ESPAÇO CHATÔ

Marilê Borba fala das inspirações para a exposição Amor à arte

Saiba o que ela e outras artistas reuniram para a exposição coletiva que fica em cartaz no Espaço Chatô até 10 de abril


Publicação: 31/03/2015 18:04 | Atualização: 31/03/2015 19:39

Os quadros da artista Eliane Macedo misturam cores e texturas (Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)
Os quadros da artista Eliane Macedo misturam cores e texturas

 

Gaúcha de São Gabriel, a artista Marilê Borba é formada em direito e sempre foi apaixonada por pintura. Já morou no Uruguai, João Pessoa, Rio de Janeiro e, há sete anos, vive em Brasília. Em cada lugar que passou, procurava se aprimorar em cursos, buscando novas técnicas e conhecimentos das culturas locais.

Na capital federal, em 2007, abriu o Atelier Marilê Borba, onde ministra aulas para compartilhar com outras pessoas o que aprendeu ao longo de sua trajetória. “Gosto muito, é uma terapia para mim e para as pessoas que buscam fazer esses trabalhos”, destaca ela, que
ensina várias técnicas, como o abstrato, estilizado, acadêmico, espatulado, aplicação de materiais, entre outras.

A fim de levar ao público o resultado do trabalho desenvolvido com os alunos do Atelier, Marilê Borba organizou a exposição coletiva Amor à arte, que fica em cartaz no Espaço Chatô, da Fundação Assis Chateaubriand, até 10 de abril de 2015. São obras de 10 artistas, além da própria Marilê: Consuelo Carvalho, Eliane Macedo B. Caricio, Elma Trigueiro, Linda Trigueiro, Maria Lúcia Albuquerque de Andrade, Menna Barreto, Raimundo Rêgo, Raquel Godoy Veiga, Socôrro Vitoriano, Tatiana Whittick e Zeneide Meneses.

Realização de um sonho

“Essa exposição era um sonho de todos nós. Vínhamos planejando há algum tempo. E agora conseguimos ter a turma bem unida. Estou mais feliz com o trabalho feito no atelier pelos meus alunos. É a nossa primeira exposição coletiva aqui em Brasília”, conta Marilê Borba. “Cada um tem o seu estilo. Alguns fazem aquarela, acrílica sobre tela, tinta a óleo, metal. Uns mostram o que vivenciaram, outros preferem paisagens e outros temas.”

 (Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)
Raquel Godoy, por exemplo, gosta de passar suas vivências de viagens para as telas. Ela retratou a casa onde Elvis Presley nasceu, já reuniu em um mesmo quadro referências de dez obras de Van Gogh, mostrou uma paisagem vista em Ribeirão Preto há 50 anos e outra do Moulin Rouge, em Paris. “Para mim, pintar é colocar todo o sentimento na tela. É o amor à arte mesmo”, destaca a pintora, que tem os pincéis como hobby.

 

Movimento e cores

A servidora pública aposentada Tatiana Whittick também retrata nas telas cenas de fotografias e outras criações, sempre com muita luz. Ela é fã das aquarelas e quadros figurativos com animais e pessoas, além de ter a bicicleta como uma proposta recorrente em várias de suas obras. “A bicicleta representa o movimento, gosto muito disso.”

Já Eliane Macedo está em constante busca do autoconhecimento. Abusa das cores e texturas para expressar alegria e felicidade. “Depois que termino de pintar, eu batizo as obras. Crio nomes relacionados ao que sinto, como Portal da sabedoria, Portal da alegria e Nas asas do amor, onde represento um anjo e duas meninas. Eu tenho duas filhas, então o anjo seria a mãe abençoando as filhas”, revela.