Que tal doar um pouco do seu tempo, energia e talento para ajudar outras pessoas e ganhar muita gratidão e bem-estar físico em troca? As formas de contribuir no voluntariado são inúmeras e podem causar um bem enorme não só às pessoas beneficiadas, mas também a quem realiza o trabalho voluntário.
Pesquisas internacionais revelam que, entre as vantagens, estão
melhoras na saúde física, mental e emocional. O aumento na empatia e o comportamento altruísta levam a menos riscos de doenças cardiovasculares, redução dos níveis de estresse, insônia, depressão, dores de cabeça, gripes e resfriados.
A satisfação de ver os resultados desse trabalho, com muitos sorrisos e transformação social, é o que move cerca de 1 bilhão de voluntários em todo o planeta. No Brasil, o número de pessoas que doam seu tempo chegou a
24 milhões em 2013, o que colocou o país entre os 10 primeiros no ranking mundial em números absolutos, segundo o estudo World Giving Index, realizado pela instituição britânica Charities Aid Foundation e divulgado em 2014 pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis). Mas ainda há um grande potencial para crescer. Afinal, isso representa apenas
16% da população.
Seja um voluntário
Você pode contribuir para o número de voluntários brasileiros aumentar. Conte para a gente quais são os seus talentos e a sua disposição de tempo. Estamos formando um cadastro de voluntariado para ações da Fundação Assis Chateaubriand e Diários Associados. Envie um e-mail com seus contatos para ascom@facbrasil.org.br ou ligue para (61) 3214-1059.
A seguir, você confere as histórias de Ivaneide Pereira e Heber Prates, dois voluntários que viram suas vidas mudar para melhor depois que começaram a doar tempo, talento e carinho.
Estímulo para viver
Boa vontade, disposição e comprometimento não faltam para a aposentada Ivaneide Pereira Dantas, 71 anos. Ela encontrou no voluntariado uma forma de tocar o coração de pessoas fragilizadas emocionalmente. Para isso, compartilha com os outros o seu talento em cantar. Há dois anos, ela é coralista voluntária do Coral Chatô, da Fundação Assis Chateaubriand. Para ela, o trabalho voluntário é o melhor remédio contra a depressão. “A gente se doa e tem um retorno muito maior, com mais ânimo. Tive muitas perdas e problemas pessoais. Essas participações no coral são fantásticas, um estímulo muito grande para viver”, ressalta.
Para Ivaneide, a música traz boas sensações e mexe com os sentimentos. “Cantar para pessoas mais carentes de afeto, num abrigo de idosos ou em um hospital, é fantástico. Eles cantam junto, se emocionam, têm lembranças boas, vêm falar com a gente, agradecem, se sentem mais felizes”, destaca a voluntária.
Outro trabalho voluntário de que Ivaneide participou foi o Natal Solidário do projeto Correio Braziliense Solidário. Ela ajudou na área de alimentação do evento, organizando e distribuindo lanches a crianças carentes atendidas em várias creches do Distrito Federal. “Foi uma experiência gratificante, jamais vou esquecer, foi melhor para mim do que para eles.”
Gesto que faz a diferença
Quem também marca presença nos eventos do
Correio Solidário é Heber Prates, funcionário do parque gráfico do Correio Braziliense. Ele atua como voluntário há 10 anos. Já participou de eventos como o Feijão Solidário e o Arraial Solidário, organizados para arrecadar recursos que são investidos em melhorias nas instalações físicas de creches e abrigo de idosos. Mas o que mais lhe comove é o trabalho no Natal Solidário, quando ele interage com as crianças beneficiadas.
A atividade que ele mais gosta é a coordenação de pintura, em que ele pode entrar na diversão das tintas com a garotada. “As crianças buscam carinho e afeto na festa. No primeiro Natal, estávamos eu e minha esposa e duas crianças irmãs não queriam sair dos nossos colos. A gente se sente recompensado, vê que um gesto faz a diferença. É só estar presente que eles já se sentem felizes. Às vezes, a gente se desespera por problemas tão pequenos, mas quando vê pessoas que passam anos e anos sem apoio da família e precisam só de um carinho, percebe que há problemas bem mais sérios e é muito bom poder ajudar”, reflete Heber.