PALAVRA DA FUNDAÇÃO

Avaliando resultados e repensando caminhos

Em artigo, Mara Karina Silva, da Fundação, aponta a importância de avaliar os impactos sociais dos projetos desenvolvidos


Publicação: 29/02/2016 19:00 | Atualização: 29/02/2016 18:59


Por Mara Karina Silva, da Fundação Assis Chateaubriand

É uma tendência nas organizações do terceiro setor a avaliação dos impactos sociais dos investimentos realizados. O foco é gerar resultados substanciais capazes de medir a eficácia das ações em execução de forma a orientar os próximos passos para o projeto. Esses dados podem ainda apontar novos caminhos para melhoria das atividades que já estão em execução.

Rogério Silva (2012)¹, sócio-diretor de pesquisa e desenvolvimento da Move Social, destaca que avaliações periódicas dos impactos dos investimentos sociais contribuem para a mudança da dinâmica do projeto, exercendo influências sutis ou significativas. Além disso, os parceiros se sentem mais confiantes sobre as atividades. Sob o ponto de vista econômico, as avaliações possibilitam apurar melhor os custos, avaliar a eficiência da gestão e trazer economia para o projeto.

Nesse sentido, incluímos na nossa dinâmica de trabalho o levantamento de dados importantes que nos dão condições para medir a eficácia das nossas atividades, realizadas de forma direta ou por meio de parcerias, com foco na educação como ferramenta de transformação social.

Em julho de 2015, realizamos o Esporte em foco – clínicas de qualificação em tênis convencional e em cadeiras de rodas. Nessa iniciativa inovadora e gratuita, 80 profissionais de educação física foram qualificados para iniciar a popularização desse esporte no Distrito Federal.

A partir dos indicadores, avaliamos que houve um impacto significativo no cenário profissional da cidade. Isso porque é a primeira vez que uma formação reúne o ensino de técnicas de tênis convencional e em cadeira de rodas. Também podemos constatar que houve uma melhoria no currículo dos profissionais que já atuam na área e, principalmente, nos Centros Olímpicos e Paralímpicos do DF. Quanto ao ganho social, a qualificação traz para as pessoas que vivem com deficiência a possibilidade de contar com instrutores mais preparados para atender as especificidades do esporte adaptado.

Também com foco em educação, mas voltado para a qualificação social, o curso Jovem Repórter já certificou aproximadamente 275 jovens. Além de conhecer novas carreiras e desenvolver habilidades de expressão escrita e visual, os alunos puderam iniciar a preparação para os desafios do mercado profissional. A formação foi realizada em formato de curso de férias, ministrado na sede dos Diários Associados, e em Centros Olímpicos e Paralímpicos do DF.

Sobre a formação realizada nos Centros, soma-se à oportunidade o fato de jovens de regiões carentes do DF terem sua autoestima elevada e se engajarem nas atividades nas unidades esportivas. Há ainda a percepção de uma mudança de postura significativa por parte desses jovens, que passam a compreender a necessidade de estarem mais preparados para as próximas etapas da vida.

Nesse sentido, definimos os indicadores para medir os resultados alcançados, avaliar se os objetivos foram atingidos e analisar os impactos sociais gerados. A partir disso, melhoramos nossa atuação e buscamos novos caminhos para gestão da execução das atividades planejadas. Nosso foco é encontrar meios para fazer a diferença na vida das pessoas e, consequentemente, contribuir para o desenvolvimento social de suas comunidades.
¹ Na publicação “A Relevância da Avaliação para o Investimento Social Privado”. São Paulo, 4 de julho de 2012.
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