Carolina Lobo

Alunos dos sete Centros Olímpicos e Paralímpícos sob gestão pedagógica da Fundação Assis Chateaubriand – Ceilândia (Parque da Vaquejada e Setor O), Estrutural, Riacho Fundo I, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho – empinam pipas com dizeres de paz na esperança de um mundo melhor, como parte de ação promovida pelos Educadores Globais, Rede Internacional de Recursos Educacionais que engloba a iEARN Brasil. A iniciativa Pipas da Paz (Talking kites around the world) é um projeto mundial que ocorre anualmente nos meses de março e setembro na época do equinócio, utilizando a representação da igualdade entre o dia e a noite – na ocasião eles têm duração exatamente idêntica, de 12 horas – para fazer alusão à igualdade entre os povos do mundo. Portanto, as pipas no ar simbolizam o desejo de diálogo entre culturas, diminuição das diferenças e entendimento entre as pessoas.

O gerente didático pedagógico da unidade de Riacho Fundo I, Alex Sandro de Queiroz, explica que a opção dos Centros Olímpicos e Paralímpicos foi abordar palavras direcionadas à paz no esporte, entre as quais espírito esportivo, igualdade, amizade, equilíbrio, torcida e fair play, que significa jogo limpo. “A intenção do projeto é que a mensagem de paz corra o mundo através dessa ação da pipa, e as pessoas colocam palavras simples ou frases de paz de uma maneira geral. No nosso caso, focamos na paz no esporte, como a conduta esportiva e a paciência”, enfatizou.

Como este ano o equinócio ocorre nesta segunda-feira (21), dia da semana que não há aulas nos Centros, foi definido que os alunos, dentre crianças, jovens, adultos e idosos, soltariam as pipas em dias posteriores e que antecedem o fenômeno. Na sexta-feira (18), foram selecionados alguns alunos de cada modalidade das turmas de quarta e sexta, e na terça-feira (22), o mesmo esquema com participantes das aulas de terça e quinta.

Durante a atividade, alguns alunos foram bem-sucedidos e outros nem tanto ao correr empinando suas pipas no céu, mas todos se divertiram e compartilharam pensamentos de uma sociedade mais igualitária, inclusive no esporte.

A parceria

A relação entre a Fundação Assis Chateaubriand e a iEARN Brasil já ocorre há algum tempo, pois ambas instituições trabalham em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em julho de 2015, a Fundação participou da 22ª Conferência Internacional iEarn para Educadores e 19ª Cúpula da Juventude 2015. No evento, que reuniu estudantes e educadores de 35 países e do Brasil para uma troca de experiências pedagógicas de sucesso, a superintendente executiva, Mariana Borges, apresentou estudo de caso sobre o trabalho feito pela instituição em quatro Centros Olímpicos e Paralímpicos no Distrito Federal com o objetivo de unir atividades esportivas com temas como combate à fome, educação, prevenção de doenças e respeito ao meio ambiente.

O projeto

O Pipas da Paz, um dos projetos colaborativos internacionais dos Educadores Globais, foi desenvolvido pela educadora israelense Ruty Hotzen, influenciada pelos ideais de Janusz Korczak, um dos precursores defensores dos direitos da criança. Mais informações: www.educadoresglobais.org.br.

Pipas nos Centros

Não é a primeira vez que os alunos dos centros esportivos são estimulados a manusearem pipas. Oficinas lúdicas de criação de pipas já foram promovidas em algumas ocasiões, como, por exemplo, durante a Festa da Família, em setembro de 2015. No evento que visa reforçar os vínculos afetivos, princípios e valores do lar, pais e filhos participaram da atividade com o objetivo de dar força ao espírito de união familiar.

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