Campeãs de automedicação e negligência, doenças intestinais são tema de campanha em BH
Neste domingo, dia mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais, Feira de Artesanato recebe ação que pretende esclarecer sobre a Doença de Crohn e a Retocolite
Letícia Orlandi - Saúde Plena
Publicação:17/05/2013 13:21Atualização: 12/12/2013 13:50
O que o brasileiro faz diante de sintomas de doenças intestinais? Segundo pesquisa realizada em seis capitais em março, quase nada: diante da dor abdominal, 46% preferem se automedicar; diarreia frequente, 61% se automedicam ou tomam remédios caseiros; sangue nas fezes, 39% preferem “esperar passar”. Para conscientizar sobre esse comportamento perigoso, a Associação Mineira dos Portadores de Doenças Inflamatórias Intestinais (AMDII) faz neste domingo (19) uma campanha na Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, entre 9h e 14h.
Com o mote “Seu intestino mudou?”, a ação alerta sobre as principais enfermidades inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn e Retocolite. A campanha associa a DII a um quebra-cabeça de sintomas – juntando as peças, tem-se o diagnóstico correto. Diarreia contínua, às vezes com sangue nas fezes, dor abdominal, quando associados a cansaço e perda de peso podem ser sinais de alerta. Nos casos mais graves, esses problemas podem levar à incapacitação física e à necessidade de cirurgia no intestino e reto, mas são praticamente desconhecidas da maioria dos brasileiros.
Saiba mais
As Doenças Inflamatórias Intestinais formam um grupo de doenças inflamatórias crônicas, ainda de causa desconhecida, envolvendo o aparelho digestivo. São dois grupos principais, Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn. Apesar da origem desconhecida, sabe-se que pode haver predisposição genética e que o meio ambiente exerce papel importante.
Pesquisa realizada pela Organização Europeia de Doença de Chron e de Retocolite Ulcerativa (ECCO) e divulgada em fevereiro de 2013 revela que as Doenças Inflamatórias Intestinais cresceram 15 vezes nas últimas décadas nos grandes centros urbanos.
As doenças afetam homens e mulheres indistintamente e o diagnóstico acontece geralmente por volta dos 30 anos de idade. Segundo a pesquisa europeia, 10 anos após o diagnóstico, 53% dos pacientes serão hospitalizados e 44% serão afastados de seu trabalho em decorrência da doença. De 20% a 25% das pessoas com uma DII apresentam os sintomas de forma contínua e, mesmo com o acompanhamento médico, de 30% a 40% dos pacientes apresentam algum tipo de complicação entre 10 a 15 anos depois do diagnóstico. Em cerca de 40% dos pacientes, além dos problemas intestinais, as DII podem afetar os olhos, a pele e as articulações.
A Doença de Crohn envolve o intestino delgado (íleo) em 30% dos pacientes e a região ileocecal em 40% dos casos, enquanto a retocolite ulcerativa restringe-se ao cólon. Quando a doença está ativa (em crise), a mucosa intestinal torna-se maciçamente infiltrada por células inflamatórias e é afetada por microúlceras.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é feito com base no histórico clinico dos pacientes, exames de sangue e de imagem. O tratamento inclui alteração de hábitos (como parar de fumar e adoção de dieta saudável) e medicamentos para controle da doença. Para mais informações, acesse o site do GEDIIB www.gediib.org.br ou www.seuintestinomudou.com.br
A partir de um quebra-cabeça, as pessoas podem avaliar os sintomas e descobrir se têm chance de estar com uma enfermidade intestinal
O que o brasileiro faz diante de sintomas de doenças intestinais? Segundo pesquisa realizada em seis capitais em março, quase nada: diante da dor abdominal, 46% preferem se automedicar; diarreia frequente, 61% se automedicam ou tomam remédios caseiros; sangue nas fezes, 39% preferem “esperar passar”. Para conscientizar sobre esse comportamento perigoso, a Associação Mineira dos Portadores de Doenças Inflamatórias Intestinais (AMDII) faz neste domingo (19) uma campanha na Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, entre 9h e 14h.
Com o mote “Seu intestino mudou?”, a ação alerta sobre as principais enfermidades inflamatórias intestinais, como a Doença de Crohn e Retocolite. A campanha associa a DII a um quebra-cabeça de sintomas – juntando as peças, tem-se o diagnóstico correto. Diarreia contínua, às vezes com sangue nas fezes, dor abdominal, quando associados a cansaço e perda de peso podem ser sinais de alerta. Nos casos mais graves, esses problemas podem levar à incapacitação física e à necessidade de cirurgia no intestino e reto, mas são praticamente desconhecidas da maioria dos brasileiros.
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A campanha foi criada pelo Grupo de Estudos das Doenças Inflamatórias Intestinais do Brasil (GEDIIB) e a Federação Brasileira de Gastrenterologia. “Tanto a doença de Crohn quanto a retocolite trazem importantes consequências físicas e emocionais, comprometendo significativamente a qualidade de vida dos doentes. Podem ser controladas se diagnosticadas precocemente e tratadas de forma adequada, evitando-se possíveis cirurgias”, explica o médico e professor de Gastrenterologia Sender Miszputen, presidente do GEDIIB. - Aumentar o consumo de ameixa ajuda no funcionamento do intestino
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As Doenças Inflamatórias Intestinais formam um grupo de doenças inflamatórias crônicas, ainda de causa desconhecida, envolvendo o aparelho digestivo. São dois grupos principais, Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn. Apesar da origem desconhecida, sabe-se que pode haver predisposição genética e que o meio ambiente exerce papel importante.
Pesquisa realizada pela Organização Europeia de Doença de Chron e de Retocolite Ulcerativa (ECCO) e divulgada em fevereiro de 2013 revela que as Doenças Inflamatórias Intestinais cresceram 15 vezes nas últimas décadas nos grandes centros urbanos.
Na Europa, em que as doenças inflamatórias inestinais cresceram 15 vezes, associações montaram um modelo gigante do sistema digestivo humano para promover a conscientização
As doenças afetam homens e mulheres indistintamente e o diagnóstico acontece geralmente por volta dos 30 anos de idade. Segundo a pesquisa europeia, 10 anos após o diagnóstico, 53% dos pacientes serão hospitalizados e 44% serão afastados de seu trabalho em decorrência da doença. De 20% a 25% das pessoas com uma DII apresentam os sintomas de forma contínua e, mesmo com o acompanhamento médico, de 30% a 40% dos pacientes apresentam algum tipo de complicação entre 10 a 15 anos depois do diagnóstico. Em cerca de 40% dos pacientes, além dos problemas intestinais, as DII podem afetar os olhos, a pele e as articulações.
A Doença de Crohn envolve o intestino delgado (íleo) em 30% dos pacientes e a região ileocecal em 40% dos casos, enquanto a retocolite ulcerativa restringe-se ao cólon. Quando a doença está ativa (em crise), a mucosa intestinal torna-se maciçamente infiltrada por células inflamatórias e é afetada por microúlceras.
Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é feito com base no histórico clinico dos pacientes, exames de sangue e de imagem. O tratamento inclui alteração de hábitos (como parar de fumar e adoção de dieta saudável) e medicamentos para controle da doença. Para mais informações, acesse o site do GEDIIB www.gediib.org.br ou www.seuintestinomudou.com.br