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BRASILIENSE DO ANO | SAÚDE »

Gustavo Fernandes: ele chegou para ficar

Diretor do Sírio-Libanês, que veio para a capital para coordenar a primeira unidade do hospital fora de São Paulo, o médico diz que Brasília se tornou um polo em sua área e sente orgulho de fazer parte disso

Paloma Oliveto - Publicação:12/02/2020 14:39Atualização:12/02/2020 16:20
O oncologista Gustavo
Fernandes no Sírio-Libanês:
'A coisa que mais gosto na
vida é ver meus pacientes' (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
O oncologista Gustavo Fernandes no Sírio-Libanês: "A coisa que mais gosto na vida é ver meus pacientes"

 

PERFIL

 

GUSTAVO DOS SANTOS FERNANDES

41 anos

 

Natural de João Pessoa (PB)

 

Casado, pai de dois filhos

- Graduado em medicina pela Universidade Federal da Paraíba

 

-  Residência em clínica médica pela Universidade de São Paulo (USP) e oncologia no Hospital Sírio-Libanês

 

-  Diretor do Centro de Oncologia e diretor clínico no Hospital Sírio-Libanês de Brasília

 

 

 

“As duas coisas que faço questão que apareçam na matéria: dizer que meus filhos são brasilienses e que, apesar de estar num cargo administrativo, eu continuo clínico, cuidando dos meus pacientes.” É assim que Gustavo Fernandes encerra a entrevista a Encontro. A instrução que ele passa é significati­va. Simboliza o amor que tem à capital, de onde não pretende sair, e a dedicação imensa à prática da me­dicina. “A coisa que mais gosto na vida é ver meus pacientes”, diz. Considerado um dos melhores on­cologistas do Brasil, o jovem médico tem um cur­rículo extenso, iniciado em 1997, quando ingressou na Universidade Federal da Paraíba.

 

Além de clinicar e coordenar uma equipe de 200 pessoas no Sírio, é autor de mais de 30 artigos cien­tíficos e 20 capítulos de livros, e entre 2015 e 2017 foi o mais jovem presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica. Durante sua gestão, a oncolo­gia foi reconhecida como especialidade médica e o importante medicamento Trastuzumabe – imuno­terapia que ataca uma mutação genética – foi incor­porado ao Sistema Único de Saúde (SUS).

 

No Sírio-Libanês de São Paulo, Fernandes foi pu­pilo de Paulo Hoff, um dos grandes nomes da onco­logia mundial, formado na Universidade de Brasília. Em 2011, com apenas 33 anos, o jovem mas já muito experiente oncologista foi designado para coorde­nar a unidade de Brasília do hospital paulistano, que investiu 6 milhões de reais no empreendimen­to da capital do país.

 

Fernandes perdeu a mãe para um câncer, quan­do ela tinha 51 anos, e esse foi um dos motivos que o levaram a escolher uma especialidade que lida com uma doença contra a qual a medicina ainda luta bravamente. Afinal, o câncer não é um único tipo de enfermidade e, embora os tratamentos estejam avançados e, em muitos casos, é possível atingir a cura, a maioria dos tumores ainda não pode ser to­talmente derrotada.

 

Contudo, o tratamento oncológico é, hoje, muito mais promissor que há 10 anos. Em Brasília, Gusta­vo Fernandes atribui a chegada do Sírio-Libanês ao desenvolvimento da área, com outros importantes centros clínicos se instalando na cidade e investin­do em profissionais competentes. “Brasília se tor­nou um polo de saúde, com muitos médicos bons, em todas as áreas, e não só no Sírio. Tenho muito orgulho de fazer parte disso”, diz o médico.

 

Casado com a oftalmologista Juliana e pai de uma menina de 8 anos e de um menino de 6, nos momentos de lazer, ele gosta de passear com a fa­mília no lago Paranoá, onde está construindo sua primeira casa própria. O médico paraibano fincou, de fato, raízes na capital. “Até do clima gosto, por in­crível que pareça. Não saio daqui de jeito nenhum e, quando amigos pedem opinião sobre em qual cida­de morar, eu falo logo: Brasília.”


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