestino, Paulo Henrique que obteve êxito nos estudos e em 2001 foi aprovado no único concurso de trainees da Caixa. Pai de duas brasilien­ses – Maria Eduarda, de 11 anos, e Manuela, de 6 –, Paulo Henrique diz que, devido à sua profissão, o caminho para Brasília foi inevitável. Casado com a administradora e também pernambucana Mariana Costa, de 39 anos, ele considera a capital federal o melhor lugar para criar os filhos. Recém-chegado de São Paulo, ficou surpreso com a padronização da ci­dade: “Mas, também, encantado com a arborização, a polidez das pessoas e o caráter cosmopolita que mistura todos sotaques e jeitos. Brasília é um lugar para se crescer e construir uma família”, diz.


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