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BRASILIENSE DO ANO | CULTURA »

Bernardo Felinto: para voar ainda mais alto

Ator de teatro e de TV, ele descobriu a paixão pelo cinema, diante e atrás das câmeras, o que lhe rendeu prêmios no exterior com seu primeira curta

Vilhena Soares - Publicação:12/02/2020 15:46
Bernardo Felinto vive no Rio, onde
tem feito trabalhos na TV, mas não
abandona Brasília: 'Aqui sempre vai
ser a minha casa. Minha família está
aqui, meus amigos estão aqui' (Raimundo Sampaio/Esp. Encontro/DA Press)
Bernardo Felinto vive no Rio, onde tem feito trabalhos na TV, mas não abandona Brasília: "Aqui sempre vai ser a minha casa. Minha família está aqui, meus amigos estão aqui"

 

 

PERFIL

 

 

BERNARDO FELINTO

34 anos

 

Natural de Brasília, mora no Rio de Janeiro desde 2012

 

Solteiro

- Graduado em artes cênicas pela UnB

 

- Ator de teatro, de televisão, roteirista

 

- Professor de teatro

 

- Seu primeiro curta, Me Deixe Não Ser, foi premiado nos Estados Unidos

 

 

Brasília é conhecida pela rica produção cultural em nichos distintos, como a música, o teatro e o cinema. Isso faz com que muitas de suas “crias” de artistas ga­nhem destaque no cenário nacional. Bernardo Felinto faz parte desse grupo. O ator brasiliense deu início à carreira na capital, mas foi atrás de outras oportuni­dades profissionais no Rio de Janeiro. Além do teatro, onde ele começou, e da TV, que tem sido seu ganha­-pão, ele também é cineasta, área em que se aventu­rou há pouco tempo, mas onde já conquistou alguns prêmios. Por isso mesmo, pretende dar continuidade à produção de filmes e alçar voos ainda mais altos.

 

Bernardo sempre quis ser ator. Ele escolheu o teatro para iniciar sua carreira. “Eu tinha 15 anos e desde o primeiro curso que fiz, sabia que era o que queria. Depois, fiz artes cênicas na UnB e criei um grupo de comédia chamado De 4 é Melhor”, conta. A companhia de comédia ficou oito anos em cartaz, mas o ator resolveu que deveria sair da cidade para conseguir outros trabalhos. “Queria abrir o leque; esse era um grupo muito fechado e exigia muita exclusividade. Em 2012, resolvi fazer carreira solo e fui morar no Rio de Janeiro”, diz. Ao chegar lá, conse­guiu papéis em novelas da Globo. Em 2013 partici­pou de Joia Rara, no papel do garçom Juca. Bernardo tem no currículo participações em outras novelas, como Avenida Brasil, Em Família, Império e Malha­ção, além de programas como A Grande Família, Ta­pas e Beijos e Zorra Total. Seu último trabalho foi em Orfãos da Terra, em que viveu o vilão Kaara.

 

A partir daí, Bernardo se apaixonou pelas mun­do por trás das câmeras e pela TV. “Gostei muito de todo aquele processo de televisão e adorei me ver na tela. Comecei a pensar que o audiovisual para o ator é algo que engrandece, não só artisticamente, mas comercialmente também”, confessa. Então, decidiu transformar um sonho antigo em realida­de. “Escrevi um curta e para ele sair do papel tive de arcar com os custos. As leis de incentivo demoram anos para serem aprovadas e, se isso acontecesse, perderia até o sentido da mensagem que eu queria passar com o filme.”

 

Daí surgiu o filme Me Deixe Não Ser que foi exi­bido em diversos festivais, incluindo o de Brasília de 2018 e ganhou dois prêmios nos Estados Unidos: o de Melhor Escritor de Curtas, no New Jersey Film Festival, e Melhor Roteiro, no Los Angeles Film Festi­val, em junho. “O trabalho foi feito com a produtora de um amigo meu. Nós nos arriscamos e não sabí­amos que ele seria tão bem-sucedido. Fiquei muito feliz com os prêmios.” Agora, o cineasta produz seu segundo curta, chamado Enquanto Estamos Juntos que, assim como o primeiro, foi escrito por ele e fil­mado em Brasília. O lançamento será em janeiro de 2020. E o próximo projeto é um longa, em que deve assinar o roteiro e viver o papel central.

 

Para o artista, a capital sempre será a sua cida­de: “Tenho uma relação maravilhosa com Brasília. Aqui sempre vai ser a minha casa. Tem algo que faz com que eu não consiga ficar longe daqui por muito tempo. Minha família está aqui, meus amigos estão aqui”, diz ele, que também dá aulas de teatro na ca­pital. Bernardo afirma que Brasília é um dos princi­pais polos culturais do Brasil. “É um nicho de grande importância; o que falta é incentivo. É muito difícil ser ator aqui, por isso tive de sair. Mas, temos muitas pessoas talentosas fazendo cinema que são daqui, como o Iberê Carvalho e o [José Eduardo] Belmonte. Sem falar na qualidade dos atores brasilienses que é sempre altíssima”, diz.


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