Grupo britânico pedirá autorização para vacina contra a malária
Em caso de opinião favorável, a Organização Mundial da Saúde (OMS) poderia recomendar a vacina em 2015
AFP - Agence France-Presse
Publicação:08/10/2013 11:03Atualização: 08/10/2013 11:17
Várias vacinas contra a malária - doença transmitida por mosquitos que mata 655.000 pessoas por ano, sobretudo crianças africanas com menos de cindo anos - estão sendo desenvolvidas. A elaborada pela GSK, chamada "RTS,S", é a mais avançada.
A empresa britânica anunciou em conjunto com o grupo Malaria Vaccine Initiative (MVI, apoiada pela Fundação Bill e Melinda Gates) os primeiros resultados do teste avançado, chamado de fase 3, destinado a mais de 15.000 crianças, em uma conferência sobre a malária em Durban (África do Sul).
"A eficácia da vacina foi de 46% para as crianças mais jovens (de 5 a 17 meses durante a primeira vacinação) e de 27% para os bebês de 6 a 12 semanas na primeira vacinação, ao longo dos testes realizados durante 18 meses", declarou à AFP o principal coordenador do teste, dr. Lucas Otieno (do Kenya Medical Research Institute/Walter Reed Project).
Otieno considerou "promissores os resultados obtidos até agora".
"Os testes continuam e nós esperamos ter em 2014 mais informações sobre a proteção a longo prazo (fornecidas pela vacina). Também avaliaremos a incidência de uma dose de reforço administrada 18 meses depois da vacinação", explicou.
A GSK pretende solicitar em 2014 a opinião científica da Agência Europeia do Medicamento para a vacina desenvolvida especialmente para as crianças da África subsaariana, e não para ser comercializada na Europa.
Em caso de opinião favorável, a Organização Mundial da Saúde (OMS) poderia recomendar a vacina em 2015, o que abriria o caminho a uma difusão na África (principalmente por meio do Unicef e do programa humanitário Gavi Alliance). O grupo farmacêutico afirma que terá margem de apenas 5%.
A malária é provocada por um parasita, Plasmodium, transmitido pelos mosquitos e que provoca febre, dores de cabeça e vômitos. A falta de tratamento pode provocar rapidamente a morte por problemas circulatórios.
Saiba mais...
O grupo farmacêutico britânico GSK anunciou nesta terça-feira que solicitará autorização científica europeia para sua vacina contra a malária, destinada a crianças da África subsaariana, depois de testes que considerou "promissores".- Estudo descarta risco de malária em crianças que ingerem ferro
- Criada vacina 100% eficaz contra a malária
- Cientistas imunizam mosquito da malária para interromper transmissão
- OMS registra redução de casos da malária, mas desafios permanecem
- Descoberta substância que interfere nos estágios do parasita da malária
- Poliomielite reaparece na Síria e ameaça Europa
- OMS confirma casos de poliomielite em crianças sírias
- Brasil vai exportar vacina contra sarampo e rubéola
Várias vacinas contra a malária - doença transmitida por mosquitos que mata 655.000 pessoas por ano, sobretudo crianças africanas com menos de cindo anos - estão sendo desenvolvidas. A elaborada pela GSK, chamada "RTS,S", é a mais avançada.
A empresa britânica anunciou em conjunto com o grupo Malaria Vaccine Initiative (MVI, apoiada pela Fundação Bill e Melinda Gates) os primeiros resultados do teste avançado, chamado de fase 3, destinado a mais de 15.000 crianças, em uma conferência sobre a malária em Durban (África do Sul).
"A eficácia da vacina foi de 46% para as crianças mais jovens (de 5 a 17 meses durante a primeira vacinação) e de 27% para os bebês de 6 a 12 semanas na primeira vacinação, ao longo dos testes realizados durante 18 meses", declarou à AFP o principal coordenador do teste, dr. Lucas Otieno (do Kenya Medical Research Institute/Walter Reed Project).
Otieno considerou "promissores os resultados obtidos até agora".
"Os testes continuam e nós esperamos ter em 2014 mais informações sobre a proteção a longo prazo (fornecidas pela vacina). Também avaliaremos a incidência de uma dose de reforço administrada 18 meses depois da vacinação", explicou.
A GSK pretende solicitar em 2014 a opinião científica da Agência Europeia do Medicamento para a vacina desenvolvida especialmente para as crianças da África subsaariana, e não para ser comercializada na Europa.
Em caso de opinião favorável, a Organização Mundial da Saúde (OMS) poderia recomendar a vacina em 2015, o que abriria o caminho a uma difusão na África (principalmente por meio do Unicef e do programa humanitário Gavi Alliance). O grupo farmacêutico afirma que terá margem de apenas 5%.
A malária é provocada por um parasita, Plasmodium, transmitido pelos mosquitos e que provoca febre, dores de cabeça e vômitos. A falta de tratamento pode provocar rapidamente a morte por problemas circulatórios.