O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência foi celebrado na última terça-feira (3/12) em grande estilo no Centro Olímpico de Samambaia. Alunos da unidade esportiva e do Centro de Ensino Especial da Samambaia mostraram seu talento em apresentações de dança com e sem cadeiras de rodas. A programação de jogos incluiu parabadminton, vôlei sentado, bocha adaptada, basquete em cadeira de rodas, futebol de sete e caminhada com os olhos vendados. O evento fez parte da Semana da Pessoa com Deficiência, realizada pelo GDF em função do lançamento do Viver sem limite %u2013 Plano Distrital de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência.
O aluno de basquete do Centro Olímpico Marcos Willian, 9 anos, ficou admirado com as habilidades e a força de vontade dos colegas em cadeiras de rodas. "Achei bem interessante a força que eles têm para manusear as cadeiras. Até joguei um pouco com eles e fiz uma cesta", comentou o garoto. "O legal do esporte é que ele deixa todos juntos e iguais no mesmo jogo", acrescentou.
Na avaliação de André Luiz Queiroz , coordenador e fundador do Projeto Phoenix, que trabalha o basquete com time feminino de cadeirantes, os projetos sociais de esporte são essenciais para as pessoas com deficiência. "Muitas vezes, elas ficam em casa após um acidente ou por causa de uma deficiência achando que não têm como fazer outras atividades ou até mesmo viver", observou. Para ele, o plano Viver sem limite faz com que as pessoas com deficiência consigam alcançar muitos direitos que não tinham antes. "Até a informação que eles não tinham acesso agora será mais fácil."
De acordo com o secretário de Esporte, Júlio César Ribeiro, o Distrito Federal tem quase 500 mil pessoas com deficiência. "É importante ver a conscientização das nossas autoridades e do governo em poder fazer uma política voltada para essas pessoas. O Centro Olímpico já vem trabalhando em prol das pessoas com deficiência e atletas paralímpicos. Nós temos atividades especificas para eles nos 11 Centros Olímpicos", destacou. O secretário lembrou que Samambaia é um bom exemplo. "Fazemos isso juntamente com a Fundação Assis Chateaubriand, que coloca professores exclusivos para acompanhar esses alunos. Hoje, nós vemos nessas apresentações artísticas o resgate dessas pessoas com deficiência para o convívio social, nós estamos dando a elas a oportunidade de serem felizes e esse é o trabalho do Centro que, além da formação de atletas, forma cidadãos."