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Ajudar, um sacerdócio: médica auxilia na inclusão de pessoas com deficiência

Pediatra coordena o projeto da Ong Obras Sociais Gerônimo Candinho que oferece cursos profissionalizantes e de colocação profissional

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Correio Braziliense Publicação:18/04/2014 11:02Atualização:18/04/2014 09:11
'A minha maior motivação sempre foi poder contribuir para uma melhoria na qualidade de vida dos idosos, que, na minha opinião, merecem receber todo o amor do mundo' - Rosalva Maria Almeida de Sousa, enfermeira ( Paula Rafiza/Esp. CB/D.A Press)
"A minha maior motivação sempre foi poder contribuir para uma melhoria na qualidade de vida dos idosos, que, na minha opinião, merecem receber todo o amor do mundo" - Rosalva Maria Almeida de Sousa, enfermeira
Rozemere Oliveira Neves, 45 anos, é diretora da organização não governamental (ONG) Obras Sociais Gerônimo Candinho. Formou-se médica pela Universidade de Brasília (UnB) no fim da década de 1980. “A minha escolha pelo curso foi justamente para poder auxiliar e atender socialmente as pessoas”, justifica. A participação nos primeiros projetos sociais começou ainda na faculdade e direcionou a especialização. “Escolhi pediatria porque, naquela época, existiam grande bolsões de miséria no país, e, em Brasília, muitas crianças viviam em estado de desnutrição gravíssima.”

O contato com garotos e garotas em situação de risco levou Rozemere às Obras Sociais Gerônimo Candinho, em Sobradinho 2. “Aceitei o convite para o trabalho na ONG e comecei a atuar como professora, dando aulas de higiene e saúde aos jovens, além de atendê-los como médica”, relata. A atividade voluntária era conciliada como o trabalho em um hospital público de Planaltina.

A rotina permaneceu durante quase 20 anos. Há sete, Rozemere adoeceu e se afastou da ONG. Três anos depois, na fase final do tratamento, recebeu o convite para retornar à instituição, mas encabeçando um novo desafio: a inclusão de deficientes. “Era uma proposta nova. Eu nunca tinha lidado com pessoas nessa situação, mas encarei de frente. O projeto era completo, começaríamos com capacitação e profissionalização para, enfim, promover a inclusão”, relata.

Hoje, a pediatra coordena o projeto, que oferece cursos profissionalizantes e de colocação profissional. “A partir do momento em que comecei a trabalhar com esse público, ficou claro que meu objetivo de vida é ajudar com tudo que eu posso para que diferenças e limitações não façam com que as pessoas se sintam à margem da sociedade. Quero mostrar para eles que, de fato, eles fazem parte e que podem contribuir para uma construção social menos segregatória e mais igualitária”. Hoje, Rozemere dedica-se exclusivamente à causa.

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