Ariosvaldo da Silva, Parré, e Wellington Barreto treinam atletismo em cadeira de rodas no Centro Olímpico e Paralímpico de Ceilândia

Por Renato Malta, analista de projetos da Fundação Assis Chateaubriand

O ano de 2016 será muito importante para a sociedade brasileira, principalmente no quesito inclusão social. O Rio de Janeiro será sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que serão um marco para o desporto nacional em vários sentidos. Os ganhos que o evento olímpico proporcionará terão um forte impacto no turismo, economia e também nas questões socioculturais e ambientais.

Segundo Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador dos Jogos 2016, o evento terá um impacto inigualável nas comunidades, enfatizando a importância da difusão dos valores esportivos entre crianças e jovens, tendo o esporte como uma grande ferramenta para inclusão social e acesso à educação. Ainda ressaltou que o envolvimento dos nossos jovens será inspirado nos valores de respeito, autoconhecimento, trabalho em equipe, diálogo e cultura. Nuzman deixa claro que os jogos serão um grande catalisador do progresso esportivo e social para muitas comunidades distribuídas no mundo inteiro. Não obstante, os olhos de vários países estarão voltados para o Brasil, principalmente para a capital fluminense.

No momento, o impacto positivo já está sendo notado entre crianças e jovens, pelo simples fato de um evento desta magnitude envolver conquistas, fortes emoções, glórias, além da participação de atletas renomados – fonte de inspiração para os futuros atletas.

Atualmente, a Fundação Assis Chateaubriand desenvolve a gestão de sete Centros Olímpicos e Paralímpicos no Distrito Federal. Esses Centros são abertos ao público das comunidades onde estão localizados e oferecem atividades gratuitas para várias modalidades esportivas. O trabalho desenvolvido nos Centros funciona como um instrumento de transformação social, tendo o esporte como principal catalisador, desenvolvendo atletas que poderão representar tanto o Distrito Federal quanto o Brasil em quaisquer competições nacionais e internacionais. Nossos treinadores estão preparados para atuarem nas diversas vertentes esportivas, como o desporto de rendimento, participativo e educacional.

Já proporcionamos e colaboramos com o desenvolvimento de grandes atletas e paratletas, como o velocista Ariosvaldo Fernandes da Silva, conhecido como Parré, veterano nas corridas em cadeira de rodas. Vindo de família humilde, com poucas condições financeiras, principalmente para o seu desenvolvimento como atleta, Parré não mediu esforços para a superação de suas limitações. Dentre muitas medalhas conquistadas durante sua trajetória como atleta, em 2015 obteve mais duas medalhas de prata, dessa vez no Canadá. O paratleta afirma que conseguiu sua melhor marca pessoal e o recorde brasileiro. Hoje, Parré realiza seus treinamentos no Centro Olímpico e Paralímpico do Parque da Vaquejada, em Ceilândia (DF).

Os profissionais de educação física que trabalham nos Centros Olímpicos e Paralímpicos têm uma grande importância como agentes educadores e são fundamentais para que os legados socioeducacionais dos jogos sejam bem incorporados pelo público que é atendido.

Uma das nossas maiores conquistas é oportunizar o direito à cidadania para milhares de jovens em situação de vulnerabilidade social, proporcionando acesso ao esporte, lazer e cultura, afastando-os da violência urbana e das drogas.

Por conseguinte, a atividade esportiva é porta para inclusão social e também promove saúde e qualidade de vida. A expectativa para este ano olímpico e paralímpico é a conquista dos legados sociais e esportivos para comunidades de todo Brasil, e a sensibilização de outros setores da sociedade para o investimento em projetos sociais.

...

Acompanhe as novidades em nossas redes sociais

www.facebook.com/esportecidadaniadf
www.facebook.com/fundacaoassischateaubriand
www.twitter.com/FAChateaubriand
www.linkedin.com/company/fundação-assis-chateaubriand