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Choque anafilático: entenda por que o socorro precisa ser imediato

Um simples processo alérgico, em último caso, pode evoluir para um choque anafilático

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Carolina Samorano - Revista do CB Publicação:06/11/2014 11:00Atualização:06/11/2014 12:05
Quase todo mundo conhece alguém com histórico de alergia grave: não pode comer camarão ou chegar perto de látex, por exemplo. Reações alérgicas são comuns e quase todo mundo já passou por alguma em maior ou menor grau. O choque anafilático é considerado na medicina o último nível de gravidade de um processo alérgico. Em contato com alguma substância tida pelo organismo como uma espécie de inimiga, os vasos se dilatam, os líquidos extravasam, causando inchaço, os tecidos deixam de receber oxigênio, a glote fecha e dificulta a passagem de ar. Sobrecarregado, o coração para. “É uma resposta rápida do organismo quando o paciente entra em contato com um alérgeno a que ele seja previamente sensível. A pressão vai a zero, podendo levar ao óbito”, define o médico Fábio Morato Castro, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

Tão rápido quanto a reação alérgica deve ser o tratamento. Os primeiros sintomas, segundo Castro, são coceira, inchaço nos lábios, pálpebras ou glote, tontura e falta de ar. “O choque vem com tontura, visão turva e desmaio. Deve-se procurar o pronto-socorro”, alerta o especialista. No hospital, o tratamento se dá com injeção de substâncias que revertem o quadro de vasodilatação e recuperam a pressão e a oxigenação dos tecidos.

Os médicos dizem que não existem grupos de risco ou elementos tipicamente alergênicos: em tese, qualquer pessoa pode desenvolver uma alergia grave a substâncias diversas. No entanto, os muito alérgicos ou expostos frequentemente a um certo alérgeno estão mais sujeitos a um choque anafilático. “Pessoas atópicas (geneticamente predispostas às alergias) podem apresentar risco maior. No caso do látex, profissionais da área da saúde, submetidos a muitas cirurgias, e crianças com spina bífida (má formação congênita caracterizada pelo fechamento incompleto do tubo neural) estão mais suscetíveis”, finaliza.

Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais (Valdo Virgo/CB/D.A Press)
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