Dia do Circo: Um convite à superação
Festa do Circo leva alegria aos Centros Olímpicos e mostra que, em pouco tempo, a criançada consegue superar desafios e virar artista por um dia.
Até o sol resolveu aparecer para deixar o dia de sábado (5/4) mais bonito e alegre. Pela manhã, os sorrisos já começavam desde a entrada do Centro Olímpico de Ceilândia (Parque da Vaquejada), no primeiro contato com a festa do circo, na bilheteria. Um palhaço recebia a comunidade oferecendo abraços e dando as boas vindas ao picadeiro. A partir dali, alunos, pais, irmãos, tios, primos, avós e amigos já estavam contaminados com o espírito circense. Os olhos brilhavam ao ver cada novidade. Músicas infantis davam o tom da festa. Balões e pirulitos coloriam a cena, assim como as pinturas de rosto. Borboletas, flores, corações e até homens aranhas circulavam nas carinhas da garotada. E para registrar o momento tão especial, a cabine de fotos instantâneas foi uma das atrações mais disputadas. As famílias saíam felizes com o resultado, que podiam levar para casa.
Mais adiante, mágicos ensinavam vários truques com cartas, varetas, caixinhas de fósforo e barbantes. E as crianças podiam escolher um kit com o que mais gostaram. Os alunos e irmãos Luan, 12 anos, Lara, 10, e Larissa, 7, filhos da dona de casa Aleques Sandra Ferreira, 42 anos, ficaram animados e mal podiam esperar a hora de mostrar as mágicas ao pai e aos amigos. "Eles curtiram muito a festa. É uma boa forma de tirar as crianças da rua e ensinar coisas novas", comentou a mãe.
O momento mais esperado da festa foi a apresentação dos alunos que participaram do curso de atividades circenses no último mês. Os cerca de 1200 presentes abriram a roda e pararam tudo o que faziam para prestigiar as performances de malabarismo, acrobacias em solo e acrobacias em tecido. A auxiliar de cozinha Irene Pereira da Silva, 48 anos, ficou emocionada ao ver as filhas Nicole, 8, e Ilária da Silva Borges, 11, subindo no tecido e fazendo movimentos que imitavam um pássaro. Ela contou que veio do Piauí há pouco tempo e nunca teve a oportunidade de levar as filhas ao circo nem presenciar uma festa tão animada. "Elas estavam ansiosas para vir. O curso foi muito bom, principalmente para o desenvolvimento da Ilária, que tem uma deficiência mental. Me sinto muito feliz de ver as meninas aqui", destacou.
No Centro Olímpico de São Sebastião, também houve aulas e apresentação de uma outra técnica, a de acrobacias em esculturas de bambu. O espetáculo foi realizado no sábado (5/4) à tarde. Para a instrutora Roberta Martins, o resultado foi gratificante. "Os alunos aprenderam a conhecer o próprio corpo, a desafiar os próprios limites e saber que, com poucos recursos e em pouco tempo, conseguiram fazer algo muito belo". A aluna Gabrielly da Silva, 12 anos, fez bonito na performance para o público. "Fiquei muito nervosa, mas feliz de ter uma experiência nova", admitiu a garota.
Enquanto os pequenos se apresentavam, a palestrante Poema Muhlenberg contava um pouco da história do circo e falava sobre os benefícios da prática. "O interessante do circo é que ele pode não ser um fim em si mesmo, mas um meio de se superar , de desenvolver habilidades motoras e de expressão artística", explicou. No domingo (6/4) a festa do circo continuou nos Centros Olímpicos de Riacho Fundo I, das 9h às 13h, e de Samambaia, das 14h às 18h.
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De acordo com a superintendente executiva da Fundação Assis Chateaubriand, Mariana Borges, oferecer oportunidades como o curso de atividades circenses e a festa do circo é uma maneira de aproximar as comunidades e trabalhar valores importantes para a formação integral dos alunos. "Além das atividades esportivas regulares, buscamos levar aos quatro Centros Olímpicos que atendemos outros conhecimentos que são importantes para a vida".
O sucesso da iniciativa já é visto com entusiasmo pela Secretaria de Esporte do Distrito Federal. "Podemos ver claramente como as crianças conseguem ter uma percepção diferente e queremos estudar a viabilidade de ampliarmos para os demais Centros Olímpicos", destacou o secretário adjunto, Paulo Silva.