Ministro defende que entrada forçada nas casas é uma necessidade para combater o Aedes

Mosquito é o transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. Aldo Rebelo citou Sâo Paulo como exemplo: em 33 mil imóveis visitados, 10 mil estavam fechados

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Agência Brasil Publicação:04/02/2016 11:16Atualização:04/02/2016 11:58
'Temos que convencer a população que ela tem um papel decisivo. Como não existe vacina contra dengue, Zika e chikungunya, a vacina é a conscientização da sociedade' - Aldo Rabelo, Ministro da Defesa (Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil) (Antônio Cruz/ Agência Brasil)
"Temos que convencer a população que ela tem um papel decisivo. Como não existe vacina contra dengue, Zika e chikungunya, a vacina é a conscientização da sociedade" - Aldo Rabelo, Ministro da Defesa (Foto: Antônio Cruz/ Agência Brasil)
O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, disse nesta quinta-feira (04/02) que a entrada forçada em imóveis públicos e privados para ações de combate ao Aedes aegypti é uma necessidade de segurança de saúde. Entre os dias 15 e 18 de fevereiro, 50 mil militares farão visitas, em ação coordenada com o Ministério da Saúde e autoridades locais, para inspecionar possíveis focos de proliferação nas casas e, se for o caso, aplicar larvicida. O mosquito é o transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika.

Vídeo resume tudo o que você precisa saber sobre o zika vírus:




“Em São Paulo, por exemplo, de 33 mil imoveis visitados pelos militares, 10 mil estavam fechados. São armazéns, terrenos, residências que estavam sem a presença de ninguém. Além disso, em quase mil não havia pessoas autorizadas para permitir a entrada de agentes, apenas vigias, fiscais ou porteiros”, disse o ministro. “Não adianta remover os focos de dez casas se, no meio delas, em um raio de 300 metros onde o mosquito voa, você deixa o criadouro. Rapidamente ele vai se multiplicar”, acrescentou.

O governo federal publicou medida provisória que autoriza a entrada de agentes de saúde em imóveis públicos e particulares abandonados ou em casas onde o proprietário não esteja para garantir o acesso e quando isso se mostre “essencial para contenção de doenças”. O agente poderá, nesses casos, solicitar auxílio de autoridade policial. Segundo o ministro, mesmo nessas ações, é preferível que as Forças Armadas sejam acompanhadas pelas forças policiais de cada estado. Mas, em última instância, elas têm autorização legal para entrar.

Objetivo é eliminar criadouros do mosquito  ( Zavvi Seguros/Reprodução da Internet )
Objetivo é eliminar criadouros do mosquito
As visitas domiciliares acompanhando os agentes de saúde é a terceira etapa da atuação dos militares no combate ao mosquito Aedes aegypti. A primeira começou no dia 29 de janeiro e termina hoje, que foi um mutirão de limpeza nas 1,2 mil organizações militares espalhadas por todo o Brasil.

A segunda etapa ocorre no dia 13 de fevereiro e prevê a mobilização de 220 mil militares (160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da Força Aérea). Esse contingente que, de acordo com o ministro, é 60% do efetivo total das Forças Armadas, atuará em 356 municípios, incluindo todas as capitais e as 115 cidades consideradas endêmicas pelo Ministério da Saúde. Eles farão a distribuição de material impresso com orientações para que a população se informe e se engaje no combate ao vetor.

Meta
O ministro explica que a meta é visitar cerca de 3 milhões de residências. “Temos que convencer a população que ela tem um papel decisivo. Como não existe vacina contra dengue, Zika e chikungunya, a vacina é a conscientização da sociedade."

A última etapa da ação dos militares será em parceria com o Ministério da Educação, com visitas às escolas e conscientização das crianças e adolescentes sobre como evitar a proliferação do mosquito transmissor.

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