Usuários do Facebook são mais conectados, mas não mais felizes
O estudo avaliou o estado de ânimo de 82 jovens com perfil no site de relacionamentos mais popular da internet. Quanto mais as pessoas usavam o Facebook, pior era a resposta às perguntas dos pesquisadores
AFP / Relaxnews
Publicação:16/08/2013 13:20Atualização: 16/08/2013 13:39
Os usuários do site de relacionamentos Facebook podem se sentir mais conectados com o mundo, mas não são necessariamente mais felizes, revelou um estudo publicado na última quarta-feira nos Estados Unidos. "Superficialmente, o Facebook proporciona um recurso valioso para satisfazer a necessidade básica dos seres humanos de estabelecer vínculos sociais", afirmou Ethan Kross, psicólogo da Universidade de Michigan (norte) e principal autor da pesquisa publicada na revista científica PLoS. "Mas, ao invés de melhorar o bem-estar das pessoas, usar o Facebook tem um efeito inverso: o deixa pior", disse.
O estudo, feito com 82 jovens com smartphones e contas no Facebook, buscou avaliar o estado de ânimo dos usuários do site de relacionamentos mais popular da internet. Para medi-lo, os cientistas enviaram mensagens de texto cinco vezes por dia durante duas semanas aos jovens, perguntando se se sentiam sozinhos ou ansiosos, a frequência com que usavam a rede social e quantas vezes tinham se comunicado "diretamente" com outras pessoas.
Contradição
Os pesquisadores também observaram que os entrevistados não ficavam mais propensos a usar o Facebook quando se sentiam mal, apesar de terem acessado o site frequentemente quando se sentiam sozinhos. No entanto, os autores do estudo se recusaram a generalizar os resultados e a afirmar que o uso do Facebook - ou de outras redes sociais na internet - tenha o mesmo efeito em todas as pessoas. "Nós nos concentramos nos adultos jovens, já que eles representam uma parte essencial dos usuários do Facebook", destacaram.
Este estudo é publicado uma semana depois de uma pesquisa realizada por cientistas britânicos indicando que o hábito de publicar fotos pessoais frequentemente poderia deteriorar as relações humanas na vida "real".
No transcurso de duas semanas, quanto mais utilizavam o Facebook, mais diminuía a satisfação dos participantes da pesquisa com a vida
O estudo, feito com 82 jovens com smartphones e contas no Facebook, buscou avaliar o estado de ânimo dos usuários do site de relacionamentos mais popular da internet. Para medi-lo, os cientistas enviaram mensagens de texto cinco vezes por dia durante duas semanas aos jovens, perguntando se se sentiam sozinhos ou ansiosos, a frequência com que usavam a rede social e quantas vezes tinham se comunicado "diretamente" com outras pessoas.
Saiba mais...
Os resultados mostraram "que quanto mais as pessoas usavam o Facebook, pior se sentiam quando consultados por mensagem de texto logo depois" do acesso, afirmaram os cientistas. "No transcurso de duas semanas, quanto mais utilizavam o Facebook, mais diminuía sua satisfação com a vida", acrescentaram. Por outro lado, as relações diretas com as pessoas (e não por meio de redes sociais) geravam mais satisfação pessoal. "Estes são os resultados de maior importância, pois vão ao próprio cerne da influência potencial das redes sociais na vida das pessoas", explicou John Jonides, neurocientista da Universidade de Michigan e co-autor do estudo.- Redes sociais ajudam a multiplicar doadores de órgãos
- Fundação Hemominas cria ação nas redes sociais para incentivar doação de sangue
- Estudo americano mostra que pessoas sofrem de dependência tecnológica e que algumas redes sociais podem afetar o cérebro de forma semelhante às drogas
- Estudo desbanca mito dos 'mil amigos' no Facebook
- Mobilização nas redes sociais faz Facebook retirar opção 'se sentindo gordo' de status
- Facebook é denunciado por manipular emoções de usuários
- Apoio a causas em redes sociais produz sensação de dever cumprido
- Paradoxo das redes sociais: comunicação instantânea possibilita individualismo narcisístico
- Século 21 reserva um mundo altamente tecnológico, mas preocupado com relações interpessoais
- Solidão leva pessoas a usarem a internet de forma compulsiva
- Candy Crush: você é um viciado?
- Adolescentes são influenciados por amigos de Facebook que fumam e bebem
Contradição
Os pesquisadores também observaram que os entrevistados não ficavam mais propensos a usar o Facebook quando se sentiam mal, apesar de terem acessado o site frequentemente quando se sentiam sozinhos. No entanto, os autores do estudo se recusaram a generalizar os resultados e a afirmar que o uso do Facebook - ou de outras redes sociais na internet - tenha o mesmo efeito em todas as pessoas. "Nós nos concentramos nos adultos jovens, já que eles representam uma parte essencial dos usuários do Facebook", destacaram.
Este estudo é publicado uma semana depois de uma pesquisa realizada por cientistas britânicos indicando que o hábito de publicar fotos pessoais frequentemente poderia deteriorar as relações humanas na vida "real".