Que tipo de vida meu filho com Síndrome de Down terá? Saiba a resposta

Nesta sexta-feira, 21 de março, celebra-se o Dia Internacional da Síndrome de Down. Campanha pretende mostrar que portadores podem levar uma vida feliz e produtiva

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Letícia Orlandi - Saúde Plena Publicação:20/03/2014 14:00Atualização:20/03/2014 14:40

Associação italiana encontrou uma maneira eloquente e esclarecedora para responder à pergunta de uma mãe angustiada (Reprodução / Youtube)
Associação italiana encontrou uma maneira eloquente e esclarecedora para responder à pergunta de uma mãe angustiada
Uma mulher envia um e-mail para uma associação de pessoas com deficiência. Ela vai ter um bebê com Síndrome de Down e confessa: está com medo. “Que vida terá meu filho?”, pergunta a futura mamãe. A maneira que a associação encontrou de responder a essa e a tantas outras mães que passam pela mesma angústia – receber um diagnóstico sem saber exatamente o que ele significa – foi o vídeo abaixo. Para assistir com legendas, basta clicar no retângulo ao lado do reloginho, no lado direito do player:

 

 

Com depoimentos de 15 portadores de Síndrome de Down de vários países, o vídeo foi produzido pela agência Saatchi & Saatchi para a associação italiana CoorDown. “Às vezes será muito difícil. Quase impossível. Mas qual mãe não passa por situações assim?”, perguntam os participantes do filme.

Ao longo dos 2 minutos e 30 segundos, é possível entender que uma pessoa com o ‘cromossomo 21 extra’ pode fazer muitas coisas: abraçar; dizer ‘eu te amo’; ir à escola como todas as crianças; escrever uma mensagem quando estiver viajando – porque sim, eles podem viajar; poderá também trabalhar, ganhar seu dinheiro e até morar sozinho no próprio apartamento.

Premiada internacionalmente e com o conceito “todas as pessoas têm o direito de serem felizes”, a campanha lembra que nesta sexta-feira, 21 de março, celebra-se o Dia Internacional da Síndrome de Down.

Aqui no Brasil, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) também realiza ações para esclarecer, incentivar a inclusão e promover a cidadania de pessoas com deficiência intelectual.

Uma das atitudes propostas pela unidade paulista da Associação é a troca de fotos de perfil e capa nas redes sociais até o dia 26 de março. As imagens são acompanhadas da frase: "ter + um cromossomo não muda quem somos". Se você quiser participar, pode acessar as imagens neste link: www.apaesp.org.br

Momento da notícia
Unidade paulista da Apae propõe a troca da foto de capa e de perfil nas redes sociais; objetivo é lembrar que a presença de um cromossomo a mais não restringe o direito à felicidade e à cidadania (Reprodução / Apae São Paulo)
Unidade paulista da Apae propõe a troca da foto de capa e de perfil nas redes sociais; objetivo é lembrar que a presença de um cromossomo a mais não restringe o direito à felicidade e à cidadania
A situação retratada na campanha italiana é tão comum que motivou até a criação de um programa especial na unidade da Apae – o Momento da Notícia. A iniciativa consiste em atendimento imediato, com orientações para os pais sobre o diagnóstico e os potenciais que a criança com Deficiência Intelectual pode desenvolver.

O programa é realizado por outros pais, de forma voluntária, além de psicólogos. Uma pesquisa realizada com novos integrantes do grupo mostrou que:

-83% identificaram que a vivência com outros pais pode contribuir para sua própria vivência;

- 75% dos pais entrevistados indicam que a participação nos grupos ajuda a lidar com a questão da notícia/diagnóstico.

Os dados indicam que a preocupação da família quando recebe a notícia pode ser amenizada pela troca de experiências com aqueles que já conhecem o dia a dia das pessoas com a Síndrome. E elas não são poucas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), há 300 mil brasileiros vivendo com essa deficiência.

O Conselho Nacional de Saúde recomenda que, pelo menos até a fase de alfabetização, essas crianças devem ter uma educação como a de qualquer outra. E, no vídeo acima, jovens e adultos com a Síndrome também fazem questão de explicar como serão os próximos anos de quem está diante dessa realidade. “Querida futura mamãe, seu filho poderá ser feliz, como eu sou. E você também será feliz. Não é verdade, mamãe?”, indagam os participantes. A pergunta é seguida por uma sequência de abraços afetuosos e emocionantes.

Para saber onde encontrar a Apae mais próxima, visite o site: www.apaebrasil.org.br

 

Para saber mais sobre o Dia Internacional da Síndrome de Down, acesse: www.worlddownsyndromeday.org

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