Pioneiro Adirson Vasconcelos relembra fatos marcantes de Brasília
Curiosidades sobre a história da capital federal são destaques na exposição Brasília de todos os tempos
Autor de mais de 30 livros sobre Brasília, o jornalista, historiador e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Assis Chateaubriand, Adirson Vasconcelos chegou à cidade em 1957, época em que estava sendo construída. Desde então, acompanha sua evolução. Em uma homenagem aos 55 anos da capital federal, o pioneiro trouxe ao Espaço Chatô a exposição Brasília de todos os tempos, com relatos da história local, destacando os momentos mais significativos, desde Tiradentes, JK até os dias de hoje.
O resumo é apresentado em painéis, numa espécie de linha do tempo composta por fotos e textos explicativos, que fazem parte do acervo do Memorial Brasília, localizado em Planaltina-DF. O local também leva o nome de Adirson Vasconcelos. O objetivo da exposição, segundo Adirson, é mostrar Brasília do passado, do presente e das suas perspectivas de futuro, para que a comunidade, das crianças aos adultos, conheça mais a riqueza e a tradução de Brasília: “A ideia é despertar na comunidade o amor pela capital. Só se ama aquilo que se conhece”, ressalta.
Viagem pelo tempo
Os painéis fazem uma viagem pelo Brasil Colônia, Brasil Império, destacam o movimento em prol da construção de Brasília, lembram o papel de Hipólito José da Costa, José Bonifácio e as três constituições que definiram a história de Brasília. “Lembro o momento em que Lauro Muller conseguiu colocar na Constituição de 1891, reservando área de 14,4 mil km no Planalto Central, a Comissão Cruls, as três comissões ao longo do Brasil República que trabalharam para identificar o local, até a escolha do Sítio Castanho, onde está Brasília. E toda a epopeia da construção liderada por JK, que ao longo de três anos edificou Brasília, inaugurando-a em 21 de abril de 1960, mesmo dia do Correio Braziliense e TV Brasília, sob a liderança de Assis Chateaubriand”, conta o historiador.
Capital do terceiro milênio
Com base nos estudos que fez, Adirson reuniu fatos que anteveem o futuro de Brasília no terceiro milênio. “Esse futuro é fundamentado no passado da cidade, que começou com o sonho profético de Dom Bosco e o pensamento de brasileiros mais clarividentes, como Hipólito José da Costa. Ele anteviu que, quando se transferisse a capital para o interior, o Brasil estaria construindo o maior império do mundo. Isso coincide com a profecia de Dom Bosco, que dizia que, quando se construísse uma cidade entre os paralelos 10 e 15, cercado de um lago, haveria de se edificar uma nova civilização, de onde correria leite e mel. Houve ainda a grande antevisão de JK, revelada a mim dois anos antes do seu falecimento, que Brasília seria a capital do terceiro milênio, voltada para igualdade de direitos e deveres, fraternidade universal e liberdade de pensamentos. Seria a civilização do amor, da paz e que haverá de construir no mundo um mundo de homens e mulheres felizes. É a definição da missão desta civilização.”
Adirson afirma que a civilização brasiliense está sendo construída pelo brasileiro simples que nasceu em Brasília. Ele observa que são brasileiros síntese, numa miscigenação de brasileiros de todas as regiões do país. “São pessoas voltadas para o aperfeiçoamento social, intelectual, moral e espiritual. A juventude de Brasília é voltada ao estudo.”
Exposição Brasília de todos os tempos, de Adirson Vasconcelos
De 14 a 30 de abril de 2015
Espaço Chatô – SIG Quadra 2 lote 340, bloco 1, térreo – Brasília/DF
Visitação de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h
Entrada gratuita, classificação livre
Informações: (61) 3214-1350
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Programação de maio
De 6 a 22 de maio, o Espaço Chatô recebe a exposição Cosmos, com pinturas do artista Imaki, inspiradas em fotografias do telescópio Hubble da Nasa.
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