ESPORTE E CIDADANIA

Jovens acompanham trabalho de árbitros em partida oficial de futebol

Alunos do curso Jovem Árbitro nos Centros Olímpicos e Paralímpicos visitam o Estádio Abadião em Ceilândia durante a última rodada do Campeonato Candangão


Camila de Magalhães -

Publicação: 03/04/2017 19:31 | Atualização: 03/04/2017 19:45

Experiência de assistir ao jogo entre Ceilândia e Paranoá vai ficar na memória da garotada (Fotos: Marcos Sousa/FAC/D.A Press)
Experiência de assistir ao jogo entre Ceilândia e Paranoá vai ficar na memória da garotada (Fotos: Marcos Sousa/FAC/D.A Press)
 

 

Uma oportunidade de aliar a teoria com a prática, vendo de perto a atuação de profissionais do esporte. Assim foi a experiência de um grupo de alunos do curso Jovem Árbitro nos Centros Olímpicos e Paralímpicos de Ceilândia (Setor O) e Sobradinho. A iniciativa é uma realização da Fundação Assis Chateaubriand e Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do Distrito Federal. No último sábado (1º/4), a garotada fez uma visita técnica ao Estádio Abadião para acompanhar uma partida oficial de futebol na última rodada do campeonato Candangão.

 

 (Marcos Sousa/FAC/D.A Press)
O jogo Ceilândia 3 X 0 Paranoá foi assistido pelos jovens com um olhar bem diferente do que estavam acostumados. Desta vez, o foco não eram os jogadores, mas a atuação da equipe de arbitragem. Antes de entrarem em campo, os árbitros oficiais bateram um papo com os alunos e explicaram como é o trabalho. Os pequenos puderam ver como funcionam a bandeira e o placar eletrônicos, o spray para marcação de linhas na cobrança de faltas, o aquecimento pré-jogo, entre outras curiosidades. Um dos instrutores do curso, Thiago Miquéias, membro da equipe pedagógica da Fundação Assis Chateaubriand, ressaltou que o passeio foi importante para os alunos perceberem as diferenças de realidade entre o esporte amador e o profissional, além das diferenças entre o futebol de campo e o fut7 ou futebol society.

 

 (Marcos Sousa/FAC/D.A Press)
O árbitro José Ricardo reforçou aos alunos que a caminhada não é fácil. “A gente vai por amor e não por dinheiro. Vamos agarrar as oportunidades e fazer com paixão. A jornada é longa e difícil, mas vale a pena o conhecimento”, afirmou. O árbitro assistente (bandeirinha) Marconi Souza acrescentou que para ser um bom profissional na arbitragem é preciso, primeiramente, ter amor ao futebol limpo e ao fair-play. “É fundamental ter dedicação, força de vontade e ser uma pessoa que desafia seus limites, tem que ir além, não pode ser acomodado”, destacou. “A arbitragem é sempre observada com outros olhos. Ninguém vai ao estádio, a não ser nossa família, para ver os árbitros, porque o espetáculo é feito por jogadores. Estamos ali para fazer valer as regras que regem o futebol”, concluiu Marconi.

 

Para a aluna de Sobradinho Amanda Beatriz, 11 anos, foi emocionante ir a um estádio pela primeira vez. “Nunca tinha assistido de perto uma partida oficial. Achei muito legal aprender mais para saber como fazer nos jogos que vamos apitar no Centro”, disse a pequena. O colega Alan Cardek Silva, 17, aluno da unidade do Setor O agarrou a oportunidade e comentou que pensa em se tornar árbitro no futuro. “É uma chance única de nos desenvolver. Agora, quando ocorrer alguma coisa na arbitragem, antes de falar que o juiz é ladrão, é preciso ver direito o que aconteceu.”

 

Diferencial

 

Na avaliação de Ari de Almeida, presidente do time Ceilândia, o curso Jovem Árbitro contribui muito para o esporte nacional. Ele, que já foi vice-presidente do Sindicato dos Árbitros do DF e diretor da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf), reconheceu o diferencial da iniciativa. “Esse curso traz uma realidade que talvez não tenhamos no Brasil afora, que é incentivar a molecada a ser árbitro de futebol. Com raríssimas exceções, muitos árbitros hoje são jogadores frustrados no passado. Incentivar desde criança a ser árbitro é importante, porque eles chegam com referencial, sabendo as regras, isso faz toda a diferença. É importante não pode deixar isso morrer e manter o estímulo para que eles sempre acompanhem jogos, avaliem a arbitragem, façam uma avaliação constante de partidas de futebol.

 

Colaborou Marcos Sousa 

 

 (Marcos Sousa/FAC/D.A Press)

 

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